Influência do tipo de rosca e do design na estabilidade dos implantes dentários
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/2818 |
Resumo: | O estudo da biomecânica é um dos principais fatores para alcançar o sucesso a longo prazo dos implantes dentários. Assim, é importante distinguir as características do design dos implantes dentários, como o micro e o macro design, porque estas podem, na sua generalidade, influenciar o sucesso do mesmo. Com base nas informações disponíveis propôs-se, neste trabalho, examinar e estudar a influência dos fatores associados ao macro design, como: o passo da rosca, o ângulo da hélice, a geometria do implante, a profundidade e largura da rosca, na estabilidade do implante dentário. Para o estudo do macro design procedeu-se à implantação nas regiões posteriores de mandíbulas frescas de suíno, à avaliação do binário de inserção e à determinação dos esforços de extração de vários tipos de implantes dentários. Neste sentido, foi idealizado e produzido um sistema de fixação (móvel) das mandibulas e foram maquinados vários tipos de implantes com rosca em V, variando o diâmetro, o comprimento e o passo de rosca. Do mesmo modo foram produzidos implantes com rosca quadrada variando essencialmente o passo e a profundidade do filete de rosca. Posteriormente foram desenhados, projetados e fabricados novos designs de rosca e novos implantes dentários. Todos estes novos modelos foram avaliados no sentido de determinar o efeito de cada nova característica na estabilidade dos implantes comparativamente a implantes dentários comerciais, Titanium Fix WP 515 e os Sweden & Martina, E2-410- 115-T. Para a caracterização de todos os implantes foram avaliados os binários de inserção usando uma chave dinamométrica e as forças de extração através da análise das curvas de tração força/deslocamento. Além do estudo biomecânico dos implantes foram também realizados estudos de microscopia de secções de corte transversais aos locais onde cada implante foi colocado. Estes estudos permitem uma análise e caracterização do osso de modo a perceber as diferenças deste para cada uma das posições estudadas. O aumento do diâmetro e do comprimento dos implantes corresponde a um aumento da área de contacto na interface osso-implante o que conduziu a um aumento da sua resistência ao arrancamento e, consequentemente, a um aumento da estabilidade primária dos implantes dentários. Em relação ao passo de rosca, verificou-se que a estabilidade primária diminui para os menores passos de rosca e que o passo ideal em implantes com rosca em V será de 0,8 mm. Os resultados dos implantes com rosca múltipla, mostraram que a rosca múltipla de duas entradas apresenta menor estabilidade primária nas posições 1 e 2, quando comparados com implantes com rosca múltipla de três entradas. Embora, para as posições 3 e 4 estes resultados não se confirmem na totalidade. Os implantes de rosca quadrada apresentaram bons resultados de resistência ao arrancamento. O aumento da profundidade do perfil do filete em implantes de rosca quadrada permite a diminuição do diâmetro do furo de inserção e um aumento da estabilidade primária em todas as posições testadas, com especial enfase na posição 4 onde o osso apresenta menor densidade. O aumento da largura da rosca em implantes de rosca quadrada, de 0,3 mm para 0,5 mm, aumenta a resistência ao arrancamento. A análise microscópica do osso recetor, permitiu observar que o osso cortical e esponjoso diminui gradualmente a sua porosidade desde a Posição 1 até à Posição 3 da mandibula. Na Posição 4, observou-se apenas osso esponjoso. Dentro das limitações deste estudo, podemos concluir, que os implantes com novo design apresentam uma boa estabilidade primária. Os resultados obtidos neste estudo comparado estão em concordância com a literatura, que indica que diferentes áreas de contato entre a interface osso-implante afetam a estabilidade primária dos implantes dentários, e esta é influenciada pelos vários fatores do macro design estudados. |
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O estudo da biomecânica é um dos principais fatores para alcançar o sucesso a longo prazo dos implantes dentários. Assim, é importante distinguir as características do design dos implantes dentários, como o micro e o macro design, porque estas podem, na sua generalidade, influenciar o sucesso do mesmo. Com base nas informações disponíveis propôs-se, neste trabalho, examinar e estudar a influência dos fatores associados ao macro design, como: o passo da rosca, o ângulo da hélice, a geometria do implante, a profundidade e largura da rosca, na estabilidade do implante dentário. Para o estudo do macro design procedeu-se à implantação nas regiões posteriores de mandíbulas frescas de suíno, à avaliação do binário de inserção e à determinação dos esforços de extração de vários tipos de implantes dentários. Neste sentido, foi idealizado e produzido um sistema de fixação (móvel) das mandibulas e foram maquinados vários tipos de implantes com rosca em V, variando o diâmetro, o comprimento e o passo de rosca. Do mesmo modo foram produzidos implantes com rosca quadrada variando essencialmente o passo e a profundidade do filete de rosca. Posteriormente foram desenhados, projetados e fabricados novos designs de rosca e novos implantes dentários. Todos estes novos modelos foram avaliados no sentido de determinar o efeito de cada nova característica na estabilidade dos implantes comparativamente a implantes dentários comerciais, Titanium Fix WP 515 e os Sweden & Martina, E2-410- 115-T. Para a caracterização de todos os implantes foram avaliados os binários de inserção usando uma chave dinamométrica e as forças de extração através da análise das curvas de tração força/deslocamento. Além do estudo biomecânico dos implantes foram também realizados estudos de microscopia de secções de corte transversais aos locais onde cada implante foi colocado. Estes estudos permitem uma análise e caracterização do osso de modo a perceber as diferenças deste para cada uma das posições estudadas. O aumento do diâmetro e do comprimento dos implantes corresponde a um aumento da área de contacto na interface osso-implante o que conduziu a um aumento da sua resistência ao arrancamento e, consequentemente, a um aumento da estabilidade primária dos implantes dentários. Em relação ao passo de rosca, verificou-se que a estabilidade primária diminui para os menores passos de rosca e que o passo ideal em implantes com rosca em V será de 0,8 mm. Os resultados dos implantes com rosca múltipla, mostraram que a rosca múltipla de duas entradas apresenta menor estabilidade primária nas posições 1 e 2, quando comparados com implantes com rosca múltipla de três entradas. Embora, para as posições 3 e 4 estes resultados não se confirmem na totalidade. Os implantes de rosca quadrada apresentaram bons resultados de resistência ao arrancamento. O aumento da profundidade do perfil do filete em implantes de rosca quadrada permite a diminuição do diâmetro do furo de inserção e um aumento da estabilidade primária em todas as posições testadas, com especial enfase na posição 4 onde o osso apresenta menor densidade. O aumento da largura da rosca em implantes de rosca quadrada, de 0,3 mm para 0,5 mm, aumenta a resistência ao arrancamento. A análise microscópica do osso recetor, permitiu observar que o osso cortical e esponjoso diminui gradualmente a sua porosidade desde a Posição 1 até à Posição 3 da mandibula. Na Posição 4, observou-se apenas osso esponjoso. Dentro das limitações deste estudo, podemos concluir, que os implantes com novo design apresentam uma boa estabilidade primária. Os resultados obtidos neste estudo comparado estão em concordância com a literatura, que indica que diferentes áreas de contato entre a interface osso-implante afetam a estabilidade primária dos implantes dentários, e esta é influenciada pelos vários fatores do macro design estudados. |
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