Elaborations on a communitarian approach to transtemporal obligations
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/144891 |
Resumo: | Grande parte da população atual acredita dever algo às gerações futuras. Poucos negariam que gastar e consumir desregradamente hoje seria errado. No entanto, as pessoas futuras ainda não existem. Não temos como saber quais são os seus interesses, nem como acordar conjuntamente princípios de distribuição. Ademais, a existência de pessoas futuras depende das nossas ações presentes, o que torna problemático afirmar que a escolha de uma política em lugar de outra hoje causará dano a futuros indivíduos. A maioria das teorias éticas e políticas contemporâneas tem dificuldade em responder aos pontos levantados acima, e, consequentemente, em oferecer uma defesa teórica válida da existência de obrigações entre pessoas separadas pelo tempo. A teoria comunitária, pelo contrário, por tomar como unidade básica uma entidade que é inerentemente transtemporal (comunidades), é capaz de estabelecer ligações moralmente relevantes entre indivíduos ao longo do tempo. Nesta dissertação, baseando-me na compatibilidade entre conceitos comunitários e o contexto transtemporal, e combinando-os com outras teorias filosóficas – como o contratualismo moral -, proponho alguns argumentos a favor da existência de obrigações entre pessoas cujas vidas nunca se cruzam temporalmente. Termino a dissertação com um outro argumento, este contra a cada vez mais difundida ideia de que o cumprimento das nossas obrigações para com as gerações futuras poderá justificar a implementação de práticas não-democráticas. |
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Elaborations on a communitarian approach to transtemporal obligationsFuturoComunidadeDomínio/Área Científica::Humanidades::Filosofia, Ética e ReligiãoGrande parte da população atual acredita dever algo às gerações futuras. Poucos negariam que gastar e consumir desregradamente hoje seria errado. No entanto, as pessoas futuras ainda não existem. Não temos como saber quais são os seus interesses, nem como acordar conjuntamente princípios de distribuição. Ademais, a existência de pessoas futuras depende das nossas ações presentes, o que torna problemático afirmar que a escolha de uma política em lugar de outra hoje causará dano a futuros indivíduos. A maioria das teorias éticas e políticas contemporâneas tem dificuldade em responder aos pontos levantados acima, e, consequentemente, em oferecer uma defesa teórica válida da existência de obrigações entre pessoas separadas pelo tempo. A teoria comunitária, pelo contrário, por tomar como unidade básica uma entidade que é inerentemente transtemporal (comunidades), é capaz de estabelecer ligações moralmente relevantes entre indivíduos ao longo do tempo. Nesta dissertação, baseando-me na compatibilidade entre conceitos comunitários e o contexto transtemporal, e combinando-os com outras teorias filosóficas – como o contratualismo moral -, proponho alguns argumentos a favor da existência de obrigações entre pessoas cujas vidas nunca se cruzam temporalmente. Termino a dissertação com um outro argumento, este contra a cada vez mais difundida ideia de que o cumprimento das nossas obrigações para com as gerações futuras poderá justificar a implementação de práticas não-democráticas.A majority of present people feel that they owe something to future generations. Few wouldn’t think it wrong to spend and consume unreservedly today. However, future people don’t yet exist. We have no way of knowing what their interests might be or of according with them any principles of distribution. Moreover, their existence is dependent on our actions today, so it is not unproblematic to claim that we will harm future persons by presently choosing one policy over another. Most ethical and political theories struggle to overcome these issues, and consequently fail to provide a sound account of obligations between temporally-separated persons. Communitarian theory, however, by taking as its basic unit an entity that is inherently transtemporal (communities), is capable of establishing morally relevant connections between individuals across time. In this dissertation, I draw on the adequateness of communitarian concepts to the cross-temporal context, and combine them with ideas from other philosophical theories – like moral contractualism – to provide a set of accounts of transtemporal obligations. I end the dissertation with an argument against the growing idea that the effective discharging of our obligations to future persons might justify non-democratic practices.Campos, André Filipe dos Santos deRUNPereira, José Maria Branco Rodrigues Moreira2022-10-21T10:53:39Z2022-09-092022-03-312022-09-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/144891TID:203074980enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:24:52Zoai:run.unl.pt:10362/144891Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:51:48.453586Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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