Pesca lúdica e apanha do casulo na Ria de Aveiro: 2012/2013

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aleixo, Ana Bárbara Dias Monteiro Nunes
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/12144
Resumo: A Ria de Aveiro espelha inúmeras interações existentes entre o Homem e a Natureza, com os seus recursos naturais a serem explorados por diversas atividades económicas. Das várias atividades, destacam-se neste trabalho duas: a pesca lúdica apeada, que consiste na captura de espécimes de peixe com recurso a utensílios próprios e praticada por mera recreação, sem fins comerciais, e a mariscagem (ou marisqueio ou apanha), que consiste na recolha de espécies animais marinhas (moluscos bivalves, crustáceos e poliquetas, por exemplo) com elevado valor comercial, recorrendo-se às mãos ou a instrumentos artesanais. Este trabalho decorreu durante um ano em diversas áreas da Ria de Aveiro e procura, fundamentalmente, estimar a produção da mariscagem do poliqueta marinho Diopatra neapolitana, o casulo, e também da pesca lúdica praticada nos molhes e cais, ao longo de toda a extensão deste sistema. De igual forma, pretende também compreender o funcionamento destas atividades tendo em conta as políticas e os documentos de regulação existentes e a sua adequabilidade. Para ambas as atividades, a fim de determinar a produção anual, foram realizadas contagens sistemáticas do número de indivíduos praticantes destas duas atividades e efetuaram-se pesagens aleatórias das capturas efetuadas durante a atividade. Os resultados obtidos indicam que na Ria de Aveiro, a prática de pesca lúdica é fundamentalmente variável em função da utilização dos mesmos espaços por outras atividades. Relativamente ao casulo, os dados obtidos neste estudo demonstram que a elevada exploração deste recurso conduziu a uma franca diminuição da produtividade desta atividade (com o total anual capturado na zona sul estimado em cerca de 8 ton e, na zona norte, 19 ton). Estes valores demonstram a necessidade de debater sobre a importância ecológica e socioeconómica destas atividades nos habitats naturais e a sua reflexão aquando da elaboração das medidas de gestão da Ria de Aveiro.
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