Perturbação Psicológica Perinatal: Efeito Protetor da Auto-Compaixão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Sara Filipa Rodrigues da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/97709
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling Perturbação Psicológica Perinatal: Efeito Protetor da Auto-CompaixãoPsychological Perinatal Disorder: The Protective Effect of Self-CompassionPerturbação Psicológica PerinatalDepressão PerinatalAnsiedade PerinatalAuto-CompaixãoFatores de RiscoPerinatal Psychological DistressPerinatal DepressionPerinatal AnxietySelf-CompassionRisk FactorsTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntroduction: Perinatal Psychological Distress may occur from pregnancy to the end of the first year after delivery, due to a combination of neurohormonal and psychosocial stress factors that lead to an increase in susceptibility to depression and anxiety. Self-compassion (SC) is a proven protective factor for these disorders. However, it is important to find and provide evidence regarding which of its composing dimensions might be a viable target for therapy.Objective: The aim of this study is to analyze whether SC and its composing dimensions have a protective effect in the relationship between potential correlates or risk factors and depression/anxiety symptoms in the postpartum period.Methods: 247 women participated in this mediational, cross-sectional and prospective study. They completed validated self-reported questionnaires at two different times: the second trimester of pregnancy (Pregnancy) and the third month after delivery (Postpartum). Data on demographic characteristics were collected, and obstetric and other clinical variables were assessed with the following instruments: Perinatal Anxiety Screening Scale; Perinatal Depression Screening Scale; Profile of Mood States; Hewitt & Flett's Multidimensional Perfectionism Scale-13; Perseverative Thinking Questionnaire and Self-Compassion Scale. In the postpartum period, the Dysfunctional Attitudes Towards Maternity Scale was also used.Results: In the cross-sectional part of this study, in which all variables were assessed during pregnancy, all SC dimensions except for Common Humanity had a statistically significant (p<.01) moderate correlation with depression and anxiety symptoms (Dependent Variables – DVs) as well as most correlates, except for sociodemographic variables. In the prospective part of the study, in which DVs were reassessed in postpartum period, SC dimensions were shown to mediate – partially or fully, with an emphasis on Self-Criticism, Overidentification and Isolation – the relationship between several correlates: perception of partner, family or friend network support; history of depression or other psychiatric disorders; negative affect; perfectionism or negative repetitive thought dimensions; and dysfunctional attitudes towards motherhood.Discussion: It was confirmed that SC can both weaken the effect of positive predictors and strengthen that of negative predictors of perinatal anxiety or depression symptoms.Conclusion: Considering we now have important cues for the improvement of the detection of risk factors for perinatal depression and anxiety at our disposal, implementing interventions focused on SC – a modifiable emotional regulation process – may benefit women with these risk factors. The efficacy and effectiveness of these interventions should be tested.Keywords: Perinatal Psychological Distress; Perinatal Depression; Perinatal Anxiety; Self-Compassion; Risk Factors; Transversal study; Prospective study.Introdução: A Perturbação Psicológica Perinatal decorre desde a gravidez até ao final do primeiro ano pós-parto, devido a uma combinação de stressores neuro-hormonais e psicossociais que condicionam um aumento da vulnerabilidade para a patologia depressiva e ansiosa. A auto-compaixão (AC) é um fator protetor comprovado, nestas perturbações, no entanto, é importante evidenciar quais são as suas dimensões que podem ser alvo de enfoque terapêutico.Objetivo: O estudo visa analisar o potencial efeito protetor da AC e respetivas dimensões, na relação entre correlatos e fatores de risco da sintomatologia depressiva e ansiosa, no período perinatal.Materiais e Métodos: Estudo mediacional, transversal e prospetivo, no qual participaram 247 mulheres que preencheram questionários de auto-resposta, validados, em dois momentos distintos: segundo trimestre de gravidez (Gravidez) e terceiro mês após o parto (Pós-parto). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Rastreio da Ansiedade Perinatal (ERAP); Escala de Rastreio da Depressão Perinatal (ERDP); Escala de Auto-Compaixão; Profile of Mood States (PoMS); Escala Multidimensional de Perfeccionismo de Hewitt & Flett (EMP); Questionário de Pensamento Perseverativo-15 (QPP). No pós-parto, também se utilizou a Escala de Atitudes Disfuncionais face à Maternidade (EADM).Resultados: No estudo transversal, em que todas as variáveis foram avaliadas na gravidez, as dimensões da AC, exceto a Humanidade Comum, correlacionaram-se significativa (p<.01) e moderadamente com a Sintomatologia Depressiva e com a Sintomatologia Ansiosa (Variáveis dependentes/VDs), bem como com a maioria dos correlatos, exceto variáveis sociodemográficas (dimensões negativas com sinal positivo e positivas com sinal negativo). No estudo prospetivo, em que as VDs foram avaliadas no pós-parto, os resultados das dimensões da AC revelaram-se mediadores (parciais e totais, principalmente o Auto-Criticismo, Sobre-Identificação e Isolamento) da relação entre diversos correlatos (perceção de apoio do companheiro, familiares e amigos; história de depressão e de outra perturbação psiquiátrica; afeto negativo; dimensões do pensamento repetitivo negativo e do perfeccionismo; e atitudes disfuncionais face à maternidade).Discussão: Confirmou-se que a AC pode levar ao enfraquecimento (dimensões positivas) e reforço (dimensões negativas) da relação entre preditores da sintomatologia depressiva e ansiosa perinatal.Conclusão: Considerando que dispomos agora de importantes pistas para a melhoria da sua deteção, prevenção e intervenção precoce, a implementação, desde logo na gravidez, de intervenções focadas na AC (processo de regulação emocional modificável) pode beneficiar mulheres com sintomas e fatores de risco para a sintomatologia depressiva e ansiosa perinatal, devendo a sua eficácia ser testada.Palavras-Chave: Perturbação Psicológica Perinatal; Depressão Perinatal; Ansiedade Perinatal; Auto-Compaixão; Fatores de Risco; Estudo Transversal; Estudo Prospetivo.2020-06-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/97709http://hdl.handle.net/10316/97709TID:202713148porSilva, Sara Filipa Rodrigues dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T06:42:14Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/97709Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:15:41.045252Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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