Elaborations on a communitarian approach to transtemporal obligations

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, José Maria Branco Rodrigues Moreira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/144891
Resumo: Grande parte da população atual acredita dever algo às gerações futuras. Poucos negariam que gastar e consumir desregradamente hoje seria errado. No entanto, as pessoas futuras ainda não existem. Não temos como saber quais são os seus interesses, nem como acordar conjuntamente princípios de distribuição. Ademais, a existência de pessoas futuras depende das nossas ações presentes, o que torna problemático afirmar que a escolha de uma política em lugar de outra hoje causará dano a futuros indivíduos. A maioria das teorias éticas e políticas contemporâneas tem dificuldade em responder aos pontos levantados acima, e, consequentemente, em oferecer uma defesa teórica válida da existência de obrigações entre pessoas separadas pelo tempo. A teoria comunitária, pelo contrário, por tomar como unidade básica uma entidade que é inerentemente transtemporal (comunidades), é capaz de estabelecer ligações moralmente relevantes entre indivíduos ao longo do tempo. Nesta dissertação, baseando-me na compatibilidade entre conceitos comunitários e o contexto transtemporal, e combinando-os com outras teorias filosóficas – como o contratualismo moral -, proponho alguns argumentos a favor da existência de obrigações entre pessoas cujas vidas nunca se cruzam temporalmente. Termino a dissertação com um outro argumento, este contra a cada vez mais difundida ideia de que o cumprimento das nossas obrigações para com as gerações futuras poderá justificar a implementação de práticas não-democráticas.
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