Assessment of athletes’ energy availability

• Autor(a) principal: Jesus, Filipe André da Silva Teodósio de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: eng
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/113417
• topic: Nutrição; Desporto; Saúde óssea; Função menstrual; Composição corporal; Época desportiva; Nutrition; Bone health; Menstrual function; Body composition; Athletic season; Ciências Médicas

RESUMO: Introdução: Baixa disponibilidade energética (DE) está associada a um comprometimento fisiológico. Diferentes desportos apresentam necessidades distintas. Ao longo da época desportiva, alterações de composição corporal e do estado energético ocorrem devido a flutuações do gasto energético (GE) e ingestão energética (IE). No entanto, a literatura sobre DE em atletas de elite e os efeitos da época desportiva na DE ainda são incertos. Objetivo: Estimar a prevalência de atletas europeus de elite de corta-mato em risco de baixa DE usando o Low Energy Availability in Females Questionnaire (LEAF-Q) tal como calcular e comparar a DE durante a época desportiva em atletas de diferentes modalidades. Metodologia: Dois estudos foram realizados: 1) atletas a competir nos 26ºs Campeonatos Europeus de Cortamato (n=602) foram convidados a preencher o LEAF-Q; 2) atletas de basquetebol (n=23), andebol (n=6), voleibol (n=6), natação (n=11) e triatlo (n=10) foram avaliados na pré-época e na competição. No estudo 2, o GE total, em repouso e do exercício foram avaliados por água duplamente marcada, calorimetria indireta e equivalentes metabólicos de tarefas, respetivamente. A massa gorda e massa isenta de gordura (MIG) foram avaliadas por um modelo a 4-compartimentos. O GE total foi usado como IE e a DE foi calculada como DE=(IE-GE do exercício)/MIG. Resultados: No estudo 1, foi observada uma alta prevalência de atletas de corta-mato em risco de baixa DE (64,3%), sendo superior em mulheres (79,5%) do que em homens (54,0%, p<0.001). No estudo 2, a DE aumentou (8,9±7,2 kcal/kg MIG, p<0.001) da pré-época (45,7±10,5 kcal/kg MIG) para a competição (54,6±8,3 kcal/kg MIG). Adicionalmente, a prevalência de baixa DE passou de 48,2% para 14,3%. A DE aumentou em mulheres (8,5±6,6 kcal/kg MIG, p=0,001) e homens (9,8±8,7 kcal/kg FFM, p<0.001) tal como nas 5 modalidades (p<0.050). Conclusão: Embora a DE aumente ao longo da época, foi observada baixa DE com o estudo 1 a revelar alta prevalência de risco. Os atletas devem ser acompanhados por equipas multidisciplinares para prevenir e tratar baixa DE bem como os seus efeitos.