Estudo de sustentabilidade energética e ambiental de um edifício residencial de arquitetura não convencional: earthship

• Autor(a) principal: Filipe, Francisco Gouveia Sinde
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/36999
• topic: Eficiência energética; Habitação colectiva; Desempenho térmico de edifícios; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Engenharia Mecânica

Este trabalho descreve a investigação e análise de desempenho energético de uma arquitetura não convencional, com origem e desenvolvida nos EUA há cerca de 40 anos, conhecida como Earthship, um conceito onde se reivindica que não é necessário recorrer a sistemas ativos de aquecimento e arrefecimento. Com este estudo pretende verificar-se a viabilidade de sustentabilidade e eficiência energética e ambiental de um edifício residencial e apurar se, com este tipo de construção, é possível garantir o conforto térmico, respeitando, para o coeficiente de transmissão térmica, U, os requisitos da legislação em vigor em Portugal. Nesta dissertação foi elaborado um modelo de cálculo de resistências térmicas e coeficiente de transmissão térmica de elementos construtivos não homogéneos para verificação perante a legislação. Recorreu-se a um software de simulação dinâmica de edifícios, o Energy Plus, de forma a ser realizada uma previsão do comportamento térmico da habitação para o clima de Arganil. Foi criado um modelo de estudo que segue os princípios e características desta tecnologia de construção, onde foram analisados os contributos para uma melhor eficiência energética, as características de design, os detalhes e os pormenores construtivos. O modelo criado para o cálculo de resistências térmicas dos elementos não homogéneos mostra que uma parede com garrafas tem um coeficiente de transmissão térmica inferior a uma parede com latas e que ambas, com isolamento pelo exterior, respeitam os valores de referência, para o U, da legislação, para paredes exteriores. As simulações energéticas apresentam algum sobreaquecimento no verão, apesar de durante o período de ocupação, nos quartos, se verificarem temperaturas de conforto térmico e no inverno haver necessidade de recorrer a um sistema de aquecimento. Em dias de meia estação, enquanto que em setembro as temperaturas estão dentro dos parâmetros de conforto, em março há necessidade de aquecimento nos quartos, nos períodos noturnos.