Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11816/2557 |
Resumo: | A ausência congénita dentária é uma anomalia relativamente comum, daí que seja motivo de interesse de estudos científicos há várias décadas. Sabe-se, que o movimento ortodôntico de dentes adjacentes através da crista alveolar edêntula pode desenvolver dimensões adequadas de osso alveolar, sem recorrer a procedimentos regenerativos. À medida que o dente se move ao longo da crista, o osso é depositado, corrigindo deficiências dimensionais. Os objetivos do estudo foram, em primeiro lugar, comparar as alterações dimensionais do rebordo alveolar antes, no final e um ano após o tratamento ortodôntico (TO), nos casos de agenesia de incisivos laterais superiores (AILS), cuja opção foi a abertura do espaço e, em segundo, avaliar a possibilidade do uso do modelo de gesso e radiografias panorâmicas (RP) como substitutos da tomografia computorizada Cone Beam (TCCB). Material e Métodos: O estudo foi constituído por uma amostra de 18 modelos em gesso, correspondentes a 6 pacientes que apresentavam AILS, com mesialização dos caninos antes do TO. Realizaram-se 228 medições em modelos de gesso e RP recolhidas em três períodos distintos, antes (T1), final (T2) e pelo menos 1 ano após o TO (T3). Na fase T2 foi também analisada a TCCB. Para o primeiro objetivo foram efetuadas medições da altura de osso e da abertura de espaço (largura) entre o canino superior e o incisivo central superior na RP e da abertura e espessura nos modelos de gesso, sendo esta última efetuada através de torqueis medidos a 1mm e a 6mm da altura do osso. Avaliou-se também a abertura de espaço com o nível da altura óssea na RP, e a abertura de espaço com a espessura dos modelos de gesso, ao longo do tempo estudado. Para o segundo objetivo foram comparados os valores da altura do nível ósseo e largura na RP com a TCCB e da espessura dos modelos com a espessura da TCCB. A análise estatística foi efetuada com recurso ao SPSS versão 20.0 (IBM), com a utilização de testes não-paramétricos. Resultados: Não houve uma diferença estatisticamente significativa nos 3 períodos de tempo com: a espessura dos modelos (a 1 e a 6mm) no lado direito e esquerdo, nem com a altura do nível ósseo na RP (p>0.05; teste de Friedman). Não existiu qualquer correlação estatisticamente significativa ao longo do tempo estudado entre: a abertura do espaço e a altura do nível do osso nas RP; nem entre a abertura de espaço nos modelos e a espessura nos mesmos modelos de gesso (p>0.05 para todos os casos, teste de correlação de Sperman). No entanto, verificou-se uma diferença estatisticamente significativa na largura na RP, nos 3 períodos de tempo, tanto à direita como à esquerda (respetivamente p=0.022 e p=0.018; teste de Friedman). A TCCB não teve uma correlação estatisticamente significativa no que diz respeito à altura do nível do osso com a da RP; na espessura com os modelos de gesso (a 1 mm e a 6mm) (p>0.05 lado direito e esquerdo); na largura com a RP (p>0.05 lado direito e esquerdo; teste de correlação de Sperman). Conclusão: Não há variação significativa na espessura, altura e largura do osso ao longo do tempo, antes e um ano após o final do TO, tendo em conta a abertura inerente do espaço no caso de AILS. Muito provavelmente devido ao facto de, nos casos estudados, o canino apresentar-se numa posição mesializada antes do TO, mantendo assim as dimensões ósseas ao longo do tempo. Ficou demonstrado que o modelo de gesso e a RP parecem não ser bons substitutos do TCCB, para estas medições específicas. |
id |
RCAP_2be5e223fb8aa0487177cf2671548054 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/2557 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto.Abertura de espaçoAusência congénita de incisivo lateral superiorCrista alveolarTomografia computorizada cone beamA ausência congénita dentária é uma anomalia relativamente comum, daí que seja motivo de interesse de estudos científicos há várias décadas. Sabe-se, que o movimento ortodôntico de dentes adjacentes através da crista alveolar edêntula pode desenvolver dimensões adequadas de osso alveolar, sem recorrer a procedimentos regenerativos. À medida que o dente se move ao longo da crista, o osso é depositado, corrigindo deficiências dimensionais. Os objetivos do estudo foram, em primeiro lugar, comparar as alterações dimensionais do rebordo alveolar antes, no final e um ano após o tratamento ortodôntico (TO), nos casos de agenesia de incisivos laterais superiores (AILS), cuja opção foi a abertura do espaço e, em segundo, avaliar a possibilidade do uso do modelo de gesso e radiografias panorâmicas (RP) como substitutos da tomografia computorizada Cone Beam (TCCB). Material e Métodos: O estudo foi constituído por uma amostra de 18 modelos em gesso, correspondentes a 6 pacientes que apresentavam AILS, com mesialização dos caninos antes do TO. Realizaram-se 228 medições em modelos de gesso e RP recolhidas em três períodos distintos, antes (T1), final (T2) e pelo menos 1 ano após o TO (T3). Na fase T2 foi também analisada a TCCB. Para o primeiro objetivo foram efetuadas medições da altura de osso e da abertura de espaço (largura) entre o canino superior e o incisivo central superior na RP e da abertura e espessura nos modelos de gesso, sendo esta última efetuada através de torqueis medidos a 1mm e a 6mm da altura do osso. Avaliou-se também a abertura de espaço com o nível da altura óssea na RP, e a abertura de espaço com a espessura dos modelos de gesso, ao longo do tempo estudado. Para o segundo objetivo foram comparados os valores da altura do nível ósseo e largura na RP com a TCCB e da espessura dos modelos com a espessura da TCCB. A análise estatística foi efetuada com recurso ao SPSS versão 20.0 (IBM), com a utilização de testes não-paramétricos. Resultados: Não houve uma diferença estatisticamente significativa nos 3 períodos de tempo com: a espessura dos modelos (a 1 e a 6mm) no lado direito e esquerdo, nem com a altura do nível ósseo na RP (p>0.05; teste de Friedman). Não existiu qualquer correlação estatisticamente significativa ao longo do tempo estudado entre: a abertura do espaço e a altura do nível do osso nas RP; nem entre a abertura de espaço nos modelos e a espessura nos mesmos modelos de gesso (p>0.05 para todos os casos, teste de correlação de Sperman). No entanto, verificou-se uma diferença estatisticamente significativa na largura na RP, nos 3 períodos de tempo, tanto à direita como à esquerda (respetivamente p=0.022 e p=0.018; teste de Friedman). A TCCB não teve uma correlação estatisticamente significativa no que diz respeito à altura do nível do osso com a da RP; na espessura com os modelos de gesso (a 1 mm e a 6mm) (p>0.05 lado direito e esquerdo); na largura com a RP (p>0.05 lado direito e esquerdo; teste de correlação de Sperman). Conclusão: Não há variação significativa na espessura, altura e largura do osso ao longo do tempo, antes e um ano após o final do TO, tendo em conta a abertura inerente do espaço no caso de AILS. Muito provavelmente devido ao facto de, nos casos estudados, o canino apresentar-se numa posição mesializada antes do TO, mantendo assim as dimensões ósseas ao longo do tempo. Ficou demonstrado que o modelo de gesso e a RP parecem não ser bons substitutos do TCCB, para estas medições específicas.2017-01-24T13:05:22Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11816/2557TID:201344297pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessPascoal, Selma Patrícia Gomesreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-31T14:01:31Zoai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/2557Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:57:53.377069Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto. |
title |
Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto. |
spellingShingle |
Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto. Pascoal, Selma Patrícia Gomes Abertura de espaço Ausência congénita de incisivo lateral superior Crista alveolar Tomografia computorizada cone beam |
title_short |
Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto. |
title_full |
Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto. |
title_fullStr |
Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto. |
title_full_unstemmed |
Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto. |
title_sort |
Análise da dimensão do rebordo alveolar antes e após o tratamento ortodôntico na AILS: estudo piloto. |
author |
Pascoal, Selma Patrícia Gomes |
author_facet |
Pascoal, Selma Patrícia Gomes |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pascoal, Selma Patrícia Gomes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Abertura de espaço Ausência congénita de incisivo lateral superior Crista alveolar Tomografia computorizada cone beam |
topic |
Abertura de espaço Ausência congénita de incisivo lateral superior Crista alveolar Tomografia computorizada cone beam |
description |
A ausência congénita dentária é uma anomalia relativamente comum, daí que seja motivo de interesse de estudos científicos há várias décadas. Sabe-se, que o movimento ortodôntico de dentes adjacentes através da crista alveolar edêntula pode desenvolver dimensões adequadas de osso alveolar, sem recorrer a procedimentos regenerativos. À medida que o dente se move ao longo da crista, o osso é depositado, corrigindo deficiências dimensionais. Os objetivos do estudo foram, em primeiro lugar, comparar as alterações dimensionais do rebordo alveolar antes, no final e um ano após o tratamento ortodôntico (TO), nos casos de agenesia de incisivos laterais superiores (AILS), cuja opção foi a abertura do espaço e, em segundo, avaliar a possibilidade do uso do modelo de gesso e radiografias panorâmicas (RP) como substitutos da tomografia computorizada Cone Beam (TCCB). Material e Métodos: O estudo foi constituído por uma amostra de 18 modelos em gesso, correspondentes a 6 pacientes que apresentavam AILS, com mesialização dos caninos antes do TO. Realizaram-se 228 medições em modelos de gesso e RP recolhidas em três períodos distintos, antes (T1), final (T2) e pelo menos 1 ano após o TO (T3). Na fase T2 foi também analisada a TCCB. Para o primeiro objetivo foram efetuadas medições da altura de osso e da abertura de espaço (largura) entre o canino superior e o incisivo central superior na RP e da abertura e espessura nos modelos de gesso, sendo esta última efetuada através de torqueis medidos a 1mm e a 6mm da altura do osso. Avaliou-se também a abertura de espaço com o nível da altura óssea na RP, e a abertura de espaço com a espessura dos modelos de gesso, ao longo do tempo estudado. Para o segundo objetivo foram comparados os valores da altura do nível ósseo e largura na RP com a TCCB e da espessura dos modelos com a espessura da TCCB. A análise estatística foi efetuada com recurso ao SPSS versão 20.0 (IBM), com a utilização de testes não-paramétricos. Resultados: Não houve uma diferença estatisticamente significativa nos 3 períodos de tempo com: a espessura dos modelos (a 1 e a 6mm) no lado direito e esquerdo, nem com a altura do nível ósseo na RP (p>0.05; teste de Friedman). Não existiu qualquer correlação estatisticamente significativa ao longo do tempo estudado entre: a abertura do espaço e a altura do nível do osso nas RP; nem entre a abertura de espaço nos modelos e a espessura nos mesmos modelos de gesso (p>0.05 para todos os casos, teste de correlação de Sperman). No entanto, verificou-se uma diferença estatisticamente significativa na largura na RP, nos 3 períodos de tempo, tanto à direita como à esquerda (respetivamente p=0.022 e p=0.018; teste de Friedman). A TCCB não teve uma correlação estatisticamente significativa no que diz respeito à altura do nível do osso com a da RP; na espessura com os modelos de gesso (a 1 mm e a 6mm) (p>0.05 lado direito e esquerdo); na largura com a RP (p>0.05 lado direito e esquerdo; teste de correlação de Sperman). Conclusão: Não há variação significativa na espessura, altura e largura do osso ao longo do tempo, antes e um ano após o final do TO, tendo em conta a abertura inerente do espaço no caso de AILS. Muito provavelmente devido ao facto de, nos casos estudados, o canino apresentar-se numa posição mesializada antes do TO, mantendo assim as dimensões ósseas ao longo do tempo. Ficou demonstrado que o modelo de gesso e a RP parecem não ser bons substitutos do TCCB, para estas medições específicas. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-01-01T00:00:00Z 2016 2017-01-24T13:05:22Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/20.500.11816/2557 TID:201344297 |
url |
http://hdl.handle.net/20.500.11816/2557 |
identifier_str_mv |
TID:201344297 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
metadata only access info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
metadata only access |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799131651380346880 |