Resili?ncia dos Operadores Prisionais e sua Rela??o com a Personalidade: estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, B?rbara Filomena Teixeira Chaves
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Pocinho, Margarida (Orientadora)
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1100
Resumo: Contexto: Este trabalho tem como base o Fighting Against Inmate Radicalization (763538-FAIR-JUST-AG-2016-03) cujo acr?nimo ? FAIR, que aborda a radicaliza??o extrema com especial enfoque no sistema prisional procurando criar um sistema interno de alerta a ser posto em pr?tica pelos operadores prisionais e a elaborar um programas de desradicaliza??o e reabilita??o. Este projeto assenta em tr?s princ?pios: prevenir a radicaliza??o violenta de reclusos; promover a desradicaliza??o e facilitar a reintegra??o na sociedade. Objetivo: O objetivo deste estudo ? saber se existem diferen?as de resili?ncia entre os operadores prisionais (OP) e a popula??o que embora n?o trabalhe no sistema prisional j? contactou com indiv?duos radicalizados (PFSP). Foi colocada a hip?tese de os operadores prisionais serem mais resilientes que a popula??o fora do sistema prisional tendo em conta os tipos de personalidade. Foi tamb?m considerada a resili?ncia como sendo superior nos operadores prisionais com fun??es policiais comparativamente com os operadores prisionais sem fun??es policiais. Metodologia: Contribu?ram para este estudo 251 inquiridos dos quais resultou uma amostra de 225 indiv?duos a quem, em conjunto com quest?es socioprofissionais, foram administrados o RMH22 para avaliar a resili?ncia e o TIPI para avaliar a personalidade. Resultados: Existe correla??o estatisticamente significativa (p<0,05) entre a resili?ncia dos operadores prisionais e o tipo de personalidade em termos de: extrovers?o, amabilidade, conscienciosidade, estabilidade emocional e abertura. No caso da PFSP n?o existe correla??o estatisticamente significativa entre resili?ncia e amabilidade nem com a abertura. Em termos mais espec?ficos, nos operadores prisionais a correla??o entre a resili?ncia e a extrovers?o ? muito fraca, com a amabilidade ? fraca, com a conscienciosidade ? moderada, com a estabilidade emocional ? fraca e com a abertura ? moderada. Relativamente aos aspetos que tanto os operadores prisionais quanto a Popula??o Fora do Sistema Prisional consideraram chave em programas de forma??o quer para profissionais quer para reclusos destacam- se a forma??o, independentemente da sua tipologia e no caso especifico dos programas para profissionais que lidam com a radicaliza??o violenta s?o os programas de acompanhamento psicol?gico, as forma??es com psic?logos, as forma??es sobre aspetos legais, educativas, de sensibiliza??o e preven??o da radicaliza??o. Quanto aos programas de forma??o para reclusos, consideraram maioritariamente que os programas para esta popula??o deveriam conter aspetos de reintegra??o social, de apoio familiar e terapia. / Context: This work is based on the Fighting Against Inmate Radicalization (763538-FAIR-JUST-AG-2016-03) FAIR addresses the problem of violent radicalization with a special focus on the prison system. It attempts to elaborate an alternative model to traditional detention, one that includes disengagement and rehabilitation programs for extremist detainees. Objective: The objective of this study is to know if there are differences in resilience between prison operators (OP) and the population that although not working in the prison system has already contacted radicalized individuals (PFSP). It has been hypothesized that prision operators are more resilient than the population outside the prison system taking account personality types. Resilience was also considered to be superior in prison operators with police functions compared to prison operators compared without police functions. Methodology: 251 respondents contributed to this study, resulting in a sample of 225 individuals who, together with socio-professional questions, were administered RMH22 to assess resilience and TIPI to assess personality. Results: There are a correlation (p <0.05) between prison operators' resilience and personality type in terms of: extroversion, agreeableness, conscientiousness, emotional stability and openness. In the case of PFSP there is no correlation between resilience and kindness, nor with openness. More specifically, in prison operators the correlation between resilience and extroversion is very weak, with kindness is weak, with conscientiousness is moderate, emotional stability is weak and openness is moderate. Regarding the aspects that both prison operators and the non-prison population considered key in training programs for both professionals and prisoners, training stands out, regardless of its typology and in the specific case of programs for professionals dealing with radicalization. Violent are psychological support programs, training with psychologists, and training on legal issues, educational, awareness and prevention of radicalization. As for inmate training programs, they considered that programs for this population should contain aspects of social reintegration, family support and therapy.
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