Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/2787 |
Resumo: | A Indústria têxtil tem vindo a evoluir e a envolver várias áreas que com ela podem progredir em diversos sentidos, focando o desenvolvimento de materiais têxteis multifuncionais com diversas aplicações. Os têxteis antimicrobianos surgem neste sentido, e a eles alia-se a Microbiologia, a Medicina e a Biotecnologia. Estes tecidos bioativos surgem com o objetivo de incrementar um efeito antibacteriano seguro, duradouro e de largo espectro de ação. Sendo o algodão a fibra natural mais importante no que diz respeito à sua vasta aplicabilidade na área médica, a sua maior contrariedade está ligada à elevada retenção de humidade e consequente promoção do crescimento microbiano. Os agentes antimicrobianos testados até aqui são vários e de diferentes origens, química ou natural. Com a sua vasta e repetitiva utilização, os microrganismos foram criando mecanismos de resistência, o que torna fundamental o desenvolvimento de novos agentes que inibam o seu crescimento. Neste sentido e numa primeira fase, este estudo debruçou-se sobre a aplicação da L-Cisteína sobre o algodão, fibra maioritariamente constituída por celulose. A L-Cisteína foi covalentemente imobilizada no algodão, com funcionalização por esgotamento, recorrendo a diferentes condições processuais. A monitorização da imobilização da L-Cisteína foi efetuada recorrendo a análise SEM-EDS e FTIR-ATR. A sua atividade antimicrobiana foi testada contra Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus, a qual apresentou percentagens de redução iguais a 89% e 83%, respetivamente. O processo revelou-se, assim, eficaz e não apresentou citotoxicidade. Numa segunda fase do estudo, a fibra de algodão foi novamente funcionalizada por esgotamento com um péptido antimicrobiano modificado, o Cys-LC-LL-37. Este péptido foi imobilizado na fibra, previamente ativada por dois métodos distintos (com CDI e com TEMPO). A pertinência da substituição da L-Cisteína pelo péptido deve-se às concentrações necessárias serem muito inferiores às solicitadas pelo aminoácido. Aqui o objetivo não só era testar a eficácia antibacteriana do Cys-LC-LL-37, como verificar qual o melhor método de imobilização do péptido no algodão. As percentagens de redução bacteriana mais elevadas foram obtidas a 71% e 54%, para o radical TEMPO e para o composto orgânico CDI, respetivamente. Os ensaios de citotoxicidade realizados para ambos os agentes antimicrobianos revelaram que nenhum implica perda de viabilidade das células em estudo, nas concentrações usadas. |
id |
RCAP_2cbc2305fed5fb4d45f07b2746c617ed |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2787 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianosTêxteis biofuncionaisTêxteis antimicrobianosA Indústria têxtil tem vindo a evoluir e a envolver várias áreas que com ela podem progredir em diversos sentidos, focando o desenvolvimento de materiais têxteis multifuncionais com diversas aplicações. Os têxteis antimicrobianos surgem neste sentido, e a eles alia-se a Microbiologia, a Medicina e a Biotecnologia. Estes tecidos bioativos surgem com o objetivo de incrementar um efeito antibacteriano seguro, duradouro e de largo espectro de ação. Sendo o algodão a fibra natural mais importante no que diz respeito à sua vasta aplicabilidade na área médica, a sua maior contrariedade está ligada à elevada retenção de humidade e consequente promoção do crescimento microbiano. Os agentes antimicrobianos testados até aqui são vários e de diferentes origens, química ou natural. Com a sua vasta e repetitiva utilização, os microrganismos foram criando mecanismos de resistência, o que torna fundamental o desenvolvimento de novos agentes que inibam o seu crescimento. Neste sentido e numa primeira fase, este estudo debruçou-se sobre a aplicação da L-Cisteína sobre o algodão, fibra maioritariamente constituída por celulose. A L-Cisteína foi covalentemente imobilizada no algodão, com funcionalização por esgotamento, recorrendo a diferentes condições processuais. A monitorização da imobilização da L-Cisteína foi efetuada recorrendo a análise SEM-EDS e FTIR-ATR. A sua atividade antimicrobiana foi testada contra Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus, a qual apresentou percentagens de redução iguais a 89% e 83%, respetivamente. O processo revelou-se, assim, eficaz e não apresentou citotoxicidade. Numa segunda fase do estudo, a fibra de algodão foi novamente funcionalizada por esgotamento com um péptido antimicrobiano modificado, o Cys-LC-LL-37. Este péptido foi imobilizado na fibra, previamente ativada por dois métodos distintos (com CDI e com TEMPO). A pertinência da substituição da L-Cisteína pelo péptido deve-se às concentrações necessárias serem muito inferiores às solicitadas pelo aminoácido. Aqui o objetivo não só era testar a eficácia antibacteriana do Cys-LC-LL-37, como verificar qual o melhor método de imobilização do péptido no algodão. As percentagens de redução bacteriana mais elevadas foram obtidas a 71% e 54%, para o radical TEMPO e para o composto orgânico CDI, respetivamente. Os ensaios de citotoxicidade realizados para ambos os agentes antimicrobianos revelaram que nenhum implica perda de viabilidade das células em estudo, nas concentrações usadas.Gouveia, Isabel Cristina Aguiar de Sousa e SilvauBibliorumVaz, Joana Isabel2014-12-12T22:05:34Z201320132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/2787TID:201008319porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:38:58Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2787Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:24.021886Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianos |
title |
Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianos |
spellingShingle |
Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianos Vaz, Joana Isabel Têxteis biofuncionais Têxteis antimicrobianos |
title_short |
Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianos |
title_full |
Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianos |
title_fullStr |
Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianos |
title_full_unstemmed |
Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianos |
title_sort |
Funcionalização bioativa de fibras celulósicas com aminoácidos e péptidos antimicrobianos |
author |
Vaz, Joana Isabel |
author_facet |
Vaz, Joana Isabel |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Gouveia, Isabel Cristina Aguiar de Sousa e Silva uBibliorum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vaz, Joana Isabel |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Têxteis biofuncionais Têxteis antimicrobianos |
topic |
Têxteis biofuncionais Têxteis antimicrobianos |
description |
A Indústria têxtil tem vindo a evoluir e a envolver várias áreas que com ela podem progredir em diversos sentidos, focando o desenvolvimento de materiais têxteis multifuncionais com diversas aplicações. Os têxteis antimicrobianos surgem neste sentido, e a eles alia-se a Microbiologia, a Medicina e a Biotecnologia. Estes tecidos bioativos surgem com o objetivo de incrementar um efeito antibacteriano seguro, duradouro e de largo espectro de ação. Sendo o algodão a fibra natural mais importante no que diz respeito à sua vasta aplicabilidade na área médica, a sua maior contrariedade está ligada à elevada retenção de humidade e consequente promoção do crescimento microbiano. Os agentes antimicrobianos testados até aqui são vários e de diferentes origens, química ou natural. Com a sua vasta e repetitiva utilização, os microrganismos foram criando mecanismos de resistência, o que torna fundamental o desenvolvimento de novos agentes que inibam o seu crescimento. Neste sentido e numa primeira fase, este estudo debruçou-se sobre a aplicação da L-Cisteína sobre o algodão, fibra maioritariamente constituída por celulose. A L-Cisteína foi covalentemente imobilizada no algodão, com funcionalização por esgotamento, recorrendo a diferentes condições processuais. A monitorização da imobilização da L-Cisteína foi efetuada recorrendo a análise SEM-EDS e FTIR-ATR. A sua atividade antimicrobiana foi testada contra Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus, a qual apresentou percentagens de redução iguais a 89% e 83%, respetivamente. O processo revelou-se, assim, eficaz e não apresentou citotoxicidade. Numa segunda fase do estudo, a fibra de algodão foi novamente funcionalizada por esgotamento com um péptido antimicrobiano modificado, o Cys-LC-LL-37. Este péptido foi imobilizado na fibra, previamente ativada por dois métodos distintos (com CDI e com TEMPO). A pertinência da substituição da L-Cisteína pelo péptido deve-se às concentrações necessárias serem muito inferiores às solicitadas pelo aminoácido. Aqui o objetivo não só era testar a eficácia antibacteriana do Cys-LC-LL-37, como verificar qual o melhor método de imobilização do péptido no algodão. As percentagens de redução bacteriana mais elevadas foram obtidas a 71% e 54%, para o radical TEMPO e para o composto orgânico CDI, respetivamente. Os ensaios de citotoxicidade realizados para ambos os agentes antimicrobianos revelaram que nenhum implica perda de viabilidade das células em estudo, nas concentrações usadas. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013 2013 2013-01-01T00:00:00Z 2014-12-12T22:05:34Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.6/2787 TID:201008319 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.6/2787 |
identifier_str_mv |
TID:201008319 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136341469954048 |