O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Mário Boto
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Garcia-Marques, Leonel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.14417/ap.16
Resumo: Segundo Tversky e Kahneman (1974), a actividade inferencial humana baseia-se em grande medida em heurísticas (regras simplificadas de tomada de decisão) que divergem dos princípios estatísticos apropriados ao julgamento na incerteza. No entanto, Nisbett,Krantz, Jepson e Kunda (1983), defenderam que paralelamente às heurísticas não-estatísticas, as pessoas também possuem heurísticas estatísticas (i.e. representações intuitivas e abstractas de certos princípios estatísticos). Fong e Nisbett (1991), sugerem que o uso das heurísticas estatísticas está dependente de regras de codificação (associadas a domínios de conteúdo específicos). Aqui considera-se que o essencial das regrasde codificação é a facilitação do reconhecimento do componente de acaso subjacente aos problemas indutivos. Assim, condições experimentais que facilitem o reconhecimento deste componente aleatório deverãoresultar numa melhoria do desempenho estatístico. Para testar esta hipótese, foram usadas duas manipulações de facilitação do reconhecimento do acaso. Os participantes responderam a um conjunto de problemas indutivos sobre diversos domínios (Desporto, Fidelidade conjugal, Escola, e Saúde), envolvendo vários princípios estatísticos (Lei dos Grandes Números, Regressão à Média, Base-Rates, e Diagnosticidade) antes e após as manipulações (imediatamente ou duas semanas depois). Os resultados revelam uma melhoriano desempenho estatístico para os domínios Fidelidadee Escola, e para os princípios regressão à média ediagnosticidade.
id RCAP_2e614a89e514e29b39156468c2500d5f
oai_identifier_str oai:ojs.localhost:article/16
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivoindução;julgamento na incerteza;heurísticasSegundo Tversky e Kahneman (1974), a actividade inferencial humana baseia-se em grande medida em heurísticas (regras simplificadas de tomada de decisão) que divergem dos princípios estatísticos apropriados ao julgamento na incerteza. No entanto, Nisbett,Krantz, Jepson e Kunda (1983), defenderam que paralelamente às heurísticas não-estatísticas, as pessoas também possuem heurísticas estatísticas (i.e. representações intuitivas e abstractas de certos princípios estatísticos). Fong e Nisbett (1991), sugerem que o uso das heurísticas estatísticas está dependente de regras de codificação (associadas a domínios de conteúdo específicos). Aqui considera-se que o essencial das regrasde codificação é a facilitação do reconhecimento do componente de acaso subjacente aos problemas indutivos. Assim, condições experimentais que facilitem o reconhecimento deste componente aleatório deverãoresultar numa melhoria do desempenho estatístico. Para testar esta hipótese, foram usadas duas manipulações de facilitação do reconhecimento do acaso. Os participantes responderam a um conjunto de problemas indutivos sobre diversos domínios (Desporto, Fidelidade conjugal, Escola, e Saúde), envolvendo vários princípios estatísticos (Lei dos Grandes Números, Regressão à Média, Base-Rates, e Diagnosticidade) antes e após as manipulações (imediatamente ou duas semanas depois). Os resultados revelam uma melhoriano desempenho estatístico para os domínios Fidelidadee Escola, e para os princípios regressão à média ediagnosticidade.ISPA - Instituto Universitário2012-11-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.14417/ap.16https://doi.org/10.14417/ap.16Análise Psicológica; Vol 21, No 3 (2003); 353-373Análise Psicológica; Vol 21, No 3 (2003); 353-3731646-60200870-8231reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://publicacoes.ispa.pt/index.php/ap/article/view/16http://publicacoes.ispa.pt/index.php/ap/article/view/16/pdfFerreira, Mário BotoGarcia-Marques, Leonelinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-05-11T10:22:53Zoai:ojs.localhost:article/16Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:51:53.446087Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo
title O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo
spellingShingle O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo
Ferreira, Mário Boto
indução;julgamento na incerteza;heurísticas
title_short O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo
title_full O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo
title_fullStr O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo
title_full_unstemmed O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo
title_sort O papel do reconhecimento do acaso no raciocínio indutivo
author Ferreira, Mário Boto
author_facet Ferreira, Mário Boto
Garcia-Marques, Leonel
author_role author
author2 Garcia-Marques, Leonel
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira, Mário Boto
Garcia-Marques, Leonel
dc.subject.por.fl_str_mv indução;julgamento na incerteza;heurísticas
topic indução;julgamento na incerteza;heurísticas
description Segundo Tversky e Kahneman (1974), a actividade inferencial humana baseia-se em grande medida em heurísticas (regras simplificadas de tomada de decisão) que divergem dos princípios estatísticos apropriados ao julgamento na incerteza. No entanto, Nisbett,Krantz, Jepson e Kunda (1983), defenderam que paralelamente às heurísticas não-estatísticas, as pessoas também possuem heurísticas estatísticas (i.e. representações intuitivas e abstractas de certos princípios estatísticos). Fong e Nisbett (1991), sugerem que o uso das heurísticas estatísticas está dependente de regras de codificação (associadas a domínios de conteúdo específicos). Aqui considera-se que o essencial das regrasde codificação é a facilitação do reconhecimento do componente de acaso subjacente aos problemas indutivos. Assim, condições experimentais que facilitem o reconhecimento deste componente aleatório deverãoresultar numa melhoria do desempenho estatístico. Para testar esta hipótese, foram usadas duas manipulações de facilitação do reconhecimento do acaso. Os participantes responderam a um conjunto de problemas indutivos sobre diversos domínios (Desporto, Fidelidade conjugal, Escola, e Saúde), envolvendo vários princípios estatísticos (Lei dos Grandes Números, Regressão à Média, Base-Rates, e Diagnosticidade) antes e após as manipulações (imediatamente ou duas semanas depois). Os resultados revelam uma melhoriano desempenho estatístico para os domínios Fidelidadee Escola, e para os princípios regressão à média ediagnosticidade.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-11-16
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.14417/ap.16
https://doi.org/10.14417/ap.16
url https://doi.org/10.14417/ap.16
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://publicacoes.ispa.pt/index.php/ap/article/view/16
http://publicacoes.ispa.pt/index.php/ap/article/view/16/pdf
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv ISPA - Instituto Universitário
publisher.none.fl_str_mv ISPA - Instituto Universitário
dc.source.none.fl_str_mv Análise Psicológica; Vol 21, No 3 (2003); 353-373
Análise Psicológica; Vol 21, No 3 (2003); 353-373
1646-6020
0870-8231
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131596158140416