Os bivalves invasores Corbicula fluminea e Dreissena polymorpha em Portugal: contributos da sociedade para uma gestão integrada das pestes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabriel, Rita Garrido
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Ré, Ana, Gonçalves, Fernando, Pereira, Joana Luísa, Costa, Raquel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/38577
Resumo: Atualmente verifica-se uma tendência para a homogeneização massiva do biota em resultado da quebra de muitas das barreiras geográficas que ao longo da história estruturaram a sua distribuição. A crescente e cada vez mais fácil movimentação de bens, pessoas e espécies ao longo de grandes distâncias tem contribuído para o aumento da distribuição geográfica de espécies fora da sua área nativa (espécies exóticas), sendo que algumas delas acabam por se tornar invasoras e causar impactos negativos nas zonas invadidas, quer ao nível ecológico, quer ao nível económico. Este tipo de impactos tornou absolutamente necessária a criação de mecanismos de gestão de invasões biológicas. A gestão eficaz de espécies exóticas invasoras só é possível se a sociedade entender e aceitar as ações necessárias para proteger os recursos naturais. Para tal são cruciais ações de educação, que contribuam para a consciencialização dos cidadãos relativamente às causas e consequências do estabelecimento de espécies exóticas invasoras, bem como para a sua motivação para um papel ativo na prevenção e deteção precoce destas pestes. Neste contexto,este artigo tem como objetivo informar, sensibilizar e contribuirpara a participação pública na gestão de dois bivalves exóticos invasores dulçaquícolas - a já estabelecida em Portugal amêijoa asiática, Corbicula fluminea (Müller, 1774), e o mexilhão zebra, Dreissena polymorpha (Pallas, 1771), que se considera representar elevado risco de invasão no país.No âmbito deste artigo, é ainda fornecido um folheto informativo acerca destas duas espécies,que pode ser usado como apoio na divulgação dos impactos negativos e da importância do contributo da sociedade na gestão das mesmas. É também sugerida uma atividade prática que, de alguma forma, visa o treino na deteção destes bivalves. Esta atividade poderá ser integrada, por exemplo, no âmbito das aulas de Ciências Naturais e Biologia ao nível do 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário ou no âmbito de projetos não-curriculares.
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