Os espaços funerários e a construção das novas entidades sociais e culturais do Extremo Ocidente Europeu (1.º milénio A.N.E.)
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/174 |
Resumo: | As tipologias têm dominado o discurso ao nível dos espólios exumados nas necrópoles da Idade do Ferro do sul de Portugal, naturalmente de acordo com as funcionalidades: objectos de adorno, cerâmicas, armas. Julgo contudo que se tem perdido de vista que os materiais recolhidos em contexto funerário, mesmo no interior de sepulturas, devem ser analisados de acordo com a sua própria função no processo que culmina com o final do funeral. Os materiais não podem e não devem ser encarados em bloco, uma vez que se dividem obrigatoriamente em: equipamentos rituais usados pelos vivos durante as cerimónias fúnebres; artefactos do defunto usados pelo próprio e oferendas. Assim parece claro que os objectos de adorno, como os colares, os fechos de cinturão, os botões e as fíbulas integram o grupo dos artefactos que o próprio cadáver usaria. Mas as armas, de sua propriedade ou não, bem como os vasos cerâmicos e alguns artefactos apotropaicos (escaravelhos, terracotas) seriam certamente depositados por quem o acompanharia no momento do seu funeral e fariam parte de um outro conjunto, concretamente o do depósito que ocorria no momento de encerrar a sepultura. |
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