Médico de família: mudanças organizacionais e reconfigurações profissionais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://ciencia.iscte-iul.pt/public/pub/id/22149 http://hdl.handle.net/10071/9683 |
Resumo: | A medicina geral e familiar emerge num contexto em que impera a especialização do conhecimento médico e a supremacia da medicina hospitalar, onde predomina o recurso à tecnologia e ao conhecimento de vanguarda. O percurso socio-histórico do médico de família, inextricavelmente associado ao centro de saúde, tem remetido este especialista e a especialidade para posições menos reconhecidas e menos prestigiadas socialmente. Em 2005 inicia-se a reforma dos cuidados de saúde primários, tendo como principal objetivo recentrar este nível de cuidados na estrutura global dos serviços de saúde e propondo uma profunda reconfiguração do centro de saúde. Uma das primeiras medidas preconizadas foi a criação da Unidade de Saúde Familiar, um novo modelo de organização baseado num sistema de contratualização de serviços. Partindo dos resultados de uma investigação (um estudo de caso), realizada em simultâneo com a implementação da reforma, discute-se a mudança que se operava nas esferas organizacional e profissional. Das várias dimensões analíticas, considera-se a temporalidade antes da reforma – o médico de família no Centro de Saúde; e depois da reforma – o médico de família em USF. |
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A medicina geral e familiar emerge num contexto em que impera a especialização do conhecimento médico e a supremacia da medicina hospitalar, onde predomina o recurso à tecnologia e ao conhecimento de vanguarda. O percurso socio-histórico do médico de família, inextricavelmente associado ao centro de saúde, tem remetido este especialista e a especialidade para posições menos reconhecidas e menos prestigiadas socialmente. Em 2005 inicia-se a reforma dos cuidados de saúde primários, tendo como principal objetivo recentrar este nível de cuidados na estrutura global dos serviços de saúde e propondo uma profunda reconfiguração do centro de saúde. Uma das primeiras medidas preconizadas foi a criação da Unidade de Saúde Familiar, um novo modelo de organização baseado num sistema de contratualização de serviços. Partindo dos resultados de uma investigação (um estudo de caso), realizada em simultâneo com a implementação da reforma, discute-se a mudança que se operava nas esferas organizacional e profissional. Das várias dimensões analíticas, considera-se a temporalidade antes da reforma – o médico de família no Centro de Saúde; e depois da reforma – o médico de família em USF. |
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