Extremos da precipitação na Península Ibérica e circulação de larga-escala
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/2185 |
Resumo: | Por todo o planeta se têm registado défices de precipitação intensos que acarretam impactos ambientais e socioeconómicos graves. Para tentar compreender estes défices, foi feito um estudo recorrendo a diversas variáveis atmosféricas que podem, de alguma forma, explicar estas situações. Este trabalho incide sobre a Península Ibérica e foram escolhidas quatro estações meteorológicas em Portugal (Beja, Bragança, Lisboa e Porto) e outras quatro na Costa Mediterrânica Espanhola (Barcelona, Tortosa, Saragoça e Valência). Através destas estações foram obtidos os dados que permitiram realizar este estudo no período de 1961-1998. Verificou-se que a zona Oeste da Península Ibérica é bastante influenciada por factores de larga escala mas, em contraste, a zona Este sofre maior influência orográfica, principalmente no caso de Valência, que mostra resultados bastante contrastantes com as restantes estações. Neste estudo foram considerados os Invernos, as Primaveras e os Outonos mais secos e mais chuvosos e as variáveis tidas em conta foram a taxa de precipitação, a precipitação convectiva, a água precipitável, a temperatura dos solos e da água do mar, as temperaturas máxima e mínima do ar, a pressão ao nível do mar, a altura de geopotencial, as componentes do vento e a vorticidade a diferentes níveis isobáricos. Para a análise estatística, recorreu-se ao teste t-Student, que permite identificar diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de extremos (períodos muito secos e muito chuvosos). Este estudo permitiu verificar que a Oscilação do Atlântico Norte exerce uma influência muito clara na precipitação e, consequentemente, na ocorrência dos défices aqui em estudo. |
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Extremos da precipitação na Península Ibérica e circulação de larga-escalaPor todo o planeta se têm registado défices de precipitação intensos que acarretam impactos ambientais e socioeconómicos graves. Para tentar compreender estes défices, foi feito um estudo recorrendo a diversas variáveis atmosféricas que podem, de alguma forma, explicar estas situações. Este trabalho incide sobre a Península Ibérica e foram escolhidas quatro estações meteorológicas em Portugal (Beja, Bragança, Lisboa e Porto) e outras quatro na Costa Mediterrânica Espanhola (Barcelona, Tortosa, Saragoça e Valência). Através destas estações foram obtidos os dados que permitiram realizar este estudo no período de 1961-1998. Verificou-se que a zona Oeste da Península Ibérica é bastante influenciada por factores de larga escala mas, em contraste, a zona Este sofre maior influência orográfica, principalmente no caso de Valência, que mostra resultados bastante contrastantes com as restantes estações. Neste estudo foram considerados os Invernos, as Primaveras e os Outonos mais secos e mais chuvosos e as variáveis tidas em conta foram a taxa de precipitação, a precipitação convectiva, a água precipitável, a temperatura dos solos e da água do mar, as temperaturas máxima e mínima do ar, a pressão ao nível do mar, a altura de geopotencial, as componentes do vento e a vorticidade a diferentes níveis isobáricos. Para a análise estatística, recorreu-se ao teste t-Student, que permite identificar diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de extremos (períodos muito secos e muito chuvosos). Este estudo permitiu verificar que a Oscilação do Atlântico Norte exerce uma influência muito clara na precipitação e, consequentemente, na ocorrência dos défices aqui em estudo.Several previous studies emphasized the leading role of the large-scale atmospheric flow in the occurrence of long periods with significant precipitation lacks. However, due to the high complexity of the Iberian topography, the sensitivity of the local raingenerating mechanisms to large-scale anomalies is remarkably different from region to region. A principal component analysis of the annual precipitation amounts recorded at a network of meteorological stations over the entire peninsula for the period 1961-1998 corroborates this heterogeneity. With particular significance is the contrast between the western and eastern sectors of the peninsula. In fact, taking into account earlier studies, precipitation in western Iberia is strongly related to large-scale atmospheric patterns over the North Atlantic. On the contrary, precipitation over eastern Iberia is much less associated with these large-scale forcing patterns, but much more linked to local/regional mechanisms. In order to test these hypotheses, eight meteorological stations, four in the western half (Porto, Bragança, Lisboa and Beja) and four in the eastern half (Barcelona, Valencia, Tortosa and Zaragoza) of Iberia are selected taking into account, first, the geographical location, and secondly the quality and homogeneity of the respective time series. A set of extremely wet/dry seasons was then chosen for each weather station separately, taking into account the 90th percentile of the respective empirical distributions. The analysis of the different atmospheric fields (precipitation rates, convective precipitation rate, precipitable water, sea level pressure, geopotential heights, surface temperature, wind components and vorticity at different isobaric levels) is undertaken by using data from the National Centers for Environmental Prediction reanalysis project. In general, our results clearly support the previously stated hypotheses. In fact, there is a clear connection between precipitation deficits in western Iberia and the presence of an anomalously strong anti-cyclonic ridge over the Eastern North Atlantic, which presents a warm-core equivalent barotropic structure. However, in eastern Iberia, the latter dynamical structure is significantly weakened, particularly in Valencia, where the regional topography leads to a strong mitigation of the Atlantic influences and no clear connection between its precipitation extremes and large-scale anomalies is found. In this particular case, local/regional processes are largely dominant in triggering rainfall conditions.2012-11-20T15:20:05Z2009-01-01T00:00:00Z2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2185pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessMendes, Ana Ritareponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T13:00:58Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2185Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:07:15.174638Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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