Sociologia e Família: Uma leitura dos discursos sociológicos sobre a família
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1991 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10884/404 |
Resumo: | O discurso sociológico sobre a família apresenta um percurso marcado por contradições e paradoxos que acompanham as profundas transformações da sociedade ocidental do após Revolução Industrial, com interesses e desinteresses pelo seu estudo, conforme as vivências e a representação das crises da família, lidas frequentemente como crises da sociedade. Sendo este o objecto deste artigo, duas advertências prévias se impõem à atenção do leitor. Considera-se aqui que o renovado interesse pela sociologia da família não se deve tanto a uma brusca aquisição de conhecimentos sobre o seu objecto como à percepção de crise, devido às transformações dos comportamentos e das representações sobre a sexualidade, sobre o casal e sobre a família, acompanhadas da emergência do que se poderia designar por novos modelos de casamento e de família. A segunda advertência refere-se mais precisamente à relação entre os discursos sobre a crise da desagregação e do empobrecimento da família, devido à diminuição das funções que exercia. Neste artigo, defende-se a ideia de que, na maioria das vezes, os discursos sobre a família e as angustiantes questões colocadas sobre o seu presente e o seu futuro são constituídas tendo como referência uma família tradicional que talvez nunca tenha existido, senão na nostalgia da cultura ocidental, como recorda William Goode (1970). |
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