Melhoria contínua do processo produtivo via redução de não-conformidade externas e internas

• Autor(a) principal: Leite, André Filipe Teixeira da Silva Peres
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/16559
• topic: Embalagens flexíveis; Não-conformidades; Melhoria contínua; Flexible packaging; Nonconformities; Continual improvement

A dissertação foi realizada em ambiente industrial, na Monteiro, Ribas – Embalagens Flexíveis, S.A.. Esta empresa dedica-se à impressão e laminagem de filmes, assim como à confeção de sacos. Os seus produtos são direcionados na sua maioria para a indústria alimentar, exportando mais de 50% da sua produção, e dizem respeito a complexos (dois ou mais filmes unidos pela presença de um adesivo) que podem possuir impressão ou não. Estes complexos podem ser enviados para o cliente em bobina ou já em saco. A redução do número de não-conformidades internas e externas, através da melhoria contínua do processo produtivo, constituiu o principal objetivo proposto pela empresa. Isto é, através da análise do histórico de não-conformidades da empresa compreender onde estas se originam e, desta forma, perceber onde implementar medidas para a redução das não-conformidades. Relativamente aos resultados obtidos, nas não-conformidades externas de 2019, os setores mais afetados são o corte (28,4%) e a impressão (27,8%). As causas mais frequentes foram o excesso de produção no setor de impressão (25,7%), a delaminagem (24,4%) e falhas de cola (17,8%) no setor de complexagem; a telescopia (62,6%) no setor de corte e as fugas (21,8%) e sacos pouco resistentes (26,9%) no setor de saqueiras. Nas não-conformidades externas de 2020, os setores mais afetados são, também, o corte (32,80%) e a impressão (22,85%). Várias das causas mais frequentes identificadas em 2020 são comuns às identificadas em 2019: o excesso de produção no setor de impressão (23,5%), a delaminagem no setor de complexagem (47,4%), a telescopia no setor de corte (57,3%) e, no setor de saqueiras, o fundo fechado (20,0%) e as fugas (13,3%). Finalmente, a nível das não-conformidades internas, os setores mais afetados são a complexagem (50,53%) e a impressão (40,96%). As causas mais frequentes foram os desacertos de impressão no setor de impressão (17,40%) e as falhas de cola (31,70%) e presença de bolhas (25,70%) no setor de complexagem. Visto que se procura focar nos setores com uma maior ocorrência de não-conformidades internas, no setor de corte e saqueiras não se justifica a análise das causas mais frequentes dada a baixa incidência de problemas detetados nestes setores. O mês com maior percentagem de não-conformidades internas foi março com 15,79% (valores analisados referentes à produção entre 2016 e 2020). A nível das nãoconformidades externas, o mês mais afetado foi novembro com 13,03% (dados analisados referentes a todas as não-conformidades externas registadas em 2019 e 2020). Com base na informação analisada não se detetou para as equipas ou máquinas a ocorrência sistemática de maior número de não-conformidades nos vários períodos em análise.