Qualidade de vida em idosos, não institucionalizados, no distrito de Bragança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Virginia Figueiredo de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/19105
Resumo: As questões relacionadas com a qualidade de vida é uma crescente preocupação. As ciências humanas e biológicas têm vindo a valorizar parâmetros mais amplos do que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou até aumento da esperança de vida (Pereira, Teixeira & Santos, 2012). São escassos os estudos realizados em amostras de idosos inseridos na comunidade. O presente estudo tem como objetivo principal avaliar a qualidade de vida das pessoas idosas (indivíduos com ≥ 65 anos), não institucionalizadas, no distrito de Bragança bem como a sua relação com variáveis sociodemográficas, avaliação sensorial, hábitos de vida e estado de saúde, capacidade funcional nas atividades instrumentais de vida diária e rede social de apoio. Trata-se de um estudo descritivo-analítico e transversal com uma abordagem quantitativa, numa amostra de 581 idosos, com uma amostragem não probabilística, acidental por conveniência. A recolha dos dados decorreu entre Setembro de 2017 e Abril de 2018. Para a recolha dos dados, recorreu-se à aplicação de um formulário sociodemográfico, ao questionário WHOQOL-Bref, para avaliar a qualidade de vida, o Índice Lawton e Brody para avaliar capacidade funcional nas atividades instrumentais de vida diária e a Escala de Recursos Sociais OARS-MFAQ, para avaliar o apoio social. Para predizer a qualidade nos seus diferentes domínios foram utilizados modelos de regressão linear simples e múltipla através do algoritmo stepwise, que filtrou as variáveis com importância. Os resultados obtidos permitem concluir que as maiores médias de QDV da WHOQOL- BREF vão para o domínio psicológico (57) e meio ambiente (56,6), as médias mais baixas vão para o domínio das relações sociais (53,1). O sexo masculino está relacionado com melhor QDV percecionada e estão mais satisfeitos com a sua saúde. Ser mulher e o aumento da idade está relacionado com pior avaliação da QDV nos 4 domínios da WHOQOL-BREF (p <0,001). A amostra estudada apresenta algum nível de independência instrumental (6,6 na escala de Lawton e Brody). A relação entre as alterações visuais e auditivas e WHOQOL BREF só foi confirmada nos domínios físico (p <0,001) e relações sociais (p <0,001). A relação entre estado de saúde e WHOQOL BREF foi confirmada nos 4 domínios da WHOQOL-BREF (p <0,001). Nas relações sociais, da escala OARS, a amostra apresentou um nível 3 que corresponde a relações sociais ligeiramente insatisfatórias, um nível que apesar de intermédio consideramos positivo. Quando analisada a sua relação com a WHOQOL BREF verifica-se que quanto maior o isolamento social maior é a degradação física, psicológica, nas relações sociais e meio ambiente. Viver acompanhado aumenta a QDV percecionada e quando não há alguém disposto a ajudar é penalizador nos 4 domínios da escala WHOQOL BREF (p <0,001). Podemos concluir que as variáveis sociodemográficas, alterações na visão e audição, o estado de saúde (polimedicação, uso de auxiliares de marcha e ocorrência de internamentos anteriores), autonomia instrumental e o nível dos recursos sociais, neste trabalho, são determinantes para a qualidade de vida e o domínio que nos merece maior atenção é o das relações sociais.
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Trata-se de um estudo descritivo-analítico e transversal com uma abordagem quantitativa, numa amostra de 581 idosos, com uma amostragem não probabilística, acidental por conveniência. A recolha dos dados decorreu entre Setembro de 2017 e Abril de 2018. Para a recolha dos dados, recorreu-se à aplicação de um formulário sociodemográfico, ao questionário WHOQOL-Bref, para avaliar a qualidade de vida, o Índice Lawton e Brody para avaliar capacidade funcional nas atividades instrumentais de vida diária e a Escala de Recursos Sociais OARS-MFAQ, para avaliar o apoio social. Para predizer a qualidade nos seus diferentes domínios foram utilizados modelos de regressão linear simples e múltipla através do algoritmo stepwise, que filtrou as variáveis com importância. Os resultados obtidos permitem concluir que as maiores médias de QDV da WHOQOL- BREF vão para o domínio psicológico (57) e meio ambiente (56,6), as médias mais baixas vão para o domínio das relações sociais (53,1). O sexo masculino está relacionado com melhor QDV percecionada e estão mais satisfeitos com a sua saúde. Ser mulher e o aumento da idade está relacionado com pior avaliação da QDV nos 4 domínios da WHOQOL-BREF (p <0,001). A amostra estudada apresenta algum nível de independência instrumental (6,6 na escala de Lawton e Brody). A relação entre as alterações visuais e auditivas e WHOQOL BREF só foi confirmada nos domínios físico (p <0,001) e relações sociais (p <0,001). A relação entre estado de saúde e WHOQOL BREF foi confirmada nos 4 domínios da WHOQOL-BREF (p <0,001). Nas relações sociais, da escala OARS, a amostra apresentou um nível 3 que corresponde a relações sociais ligeiramente insatisfatórias, um nível que apesar de intermédio consideramos positivo. Quando analisada a sua relação com a WHOQOL BREF verifica-se que quanto maior o isolamento social maior é a degradação física, psicológica, nas relações sociais e meio ambiente. Viver acompanhado aumenta a QDV percecionada e quando não há alguém disposto a ajudar é penalizador nos 4 domínios da escala WHOQOL BREF (p <0,001). Podemos concluir que as variáveis sociodemográficas, alterações na visão e audição, o estado de saúde (polimedicação, uso de auxiliares de marcha e ocorrência de internamentos anteriores), autonomia instrumental e o nível dos recursos sociais, neste trabalho, são determinantes para a qualidade de vida e o domínio que nos merece maior atenção é o das relações sociais.Issues related to quality of life are a growing concern. The human and biological sciences have come to value parameters broader than the control of symptoms, the reduction of mortality or even increase of life expectancy (Pereira, Teixeira, & Santos, 2012). There are few studies carried out on representative samples of elderly people in the community. The present study has as main objective to evaluate the quality of life of the elderly people (individuals with ≥ 65 years), non-institutionalized, in the Bragança district as well as its relationship with sociodemographic variables, sensorial evaluation, life habits and state of health, functional capacity in instrumental activities of daily living and social support network. This is a descriptive-analytical and cross-sectional study with a quantitative approach in a sample of 581 elderly people. With a non-probabilistic, accidental sampling for convenience. Data collection took place between September 2017 and April 2018. To collect data, a sociodemographic form was applied to the WHOQOL-Bref questionnaire to assess quality of life, the Lawton and Brody Index to assess functional capacity in instrumental activities of daily living and the Social Resources Scale OARS-MFAQ, to assess social support. To predict the quality in its different domains, simple and multiple linear regression models were used through the stepwise algorithm, which filtered the variables with importance. The results obtained allow us to conclude that the highest WHOQOL-BREF QOL values go to the psychological domain (57) and the environment (56.6), the lowest means go to the domain of social relations (53,1). Males are related to better perceived QOL and are more satisfied with their health. Being a woman and increasing age is related to poorer QOL assessment in the 4 WHOQOL-BREF domains (p <0.001). The sample studied shows some level of instrumental independence (6.6 on the Lawton and Brody scale). In the social relations, of the OARS scale, the sample presented a level 3 that corresponds to slightly unsatisfactory social relations, a level that although intermediate we consider positive. When analyzed in relation to the WHOQOL BREF, it is verified that how bigger is the social isolation, more big is the physical and psychological degradation in social relations and the environment. Living together increases the perceived QOL and when there is no one willing to help is a penalty in the 4 domains of the WHOQOL BREF scale (p <0.001). We can conclude that the sociodemographic variables, alterations in vision and hearing, health status (polymedication, use of walking aids and occurrence of previous hospitalizations), instrumental autonomy and the level of social resources in this study are determinant for quality of life and the domain that deserves more attention from us is the social relations.Fernandes, AdíliaPimentel, Maria HelenaBiblioteca Digital do IPBSousa, Virginia Figueiredo de2019-03-07T16:47:20Z201820172018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/19105TID:202185940porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:43:37Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/19105Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:09:26.472628Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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