Estudos de molhabilidade de metais no carboneto de tungsténio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/12266 |
Resumo: | A constante procura por ligantes alternativos ao comumente utilizado na indústria de metal duro, i.e. cobalto, com caraterísticas melhoradas em termos de resistência à corrosão/oxidação, menor toxicidade e menor custo é atualmente uma das vertentes de investigação nesta área. Para o efeito, é muito importante o conhecimento prévio do comportamento da molhabilidade de metais ou ligas metálicas selecionados na superfície do carboneto de tungsténio (WC) pois não se encontraram na bibliografia resultados referentes a estudos de molhabilidade a altas temperaturas do WC. É conhecida a dificuldade em obter-se substratos densos de WC sem ligante e, para controlar essa dificuldade, utilizaram-se três tipos de substratos com a seguinte estratégia: (i) iniciou-se o estudo com substratos de WC+3.5% de cobalto (Co), disponíveis no mercado; (ii) revestiram-se esses substratos de WC+3.5%Co com um filme fino de WC, por pulverização catódica, e foram usados na expetativa de criar uma interface de WC relativamente estável durante os ensaios e (iii) numa fase final do trabalho conseguiu obter-se um substrato de WC por prensagem a quente, com ~100% de densidade relativa, que foi usado em alguns ensaios. Para a realização dos ensaios de molhabilidade o material a ensaiar (ligante metálico) é colocado sobre o substrato e é aquecido até temperaturas na ordem da temperatura de fusão do material (método da gota séssil). É feito um patamar a uma temperatura em que se observa a fusão completa do material. O material fundido forma uma gota sobre a superfície do substrato sendo a evolução do ângulo de contato registada. Os ligantes ensaiados sob a forma de chapa metálica foram os seguintes; cobre, aço inoxidável AISI 316, ferro, níquel e cobalto. Dos materiais metálicos ensaiados o que demonstrou ter menor capacidade para molhar a superfície do WC foi o cobre com valores de ângulos de contato entre 6 e 25°, dependendo do tipo de substrato. Em contrapartida o aço, o cobalto, o ferro e o níquel apresentaram boa molhabilidade no WC, com destaque para o fato do aço inoxidável apresentar ângulos de contato de ~0°, comparáveis aos obtidos com cobalto. Estas constatações foram verificadas nos três substratos, contudo a presença de cobalto no substrato diminui o ângulo de contato em alguns casos e noutros acelera o espalhamento do material metálico no WC. Além disso, à exceção do cobre, do cobalto e do níquel, todos os ligantes ensaiados apresentaram molhabilidade reativa, com a formação de M6C e/ou M4C. |
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Estudos de molhabilidade de metais no carboneto de tungsténioEngenharia de materiaisCarboneto de tungsténio - MolhabilidadeLigas metálicasÂngulo de contactoA constante procura por ligantes alternativos ao comumente utilizado na indústria de metal duro, i.e. cobalto, com caraterísticas melhoradas em termos de resistência à corrosão/oxidação, menor toxicidade e menor custo é atualmente uma das vertentes de investigação nesta área. Para o efeito, é muito importante o conhecimento prévio do comportamento da molhabilidade de metais ou ligas metálicas selecionados na superfície do carboneto de tungsténio (WC) pois não se encontraram na bibliografia resultados referentes a estudos de molhabilidade a altas temperaturas do WC. É conhecida a dificuldade em obter-se substratos densos de WC sem ligante e, para controlar essa dificuldade, utilizaram-se três tipos de substratos com a seguinte estratégia: (i) iniciou-se o estudo com substratos de WC+3.5% de cobalto (Co), disponíveis no mercado; (ii) revestiram-se esses substratos de WC+3.5%Co com um filme fino de WC, por pulverização catódica, e foram usados na expetativa de criar uma interface de WC relativamente estável durante os ensaios e (iii) numa fase final do trabalho conseguiu obter-se um substrato de WC por prensagem a quente, com ~100% de densidade relativa, que foi usado em alguns ensaios. Para a realização dos ensaios de molhabilidade o material a ensaiar (ligante metálico) é colocado sobre o substrato e é aquecido até temperaturas na ordem da temperatura de fusão do material (método da gota séssil). É feito um patamar a uma temperatura em que se observa a fusão completa do material. O material fundido forma uma gota sobre a superfície do substrato sendo a evolução do ângulo de contato registada. Os ligantes ensaiados sob a forma de chapa metálica foram os seguintes; cobre, aço inoxidável AISI 316, ferro, níquel e cobalto. Dos materiais metálicos ensaiados o que demonstrou ter menor capacidade para molhar a superfície do WC foi o cobre com valores de ângulos de contato entre 6 e 25°, dependendo do tipo de substrato. Em contrapartida o aço, o cobalto, o ferro e o níquel apresentaram boa molhabilidade no WC, com destaque para o fato do aço inoxidável apresentar ângulos de contato de ~0°, comparáveis aos obtidos com cobalto. Estas constatações foram verificadas nos três substratos, contudo a presença de cobalto no substrato diminui o ângulo de contato em alguns casos e noutros acelera o espalhamento do material metálico no WC. Além disso, à exceção do cobre, do cobalto e do níquel, todos os ligantes ensaiados apresentaram molhabilidade reativa, com a formação de M6C e/ou M4C.The constant search for alternative binders to commonly used in hard metal industry, i.e. cobalt, with improved features in terms of resistance to corrosion/oxidation, lower toxicity and lower cost is currently one of the strands of research in this area. For this, it is very important the prior knowledge of the behavior of the wettability of selected metals or metal alloys selected on the surface of the tungsten carbide (WC) because it is not found in the bibliography results relating to studies of wettability to high temperatures WC. It is known the difficulty in obtaining dense substrates-WC without binders and, to control this difficulty, it was used three types of substrates with the following strategy: (i) began the study with substrates of WC + 3.5% cobalt (Co), available on the market; (ii) coated these substrates of WC + 3.5% Co with a thin film of WC, by sputtering that were used with the expectation of creating a relatively stable WC interface during the tests and (iii) in a final phase of the work it was possible to obtain a WC substrate by hot-pressing, with ~ 100% of relative density, which was used in some tests. For the wettability tests the material (metallic binder) is placed on the substrate and is heated to temperatures in the order of the melting temperature of the material (sessile drop method). The temperature is keep constant until the melting of the material. The molten material forms a bubble on the surface of the substrate and the evolution of the contact angle recorded. The binders tested in the form of sheet metal were; copper, stainless steel AISI 316, iron, nickel and cobalt. From the metallic materials the one that shown less ability to wet the surface of the WC was the copper with contact angles values between 6 and 25°, depending on the type of substrate. By contrast steel, cobalt, iron and nickel have good wettability in the WC, with emphasis on the fact that stainless steel present contact angles of ~0°, comparable to those obtained with cobalt. Thesefindings were observed in the three substrates, however the presence of cobalt in the substrate decreases the contact angle in some cases and other metallic material spreading accelerates in the WC. In addition, with the exception of copper, cobalt and nickel, all the binders tested showed wettability reactive, with the formation of M6C and/or M4C.Universidade de Aveiro2018-07-20T14:00:44Z2014-01-29T00:00:00Z2014-01-292016-01-23T15:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/12266TID:201596938porSilva, Vera Liliana Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:22:18Zoai:ria.ua.pt:10773/12266Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:48:29.966194Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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