D. João IV, 1604-1656

• Autor(a) principal: Costa, Leonor Freire
• Data de Publicação: 2006
• Outros Autores: Cunha, Mafalda Soares da
• Tipo de documento: Livro
• Idioma: eng
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/2206
• topic: Biografia; Restauração; História Política; Casa de Bragança

D. João IV nasceu em Vila Viçosa no dia 18 de Março de 1604. Era filho de D. Teodósio II, 7º duque de Bragança, e da duquesa D. Ana de Velasco. Viu a luz como 2º duque de Barcelos e herdeiro da Casa de Bragança, a maior casa senhorial do reino de Portugal e, por várias vias, parente próxima da Casa Real de Avis. Rompendo-se a união que desde 1580 agregava Portugal à monarquia compósita dos Áustrias, D. João foi jurado rei de Portugal no dia 15 de Dezembro de 1640. A secessão que protagonizou traria a reconstituição de corte régia, a formação de um governo, mas também a guerra e o problemático reconhecimento do reino no contexto internacional. A restauração foi um processo que se fez acompanhar de uma prolixa e disputada publicística que inspirou as mais significativas interpretações do monarca e do seu reinado. Por isso, entre a propaganda mais nacionalista e a condenação mais redutora do duque feito rei estruturaram-se na historiografia as mais desencontradas representações de D. João IV. A observação distanciada dessa polémica traz, porém, à superfície uma personagem que, no decurso das diferentes e conturbadas conjunturas políticas, foi descobrindo os caminhos da sua afirmação pessoal através do desempenho de uma missão que, à partida, lhe seria estranha e de sucesso duvidoso, pois de legitimidade passível de contestação. E, todavia, foi o sucesso dessa missão que permitiu a Portugal consolidar-se como um reino autónomo.