A síncope no idoso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Teresa Rei
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/31553
Resumo: A síncope é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade no idoso, com enorme impacto socioeconómico subjacente. É responsável por 3% das admissões no serviço de urgência e constitui 1% das causas de internamentos. A prevalência de síncope na população idosa institucionalizada é de 23%, com incidência anual de 7% e uma taxa de recorrência a dois anos de 30%. A anamnese consiste numa ferramenta essencial para o diagnóstico de síncope, estando, por vezes, dificultada em doentes com idade avançada. O diagnóstico pode ser complexo devido a apresentações atípicas, amnésia retrógrada do episódio e ocorrência concomitante de queda. Para a identificação correcta da sua etiologia na população idosa, a abordagem deve iniciar-se com o conhecimento das modificações fisiológicas inerentes ao envelhecimento, que tornam esta população mais susceptível à síncope. Para a avaliação inicial, é essencial a medição da pressão arterial em decúbito e posição ortostática e ECG de 12 derivações. Um diagnóstico definitivo após avaliação inicial é obtido numa menor percentagem de doentes na população idosa. Exames complementares de diagnóstico como o teste de inclinação (tilt test), que são bem tolerados nos doentes idosos, assim como avanços tecnológicos através de dispositivos de monitorização cardíaca permiram um aumento das taxas de diagnósticos de síncope. O tratamento da síncope no idoso é um desafio devido aos numerosos problemas de saúde consequentes ao envelhecimento. Tem como objectivo reduzir a mortalidade e o número de recorrências. Quando possível, o tratamento deve ser dirigido à correcção da causa subjacente, podendo variar desde simples medidas conservadoras até pacing cardíaco permanente. Neste artigo pretende-se descrever os principais mecanismos etiológicos e os aspectos fisiopatológicos e clínicos subjacentes à síncope na população idosa; avaliar a existência de uma maior predisposição à síncope nesta população decorrente de alterações próprias do envelhecimento e, por fim, mencionar as medidas terapêuticas adequadas.
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