DERRAME PLEURAL NUMA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baptista, Vera
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Moreira, Carla, Pinto, Jorge Correia, Gonçalves, Augusta
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9432
Resumo: Introdução: o derrame pleural é uma complicação da pneu- monia que aumenta a sua morbilidade. Pretendemos descrever as características clínicas, estratégias diagnósticas e terapêutica do derrame pleural parapneumónico numa população pediátrica no hospital de Braga. Método: análise retrospetiva dos internamentos num período de 5 anos (2010-2015). Resultados: foram diagnosticados 50 derrames pleurais, com distribuição de género análoga, idade entre 6 meses e 15 anos e 9 meses (média 6 anos e 4 meses). Existiam fatores de risco em 15: 8 asma/sibilância recorrente, 2 infeções respiratórias recorrentes, 2 cirurgia recente, 2 internamento recente por pneumonia não complicada, 1 varicela recente, 1 paralisia cerebral. Vinte e um tinham imunização anti-pneumocócica completa. Os sintomas iniciais foram: tosse (96%), febre (92%), dificuldade respiratória (50%), toracalgia (40%) e posição antálgica (8%), anorexia (38%), estado geral afetado (30%), abdominalgia (14%) e vómitos (6%), com duração média de 6,2 dias até ao diagnóstico. Foram colhidas 48 hemoculturas, positiva em 2 (Streptococcus pneumoniae); líquido pleural em 11: exame microbiológico negativo e pesquisa de micobactérias em 7, negativa; serologia para Mycoplasma pneumoniae em 23, positiva em 8. Foi realizada ecografia em 49, TC torácico em 9. O derrame era pequeno em 32, médio em 8, e grande/ septado em 10. À admissão, 23 estavam sob antibioticoterapia. A opção terapêutica inicial foi ampicilina isolada (16), associada a claritromicina em 14. A antibioticoterapia endovenosa prolongou-se em média por 7,4 dias e num caso de tuberculose 6 meses. Necessitaram de drenagem torácica 12: 8 com toracoscopia simultânea, 2 tratados com fibrinolíticos. Os drenos foram retira- dos em média ao final de 6,7 dias. 2 doentes necessitaram de suporte ventilatório. Um foi transferido para uma unidade de cuidados intensivos pediátricos. A alta ocorreu em média após 7,9 dias. Não ocorreram óbitos. Conclusões: A ecografia torácica foi o exame que confirmou e avaliou as caraterísticas do derrame. O TC foi pouco usado, reservado para casos complicados ou com necessidade de tratamento cirúrgico. A taxa de identificação do agente foi baixa (4%). A duração do internamento e da drenagem torácica foi inferior à relatada noutros hospitais centrais portugueses.  
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