Desenvolvimento de microemulsões para aplicação tópica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Preto, Vera Lúcia Sarmento Martins
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/13923
Resumo: As microemulsões (MEs) são sistemas isotrópicos, transparentes, que apresentam boa estabilidade termodinâmica, são fáceis de preparar e possuem um custo associado geralmente baixo. Podem ser utilizadas como veículos de vários princípios ativos, tanto hidrofílicos como lipofílicos. Apresentam uma elevada capacidade de carga, i.e. são capazes de armazenar grandes quantidades do componente alvo, melhorando a biodisponibilidade de certas substâncias ativas. São geralmente formadas por uma mistura de lípido(s), água e tensioativo(s), sendo também muito frequente utilizarem-se co-tensioativos. O plano experimental do presente trabalho incidiu sobre o desenvolvimento de MEs visando a sua futura utilização como veículo para aplicação tópica de bioativos naturais (não desenvolvido no presente trabalho). Neste contexto, o trabalho apresentado aborda tópicos tais como: Descrição da pele e mecanismos de absorção; Conceitos gerais sobre MEs; e Técnicas para produção e caracterização de MEs. Para a produção das MEs selecionou-se como sistema químico água pura, azeite refinado e um tensioativo não-iónico (Tween 80), reconhecido por ser não-tóxico e biocompatível. Adicionalmente testou-se o uso de vários co-tensioativos, nomeadamente polietilenoglicol 400, etanol, glicerina, 2-propanol, 1-butanol, Span 80 e Transcutol CG. Para cada combinação azeite + água + tensioativo/co-tensioativo testada foi produzido o respetivo diagrama pseudoternário e definidas as zonas de composição onde se produzem MEs, sistemas com 2 fases, sistemas com 3 fases e onde ocorre a formação de gel. Para as composições testadas verificou-se que a formação de MEs foi mais favorecida quando se utilizou apenas o sistema base (azeite/água/Tween 80) ou quando se utilizou como co-tensioativo glicerina e Span 80. Contudo, as MEs obtidas foram conseguidas à custa da utilização de um teor elevado do sistema de tensioativo, o que pode restringir a sua utilização tópica. As dificuldades de preparação podem estar relacionadas com a elevada viscosidade do azeite, tal como relatado na literatura. Para contornar esta dificuldade foi testado o efeito da temperatura (ambiente, 40, 60 e 80ºC) para o sistema base e o sistema utilizando o co-tensioativo Span 80 (1:1). Neste caso observou-se a diminuição da formação de gel mas não se intensificou a formação de MEs.
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Neste contexto, o trabalho apresentado aborda tópicos tais como: Descrição da pele e mecanismos de absorção; Conceitos gerais sobre MEs; e Técnicas para produção e caracterização de MEs. Para a produção das MEs selecionou-se como sistema químico água pura, azeite refinado e um tensioativo não-iónico (Tween 80), reconhecido por ser não-tóxico e biocompatível. Adicionalmente testou-se o uso de vários co-tensioativos, nomeadamente polietilenoglicol 400, etanol, glicerina, 2-propanol, 1-butanol, Span 80 e Transcutol CG. Para cada combinação azeite + água + tensioativo/co-tensioativo testada foi produzido o respetivo diagrama pseudoternário e definidas as zonas de composição onde se produzem MEs, sistemas com 2 fases, sistemas com 3 fases e onde ocorre a formação de gel. Para as composições testadas verificou-se que a formação de MEs foi mais favorecida quando se utilizou apenas o sistema base (azeite/água/Tween 80) ou quando se utilizou como co-tensioativo glicerina e Span 80. Contudo, as MEs obtidas foram conseguidas à custa da utilização de um teor elevado do sistema de tensioativo, o que pode restringir a sua utilização tópica. As dificuldades de preparação podem estar relacionadas com a elevada viscosidade do azeite, tal como relatado na literatura. Para contornar esta dificuldade foi testado o efeito da temperatura (ambiente, 40, 60 e 80ºC) para o sistema base e o sistema utilizando o co-tensioativo Span 80 (1:1). Neste caso observou-se a diminuição da formação de gel mas não se intensificou a formação de MEs.Microemulsions (MEs) are isotropic systems, transparent, exhibit good thermodynamic stability, are easy to prepare and have a generally low associated cost. They may be used as carriers for various active principles, both hydrophilic and lipophilic. They can present a high load capacity, i.e. they are capable of storing large amounts of the target component, improving the bioavailability of certain active substances. They are generally formed from a mixture of lipid(s), water and surfactant(s) and, very commonly, they use co-surfactants. The experimental work of this study is focused on the development of MEs seeking its future use as a vehicle for the topical application of natural bioactive (not developed in the present work). In this context, the presented work covers topics such as: Description of the skin and absorption mechanisms; General concepts on MEs; and Techniques for the production and characterization of MEs. For the production of MEs the selected chemical system was composed by ultrapure water, refined olive oil and a non-ionic surfactant (Tween 80), known to be non-toxic and biocompatible. Additionally, various co-surfactants, particularly polyethylene glycol 400, ethanol, glycerine, 2-propanol, 1-butanol, Span 80 and Transcutol CG were tested. For each combination oil + water + surfactant/co-surfactant tested the respective pseudoternary phase diagram was constructed and the composition areas assigned as: MEs, system with 2 phases, system with 3 phases and gel formation. For the tested compositions it was found that the formation of MEs was more favoured for the base system itself (oil / water / Tween 80), or when the co-surfactant glycerine and Span 80 was used. However, the obtained MEs have been achieved thanks to the use of a high content of the surfactant system, which can restrict its topical use. The detected preparation difficulties can be related with the high viscosity of olive oil, as reported in the literature. To overcome this constraint, the effect of temperature (ambient, 40, 60 and 80 ºC) on the MEs formation was tested with the base system and the system using Span 80 (1:1) was co-surfactant. Although a decrease in the gel formation was observed, the formation of MEs was not intensifyed.Projeto POCI-01-0145-FEDER-006984 - Laboratório Associado LSRE-LCM - financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do COMPETE2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI) e por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia I.P.Barreiro, M.F.Biblioteca Digital do IPBPreto, Vera Lúcia Sarmento Martins2017-01-25T09:57:09Z201620162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/13923TID:201784033porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:32:53Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/13923Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:03:53.587376Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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