Characterization and evaluation of prognostic factors of feline spontaneous malignant mammary tumors

• Autor(a) principal: Jesus, Joana Rodrigues de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: eng
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/34039
• topic: Felino; Glândula mamária; Prognóstico; Tumores; Feline; Mammary gland; Prognosis; Tumors

Os tumores da glândula mamária são uma das neoplasias mais comuns em felinos. Estão associados a elevadas taxas de malignidade e mau prognóstico, resultando numa morbilidade e mortalidade elevadas. Nesse sentido, a definição de fatores de risco e de prognóstico são essenciais, no sentido de auxiliar a estabelecer um plano terapêutico e a prever a sua evolução. Os objetivos principais deste estudo retrospetivo consistiram em fazer uma caraterização dos casos de lesões mamárias espontâneas em gatas domésticas que se apresentaram à consulta em três centros de atendimento médico veterinário de Portugal entre 2010 e 2020, e avaliar potenciais fatores de prognóstico de tumores mamários malignos espontâneos. Foram recolhidos dados clínicos de 116 gatas que foram apresentadas à consulta devido à presença de massas mamárias. Destas, 95 apresentavam tumores mamários malignos (num total de 114 tumores malignos), três gatas foram diagnosticadas com tumores mamários benignos e 18 tinham alterações mamárias não neoplásicas. Este estudo proporcionou uma caracterização detalhada dos tumores mamários de gatas. Sessenta e sete gatas foram incluídas na análise estatística de acompanhamento dos animais, que envolveu um total de 21 parâmetros. Na análise univariada, 11 fatores analisados mostraram uma correlação negativa estatisticamente significativa com o tempo de sobrevida, incluindo o tamanho do tumor, invasão de linfonodos, metástases distantes, estadio clínico, tipo de cirurgia, margens cirúrgicas, tipo de crescimento do tumor, necrose do tumor, invasão linfovascular, pleomorfismo nuclear e grau histológico. Sete destes fatores tiveram também uma correlação negativa significativa com o tempo livre de doença, nomeadamente o tamanho do tumor, estadio clínico, margens cirúrgicas, tipo de crescimento do tumor, invasão linfovascular, pleomorfismo nuclear e grau histológico. A regressão multivariada de avaliação da influência global dos diferentes fatores sobre o tempo livre de doença apresentou um valor elevado (R2 ajustado de 0,90).