Ninhadas de tamanho invariável em Squamata: adaptações nos traços reprodutivos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/36569 |
Resumo: | A história evolutiva dos répteis é extensa, e a sua ecologia reprodutiva diversificada, sendo por isso um grupo ideal para estudos de reprodução. Uma das estratégias reprodutivas mais curiosas é o recurso a ninhadas de tamanho invariável, por norma de 1 a 2 ovos, condição que nos Squamata evoluiu independentemente mais de 20 vezes. Espécies com tamanho de ninhada invariável estão associadas a ambientes insulares, havendo relatos de alguns dos seus traços reprodutivos sofrerem reversão da síndrome insular. Para explicar este fenómeno têm sido apresentadas várias hipóteses que carecem de verificação empírica, nomeadamente: i) em ilhas com aves nidificantes a frequência de ninhada é maior; ii) em ilhas, as espécies produzem ovos de maior volume; iii) esse volume está negativamente correlacionado com a área da ilha. De forma a testar cada uma dessas hipóteses, foi feita uma recolha de dados na literatura e posterior análise estatística. Verificou-se que houve maior frequência de ninhada na presença de aves, contudo não em Gekkonidae. Análises por família não revelaram diferenças entre o volume do ovo em ilha vs continente. Não houve também correlação entre o volume do ovo e área da ilha, concordando com a literatura existente. Estes resultados evidenciam nuances da síndrome insular, e complexidades das histórias evolutivas dos Squamata. O estudo dos impactos de taxas de mortalidade específicas ao longo da ontogenia pode trazer novos dados que permitem compreender melhor a síndrome insular e também sobre outras variações nos traços reprodutivos, nomeadamente a invariabilidade do tamanho de ninhada, cuja causa ainda é incerta. |
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Ninhadas de tamanho invariável em Squamata: adaptações nos traços reprodutivosNinhada de tamanho invariávelSquamataInsularidadeEcologia reprodutivaA história evolutiva dos répteis é extensa, e a sua ecologia reprodutiva diversificada, sendo por isso um grupo ideal para estudos de reprodução. Uma das estratégias reprodutivas mais curiosas é o recurso a ninhadas de tamanho invariável, por norma de 1 a 2 ovos, condição que nos Squamata evoluiu independentemente mais de 20 vezes. Espécies com tamanho de ninhada invariável estão associadas a ambientes insulares, havendo relatos de alguns dos seus traços reprodutivos sofrerem reversão da síndrome insular. Para explicar este fenómeno têm sido apresentadas várias hipóteses que carecem de verificação empírica, nomeadamente: i) em ilhas com aves nidificantes a frequência de ninhada é maior; ii) em ilhas, as espécies produzem ovos de maior volume; iii) esse volume está negativamente correlacionado com a área da ilha. De forma a testar cada uma dessas hipóteses, foi feita uma recolha de dados na literatura e posterior análise estatística. Verificou-se que houve maior frequência de ninhada na presença de aves, contudo não em Gekkonidae. Análises por família não revelaram diferenças entre o volume do ovo em ilha vs continente. Não houve também correlação entre o volume do ovo e área da ilha, concordando com a literatura existente. Estes resultados evidenciam nuances da síndrome insular, e complexidades das histórias evolutivas dos Squamata. O estudo dos impactos de taxas de mortalidade específicas ao longo da ontogenia pode trazer novos dados que permitem compreender melhor a síndrome insular e também sobre outras variações nos traços reprodutivos, nomeadamente a invariabilidade do tamanho de ninhada, cuja causa ainda é incerta.The evolutionary history of Reptiles is extensive and includes a wide range of variations in reproductive ecology. This makes this clade an ideal group to study rare reproductive strategies. One of the most curious strategies is called invariant clutch size. These animals usually lay 1 or 2 eggs and present a condition that in Squamata, although rare, has evolved independently more than 20 times. Species with invariant clutch size are associated with island environments, and some of their reproductive traits have been reported to follow island syndrome reversal. Several hypothesis have been presented to explain this phenomenon, but lack empirical verification such as: i) On islands with nesting seabirds, ICS species have higher clutch frequency; ii) On islands, ICS species produce eggs of larger volume; iii) As the area decreases, the egg volume increases. In order to test these hyptotheses, we collected published data and analysed the statistical significance of each statement. We found a higher clutch frequency in the presence of breeding birds, however not in Gekkonidae. Analyses by family revealed no differences between egg volume on island and mainland. There was also no correlation between egg volume and island area, in agreement with the existing literature. These results highlight nuances of the island syndrome, and complexities in the evolutionay history of Squamata. Studies on the effect of specific mortality rates throughout ontogeny might provide new data for a better understanding of island syndrome as well as on other variations in reproductive traits, in particular the invariability of clutch size, whose cause is still uncertain.2023-03-14T12:12:42Z2022-12-19T00:00:00Z2022-12-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/36569porRodrigues, Filipa Teixeirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:10:32Zoai:ria.ua.pt:10773/36569Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:07:20.346159Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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