Mãos que aprendem: o ensino da LGP como segunda língua

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Luísa Margarida Santiago Duarte
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/17714
Resumo: Dissertação de mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores, apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
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spelling Mãos que aprendem: o ensino da LGP como segunda línguaLíngua gestual portuguesaFormação InicialSegunda LínguaSupervisão PedagógicaEnsinoDissertação de mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores, apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de CoimbraReconhecida desde 1997 pela Constituição Portuguesa, a Língua Gestual Portuguesa é a Língua Natural dos Surdos Portugueses. Tem estruturas e processos que o Português não possui (Amaral, Coutinho, Martins, (1994)), sendo, por isso, uma língua complexa, com uma gramática própria e única (Amaral, Coutinho, Martins, 1994, Baptista, 1999, 2005). É também uma língua rica, com uma estrutura sintáctica específica, auxiliada por expressões faciais e corporais particulares. Se considerarmos a existência de 150.000 surdos em Portugal e se nos basearmos no reconhecimento do dever de “proteger e valorizar a Língua Gestual Portuguesa enquanto expressão cultural e instrumento de acesso à educação e à igualdade de oportunidades” consagrada na Constituição Portuguesa [alínea h) do artigo 74º] verificamos uma exigência social e a premência em proporcionar o desenvolvimento desta Língua nas Comunidades Surda e Ouvinte. Parte significativa deste desenvolvimento deve-se, sem dúvida, às formações de LGP que são dadas nas Escolas de Referência para o Ensino Bilingue para os Alunos Surdos e também as que são dadas nas Associações de Surdos a pessoas Ouvintes. Assim, nesta dissertação procurámos aferir, junto de professores Surdos e Ouvintes, como leccionam estas formações, e se existem, de facto, diferenças substanciais na forma de ensinar entre os professores Ouvintes e Surdos. Compreende duas partes: uma, teórica; outra de trabalho empírico. A primeira desenvolve-se em quatro capítulos, nos quais é feita a revisão da literatura sobre as Línguas Gestuais, sobre Língua Gestual Portuguesa e sobre o Monitor/Formador de Língua Gestual Portuguesa. Na segunda parte, apresentamos um estudo descritivo onde se pretende compreender e explicar a situação actual dos docentes de LGP, sobretudo no que ao ensino de LGP como Língua Segunda diz respeito, mas sobretudo, evidenciar as diferenças e vii as complementaridades que tantos os professores Surdos como os Ouvintes possuem no exercício das suas funções (Carmo, Ferreira, 1998). Especificamente, pretendeu saber-se se o bilinguismo influencia o planeamento e a execução do processo de ensino-aprendizagem, assim como se os professores Surdos e Ouvintes têm formas significativamente distintas de leccionar LGP como L2. Para conseguirmos inferir algumas conclusões sobre as hipóteses colocadas, recorremos ao método da entrevista estruturada a uma amostra que envolveu 12 professores de Língua Gestual Portuguesa (6 Ouvintes e 6 Surdos), Licenciados pela Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) ou formados pelas Associações de Surdos. Quanto aos principais resultados encontrados, concluímos que, de facto, as metodologias são diferentes. Os professores Surdos, porque detêm o conhecimento explícito da LGP, apresentam uma maior variedade de estratégias para o ensino de Língua Gestual, contudo a preparação do seu processo de ensino aprendizagem deve ser melhorado, na medida em que deve tornar-se mais sólido e eficaz. Apesar disso demonstram que as suas práticas pedagógicas estão mais voltadas para o desenvolvimento comunicacional. Conclui-se também que os professores Ouvintes, porque ainda não são completamente proficientes em LGP e porque terminaram a sua formação inicial há muito menos tempo que os professores Surdos, planificam a sua execução pedagógica de forma mais cuidada e completa e, por isso, as suas estratégias voltam-se mais para a análise linguística.Acknowledged since 1997 by the Portuguese Constitution, Portuguese Sign language (PSL) is the natural language of the Portuguese deaf. It has its own structures and processes different from the Portuguese (Amaral, Coutinho, Martins, (1994) being, therefore, a complex language with its own and unique grammar. (Amaral, Coutinho, Martins, 1994, Baptista, 1999, 2005). It is also a rich language with a specific syntax aided by the use of specific facial and body expression. Considering that there are 150.000 deaf people in Portugal and if we acknowledge the duty to “protect and value Portuguese Sign Language” as a cultural expression and an instrument for education and equal opportunities”, as stated in the Portuguese Constitution (article 74º h), one becomes aware of the social demand and urgency in allowing this language to develop in both deaf and listening communities. A great deal of this work is carried out by reference schools for Bilingual Teaching for the deaf as well as Deaf People Associations who provide training and teaching on Portuguese Sign Language. In this paper we have tried to establish how deaf and listening teachers teach (PSL) and if there are great differences in teaching practices between deaf and listening teachers. The document is divided into two parts: One theoretical approach and practical research. The first is set in four chapters in which a comprehensive approach on the literature on Sign language, Portuguese Sign Language and (PSL) Teacher/trainer is made. The second describes the current status of the Portuguese Sign Language Teachers aiming to understand and explaining their role and their challenges as second language teachers. This part tries to emphasize the differences and common practices that both Listening and Deaf teachers have. The final aim was to understand if bilingual teachers plan and teach differently and to know if there are significant differences between Deaf and Listening Teachers as they teach (PSL). ix To prove our hypothesis we have resorted to the structured interviews involving twelve (six listening and six deaf) Portuguese Sign Language Teachers , graduates from the Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) or trained by Deaf Persons Associations. The results show that teaching methods are, indeed, different. Deaf teachers, because they have better Portuguese Sign Language Knowledge, use a greater variety of teaching strategies, despite the fact that their teaching processes should be improved towards better efficiency. Nevertheless, their teaching aims clearly at the development of communication skills. It was also shown that Listening Teachers tend to be more methodical, prepare their classes thoroughly and are specially concerned with language analysis, mainly because they are not as proficient as their Deaf colleagues in Portuguese Sign Language and also because they have completed their own training more recently.2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/17714http://hdl.handle.net/10316/17714porFreitas, Luísa Margarida Santiago Duarteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T04:39:56Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/17714Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:49:05.973484Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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