Uma definição espiritual do Tempo como ‘eternidade começada e sempre em progresso’ – ou o ensinamento do Céu na Terra segundo Elisabeth de la Trinité

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Carlos Henrique do Carmo
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/8778
Resumo: O presente estudo pretende analisar uma expressão que a bem-aventurada carmelita, Isabel da Trindade, usa – quer em O Céu na Terra, quer no Último Retiro – para definir o tempo, e cuja origem exacta é desconhecida. Após uma introdução em que se situa o problema da temporalidade no contexto e ritmo da sua experiência espiritual, invocam-se quadros tradicionais de referência a esse problema, salientando sobretudo os paradigmas platónicos (ou neoplatónicos) que influíram na concepção reflectida pela corrente mística. Numa segunda parte, discute-se a noção de eternidade – da ‘eternidade começada’ implícita em Isabel da Trindade e oscilando entre o sentido de continuidade temporal, ou do seu anulamento. Depois, considera-se a conjugação diferencial do sentido de um ‘progresso’ eterno ou, antes, de uma interpretação do tempo como recorrência de um estado perpétuo. Conclui-se por esta ‘terceira’ dimensão do tempo, nem celeste e eterno, nem do devir terreno, mas como se ao modo do aevum, o que espelha ainda a tensão crucial e a experiência trinitária do seu carisma espiritual.
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