Papel do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia na Prevenção do Parto Pré-Termo
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/25852 |
Resumo: | É cada vez maior o número de partos pré-termo nos dias que correm. De acordo com o instituto nacional de estatística (INE) entre 2002 e 2007, verificou-se um aumento da percentagem de nados vivos prematuros (com menos de 37semanas de gestação), tendo aumentado de 6,4% em 2002 para 9,1% em 2007 em Portugal. Em 2005 nasceram em Portugal 109 399 nados vivos, dos quais 6,6 % (7260) foram prematuros (idade gestacional abaixo das 37 semanas). Nos EUA a incidência de parto pré-termo aumentou 11% nos últimos 40 anos e entre 5% a 7% na Europa Ocidental (Estatísticas Demográficas, 2017). Sabe-se, também, que o conhecimento e o reconhecimento dos fatores de risco para o parto pré-termo (PPT) vão contribuir para a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos no parto pré-termo, sendo essencial para a sua prevenção por parte do Enfermeiro Especialista em Saúde Materna e Obstétrica (EESMO). O conhecimento dos fatores de risco de parto pré-termo é um passo fundamental para evitar a prematuridade e só assim se poderá intervir, prevenindo o seu desfecho. No entanto a prevenção da prematuridade tem sido difícil devido à sua etiologia multifatorial e em parte desconhecida. Esta tarefa tem-se mostrado complicada de concretizar, principalmente, porque: é difícil a comprovação dos diversos fatores de risco, estando muitas vezes relacionados entre si e tornando difícil calcular o risco individualizado de cada um, porque a maior parte dos partos pré-termo ocorrem em mulheres sem nenhum fator de risco conhecido e por isso impossíveis de identificar e prevenir o PPT, e porque não existe um modelo animal adequado à investigação desta temática (Machado, 2012). O EESMO tem um papel fundamental na prevenção do PPT por ser o profissional de saúde que mais vezes se relaciona com a grávida de risco e que por isso é capaz de estabelecer uma relação de confiança necessária a uma boa educação para a Saúde (Magro, 2016). Foi realizada uma revisão da literatura e para identificação e seleção dos artigos foi utilizada a plataforma EBSCO, em cinco bases de dados: CINAHL complete, MEDLINE Complete, Nursing & Allied Health Collection, Cochrane Plus Collection e MedicLatina. A pesquisa foi efetuada no período compreendido entre Maio e dezembro de 2017. Segundo a estratégia estabelecida, a pesquisa bibliográfica resultou num total de 34 artigos encontrados e 8 selecionados. O papel do EESMO é realizado em duas frentes: a prevenção e o diagnóstico. 1) Na prevenção o EESMO tem de identificar o risco de PPT da grávida através da realização de anamnese e aplicabilidade de escalas de risco e posteriormente realizar educação para a saúde direcionada ao risco que a grávida apresenta. Para além da Escala de Godwin modificada que é aplicada a todas as grávidas, não é utilizada mais nenhum instrumento de avaliação de risco capaz de identificar as grávidas de risco para PPT. Nenhum instrumento de avaliação se tem mostrado com real capacidade para identificar as grávidas com elevado risco de PPT, uma vez que cerca de metade dos PPT espontâneos acontecem em grávidas sem qualquer fator de risco conhecido. Desta forma não há nenhum instrumento de avaliação de risco de PPT a ser utilizado na prática diária. Para além da prevenção, o EESMO é, também, responsável pela identificação de PPT efetivo através do seu diagnóstico; 2) O diagnóstico de PPT não é fácil de realizar, mas sabemos que depende da identificação correta das grávidas de risco para PPT e da verificação da presença de um ou mais sinais de alarme para PTT. |
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