As relações UE-Rússia no Horizonte 2035: uma análise prospetiva

• Autor(a) principal: Silva, Pedro Miguel Alves Cunha da
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/145129
• topic: União Europeia; Rússia; Análise prospetiva; 2035; Análise prospetiva; UE; Cenarização; European Union; Foresight analysis; Scenario building; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas

A presente dissertação incide numa investigação sobre as relações entre a União Europeia (“UE”) e a Federação da Rússia (“Rússia”), recorrendo a instrumentos metodológicos de análise prospetiva, num plano temporal geracional. O foco e originalidade escapam a um aprofundar das teorias das Relações Internacionais (RI). A afirmação da UE e da Rússia enquanto polos europeus – ou eurasiáticos – justifica o estudo da relação entre ambos, atentas as diferentes dimensões deste relacionamento, suas diferenças e semelhanças, e inclusive as perceções e políticas externas recíprocas. Considerando a evolução das relações UE-Rússia nos últimos quinze anos, e, como a guerra da Ucrânia ilustra, nos últimos meses, a prospetiva torna-se fundamental para antecipar os próximos quinze. Após uma breve análise da realidade atual do plano internacional, o modelo dos Complexos Regionais de Segurança (CRS) de Buzan e Waever (2003) permitir-nos-á observar as relações entre UE e Rússia num enquadramento pré-prospetivo. Um terceiro enquadramento, metodológico, destrinçará os principais modelos de análise prospetiva e contributos gerais no contexto das RI, oriundos de fontes primárias, como Comunicados Conjuntos da UE, ou secundárias, como relatórios de think-tanks. A prospetiva estratégica e a construção de cenários, ou “cenarização” (scenario building/planning), permitirão aventar um conjunto de variáveis independentes (“elementos pré-determinados”). Estas enformarão os eixos problemáticos (“eixos de contrastação”) e as variáveis dependentes (“incertezas cruciais” e “wild cards”). Serão identificados três eixos, com base nas referidas fontes. Por fim, o cruzamento dos três eixos criará oito cenários a aprofundar. Os três eixos serão, brevemente: (i) sociedade e economia; (ii) energia e ambiente; (iii) geopolítica. Com o objetivo de antecipar os principais desenvolvimentos euro-russos para o futuro, a investigação em si conta responder à pergunta de investigação/principal, bem como às derivadas que surjam ao longo desta empreitada. Destarte, de que modo poderão as diferentes variáveis afetar as relações UE-Rússia no Horizonte 2035?