Adequação Nutricional em Crianças Subnutridas dos 6 aos 59 Meses, em Cantagalo (São Tomé E Príncipe)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pisco,Ana
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Poínhos,Rui, Catarino,Elisabete
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-59852015000400002
Resumo: Introdução: A subnutrição em crianças é considerada um problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento, reconhecendo-se a sua relação com uma ingestão inadequada. A escassez de dados relativos a São Tomé e Príncipe nesta temática torna premente a avaliação da adequação nutricional destas crianças e a realização de estudos semelhantes. Objetivos: Conhecer as diferenças entre o aporte energético e de macronutrientes e as recomendações nutricionais em crianças subnutridas dos 6 aos 59 meses, no distrito de Cantagalo, em São Tomé e Príncipe. Estudar a relação entre a adequação da ingestão e o tipo e grau de subnutrição, idade, amamentação e dificuldade de acesso a comida suficiente reportada pelo cuidador da criança. Metodologia: Neste estudo descritivo inquiriram-se cuidadores de 118 crianças entre os 6 e os 59 meses. Foram recolhidos dados antropométricos e sociodemográficos e foi feito um inquérito às 24 horas anteriores para avaliar o aporte energético e de macronutrientes. Determinou-se a adequação nutricional pela comparação com as Dietary Reference Intake (crianças não amamentadas) e com as recomendações definidas por Dewey e Brown (para as amamentadas). Resultados: Da amostra de crianças subnutridas, 72,9%, 59,3% e 74,6% apresentou aportes inferiores às recomendações em termos de energia, hidratos de carbono e lípidos, respetivamente. Apenas 14,4% apresentou aporte proteico inferior ao de referência. As crianças mais velhas e as não amamentadas tenderam a apresentar-se mais afastadas das recomendações. As crianças com subnutrição crónica moderada, comparativamente às que tinham subnutrição crónica severa, apresentaram maior prevalência de aporte energético inferior às recomendações, mas não se verificaram diferenças relativamente aos macronutrientes. Conclusões: A maioria das crianças subnutridas avaliadas não atinge as recomendações energéticas e de macronutrientes, à exceção das proteínas. Esta situação é mais grave em crianças mais velhas e crianças não amamentadas.
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