A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Esteves, Ana Luísa Morais
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6173
Resumo: Introdução: A síndrome de burnout, reconhecida como identidade diagnóstica pela Organização Mundial de Saúde, é definida por Maslach segundo três dimensões chave: exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal. Enquanto as duas primeiras se correlacionam positivamente com a síndrome, a última tem uma relação inversa. A busca pela completa compreensão da síndrome de burnout adensa-se à medida que são encontrados efeitos negativos crescentes na saúde não só psicológica mas também biológica. A forte associação entre a síndrome e profissões com necessidade de contactos interpessoais põe em especial risco os profissionais de saúde. Este estudo visa, assim, avaliar os níveis de burnout nos enfermeiros e médicos dos centros de saúde da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, procurando relacioná-los com características sociodemográficos e com padrões de estilos de vida. Materiais e Métodos: É um estudo observacional tipo transversal, descritivo e correlacional. O questionário aplicado, composto por três partes: caracterização sociodemográfica, inventário de burnout e hábitos e estilos de vida, foi disponibilizado aos profissionais de saúde dos Agrupamentos de Centros de Saúde da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco durante os meses de Março e Abril. Na análise dos resultados investigaram-se as relações entre as variáveis sociodemográficas e de padrões de consumo e os respetivos níveis de burnout. Para efetuar o tratamento estatístico dos dados recorreu-se ao programa Statistical Package for Social Sciences®, versão 23 para Windows®. Resultados: Responderam ao questionário 96 profissionais, dos quais 79 (82,3%) eram do género feminino e 17 (17,7%) do género masculino. A idade média dos profissionais foi de 45,5±9,5 anos sendo que 65 (67,7%) eram enfermeiros e 31 (32,3%) médicos. O valor médio de burnout encontrado foi de 20,4±11,4 para a exaustão emocional, 4,2±4,6 para a despersonalização e 37,9±7,1 para a realização pessoal, correspondendo a níveis médios de exaustão emocional e realização pessoal e níveis baixos de despersonalização. Relativamente às variáveis da caracterização sociodemográfica, foram encontradas associações entre a despersonalização e os desejos de mudar de profissão, mudar de local de trabalho e o Agrupamento de Centros de Saúde em que exerciam funções e ainda entre a exaustão emocional e o facto de ter pensado em mudar de profissão. No burnout, observou-se a existência de associação entre as suas três dimensões chave. Verificou-se a existência de associação entre o momento do dia em que se bebia vinho e exaustão emocional e despersonalização. A altura do dia escolhida para ingerir cerveja apresenta tendência de associação com a despersonalização e a hora escolhida para consumir bebidas brancas associou-se à exaustão emocional. O instante do dia escolhido para beber café evidenciou tendência de associação com a despersonalização. As horas de sono variam de acordo com o nível de realização pessoal. Conclusão: Os participantes do estudo apresentam níveis de burnout baixos, associados a níveis maioritariamente baixos de exaustão emocional e despersonalização e altos de realização pessoal. Os níveis de exaustão emocional dos profissionais relacionaram-se principalmente com ter desejado mudar de centro de saúde no último mês e se bebem ou não vinho, durante ou fora das refeições. Os níveis de despersonalização relacionaram-se com ter desejado mudar de profissão, ter pensado em mudar de centro de saúde e também com se e quando bebem vinho. Adicionalmente, tal como esperado, encontrou-se associação entre as três dimensões de burnout. De salientar que a nossa amostra apresenta um tempo médio de profissão de 21,64±9,73 anos e um tempo médio de funções no centro de saúde de 18,08±9,86 anos. A maioria trabalha 40 horas semanais e cerca de um terço dos profissionais revela ter desejado mudar de profissão ou local de trabalho no último mês. Embora no geral os resultados não sejam alarmantes, são ainda assim preocupantes dada a natureza insidiosa da síndrome, pois dificulta a sua identificação quer pelo próprio quer pelos pares. Urge que as instituições de saúde tomem medidas de prevenção e proteção dos seus profissionais e que, enquanto sociedade e profissionais de saúde, saibamos reconhecer e tratar os indivíduos que da síndrome sofrem. Apenas assim poderemos garantir o bem-estar do sujeito naquele que é o ambiente onde passa grande parte do seu tempo. Exige-se cuidar de quem cuida.
id RCAP_311b0059fbf1cca24e324bfefd0ad85a
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6173
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo BrancoPrevalência e Efeitos AssociadosBurnoutEnfermeirosEstilos de VidaMaslach Burnout InventoryMédicosDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: A síndrome de burnout, reconhecida como identidade diagnóstica pela Organização Mundial de Saúde, é definida por Maslach segundo três dimensões chave: exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal. Enquanto as duas primeiras se correlacionam positivamente com a síndrome, a última tem uma relação inversa. A busca pela completa compreensão da síndrome de burnout adensa-se à medida que são encontrados efeitos negativos crescentes na saúde não só psicológica mas também biológica. A forte associação entre a síndrome e profissões com necessidade de contactos interpessoais põe em especial risco os profissionais de saúde. Este estudo visa, assim, avaliar os níveis de burnout nos enfermeiros e médicos dos centros de saúde da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, procurando relacioná-los com características sociodemográficos e com padrões de estilos de vida. Materiais e Métodos: É um estudo observacional tipo transversal, descritivo e correlacional. O questionário aplicado, composto por três partes: caracterização sociodemográfica, inventário de burnout e hábitos e estilos de vida, foi disponibilizado aos profissionais de saúde dos Agrupamentos de Centros de Saúde da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco durante os meses de Março e Abril. Na análise dos resultados investigaram-se as relações entre as variáveis sociodemográficas e de padrões de consumo e os respetivos níveis de burnout. Para efetuar o tratamento estatístico dos dados recorreu-se ao programa Statistical Package for Social Sciences®, versão 23 para Windows®. Resultados: Responderam ao questionário 96 profissionais, dos quais 79 (82,3%) eram do género feminino e 17 (17,7%) do género masculino. A idade média dos profissionais foi de 45,5±9,5 anos sendo que 65 (67,7%) eram enfermeiros e 31 (32,3%) médicos. O valor médio de burnout encontrado foi de 20,4±11,4 para a exaustão emocional, 4,2±4,6 para a despersonalização e 37,9±7,1 para a realização pessoal, correspondendo a níveis médios de exaustão emocional e realização pessoal e níveis baixos de despersonalização. Relativamente às variáveis da caracterização sociodemográfica, foram encontradas associações entre a despersonalização e os desejos de mudar de profissão, mudar de local de trabalho e o Agrupamento de Centros de Saúde em que exerciam funções e ainda entre a exaustão emocional e o facto de ter pensado em mudar de profissão. No burnout, observou-se a existência de associação entre as suas três dimensões chave. Verificou-se a existência de associação entre o momento do dia em que se bebia vinho e exaustão emocional e despersonalização. A altura do dia escolhida para ingerir cerveja apresenta tendência de associação com a despersonalização e a hora escolhida para consumir bebidas brancas associou-se à exaustão emocional. O instante do dia escolhido para beber café evidenciou tendência de associação com a despersonalização. As horas de sono variam de acordo com o nível de realização pessoal. Conclusão: Os participantes do estudo apresentam níveis de burnout baixos, associados a níveis maioritariamente baixos de exaustão emocional e despersonalização e altos de realização pessoal. Os níveis de exaustão emocional dos profissionais relacionaram-se principalmente com ter desejado mudar de centro de saúde no último mês e se bebem ou não vinho, durante ou fora das refeições. Os níveis de despersonalização relacionaram-se com ter desejado mudar de profissão, ter pensado em mudar de centro de saúde e também com se e quando bebem vinho. Adicionalmente, tal como esperado, encontrou-se associação entre as três dimensões de burnout. De salientar que a nossa amostra apresenta um tempo médio de profissão de 21,64±9,73 anos e um tempo médio de funções no centro de saúde de 18,08±9,86 anos. A maioria trabalha 40 horas semanais e cerca de um terço dos profissionais revela ter desejado mudar de profissão ou local de trabalho no último mês. Embora no geral os resultados não sejam alarmantes, são ainda assim preocupantes dada a natureza insidiosa da síndrome, pois dificulta a sua identificação quer pelo próprio quer pelos pares. Urge que as instituições de saúde tomem medidas de prevenção e proteção dos seus profissionais e que, enquanto sociedade e profissionais de saúde, saibamos reconhecer e tratar os indivíduos que da síndrome sofrem. Apenas assim poderemos garantir o bem-estar do sujeito naquele que é o ambiente onde passa grande parte do seu tempo. Exige-se cuidar de quem cuida.Introduction: The burnout syndrome, recognized as a diagnostic entity by the World Health Organization, is defined by Maslach in three key dimensions: emotional exhaustion, depersonalization and personal accomplishment. While the first two are positively correlated with the syndrome, the latter has an inverse relationship. The search for full understanding of burnout syndrome thickens up as increasing negative effects are found in health not only psychological but biological. The strong association between the syndrome and professions requiring people contacts poses a special risk for health professionals. This study aims to assess the levels of burnout in nurses and doctors in health centers of the Local Health Unit of Castelo Branco, trying to associate them with sociodemographic determinants and lifestyle patterns. Materials and Methods: It is an observational, descriptive and correlational cross-sectional study. The questionnnaire, composed of three parts: sociodemographic characteristics, burnout inventory and habits and lifestyles, was made available to health professionals in health centers of the Local Health Unit of Castelo Branco during the months of March and April. In the analysis of the results, the relationship between sociodemographic variables and consumption patterns and the respective levels of burnout was investigated. For processing the data, Statistical Package for Social Sciences® was used, version 23 for Windows®. Results: The questionnaire was answered by 96 professionals, of which 79 (82,3%) were female and 17 (17,7%) male. The average age of professionals was 45,5±9,5 years and 65 (67,7%) were nurses and 31 (32,3%) physicians. The average value of burnout was 20,4±11,4 for emotional exhaustion, 4,2±4,6 for depersonalization and 37,9±7,1 for personal accomplishment, corresponding to average levels of emotional exhaustion and low levels of personal accomplishment and depersonalization. For the sociodemographic variables, associations were found between depersonalization and the desire to change profession or to change workplace and the health centers groups in which the professionals worked and also between emotional exhaustion and the fact that they thought of change profession. In burnout, there was a possible association between its three key dimensions. There was an association between the time of day they drank wine and emotional exhaustion and depersonalization. The time of day chosen to drink beer presents an association trend with depersonalization and the time chosen to consume hard alcohol was associated with emotional exhaustion. The time of day chosen to drink coffee showed association tendency with depersonalization. Sleeping hours vary according to the level of personal accomplishment. Conclusion: Study participants showed low levels of burnout, mostly associated with low levels of emotional exhaustion and depersonalization and high personal achievement. The emotional exhaustion levels related mainly to have wanted to change health center last month and drink wine or not, during or between meals. The depersonalization levels were related to have wanted to change profession, to have thought about changing health center and also if and when they drink wine. In addition, as expected, it was found association between the three dimensions of burnout. It’s important to notice that our sample has an average time of occupation of 21,64±9,73 years and an average time of functions in the health center of 18,08±9,86 years. Most worked 40 hours a week and about one-third of the professionals revealed the desire of change profession or workplace in the last month. While the overall results are not alarming, they are still worrying given the insidious nature of the syndrome, hard to identify by the professional and by peers It is urgent that health institutions engage in preventive measures and protection of its employees and that, as a society and health professionals, we can recognize and treat individuals who suffer from the syndrome. Only then we can ensure the subject's well-being in the environment where he spends much of his time. Requires provide caring for the care providers.Nunes, CéliaVitória, Paulo dos Santos DuarteuBibliorumEsteves, Ana Luísa Morais2018-09-05T13:31:14Z2016-6-62016-07-132016-07-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6173TID:201774275porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:29Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6173Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:57.617432Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
Prevalência e Efeitos Associados
title A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
spellingShingle A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
Esteves, Ana Luísa Morais
Burnout
Enfermeiros
Estilos de Vida
Maslach Burnout Inventory
Médicos
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
title_short A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
title_full A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
title_fullStr A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
title_full_unstemmed A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
title_sort A Síndrome de Burnout em Enfermeiros e Médicos da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
author Esteves, Ana Luísa Morais
author_facet Esteves, Ana Luísa Morais
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Nunes, Célia
Vitória, Paulo dos Santos Duarte
uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Esteves, Ana Luísa Morais
dc.subject.por.fl_str_mv Burnout
Enfermeiros
Estilos de Vida
Maslach Burnout Inventory
Médicos
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
topic Burnout
Enfermeiros
Estilos de Vida
Maslach Burnout Inventory
Médicos
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
description Introdução: A síndrome de burnout, reconhecida como identidade diagnóstica pela Organização Mundial de Saúde, é definida por Maslach segundo três dimensões chave: exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal. Enquanto as duas primeiras se correlacionam positivamente com a síndrome, a última tem uma relação inversa. A busca pela completa compreensão da síndrome de burnout adensa-se à medida que são encontrados efeitos negativos crescentes na saúde não só psicológica mas também biológica. A forte associação entre a síndrome e profissões com necessidade de contactos interpessoais põe em especial risco os profissionais de saúde. Este estudo visa, assim, avaliar os níveis de burnout nos enfermeiros e médicos dos centros de saúde da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, procurando relacioná-los com características sociodemográficos e com padrões de estilos de vida. Materiais e Métodos: É um estudo observacional tipo transversal, descritivo e correlacional. O questionário aplicado, composto por três partes: caracterização sociodemográfica, inventário de burnout e hábitos e estilos de vida, foi disponibilizado aos profissionais de saúde dos Agrupamentos de Centros de Saúde da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco durante os meses de Março e Abril. Na análise dos resultados investigaram-se as relações entre as variáveis sociodemográficas e de padrões de consumo e os respetivos níveis de burnout. Para efetuar o tratamento estatístico dos dados recorreu-se ao programa Statistical Package for Social Sciences®, versão 23 para Windows®. Resultados: Responderam ao questionário 96 profissionais, dos quais 79 (82,3%) eram do género feminino e 17 (17,7%) do género masculino. A idade média dos profissionais foi de 45,5±9,5 anos sendo que 65 (67,7%) eram enfermeiros e 31 (32,3%) médicos. O valor médio de burnout encontrado foi de 20,4±11,4 para a exaustão emocional, 4,2±4,6 para a despersonalização e 37,9±7,1 para a realização pessoal, correspondendo a níveis médios de exaustão emocional e realização pessoal e níveis baixos de despersonalização. Relativamente às variáveis da caracterização sociodemográfica, foram encontradas associações entre a despersonalização e os desejos de mudar de profissão, mudar de local de trabalho e o Agrupamento de Centros de Saúde em que exerciam funções e ainda entre a exaustão emocional e o facto de ter pensado em mudar de profissão. No burnout, observou-se a existência de associação entre as suas três dimensões chave. Verificou-se a existência de associação entre o momento do dia em que se bebia vinho e exaustão emocional e despersonalização. A altura do dia escolhida para ingerir cerveja apresenta tendência de associação com a despersonalização e a hora escolhida para consumir bebidas brancas associou-se à exaustão emocional. O instante do dia escolhido para beber café evidenciou tendência de associação com a despersonalização. As horas de sono variam de acordo com o nível de realização pessoal. Conclusão: Os participantes do estudo apresentam níveis de burnout baixos, associados a níveis maioritariamente baixos de exaustão emocional e despersonalização e altos de realização pessoal. Os níveis de exaustão emocional dos profissionais relacionaram-se principalmente com ter desejado mudar de centro de saúde no último mês e se bebem ou não vinho, durante ou fora das refeições. Os níveis de despersonalização relacionaram-se com ter desejado mudar de profissão, ter pensado em mudar de centro de saúde e também com se e quando bebem vinho. Adicionalmente, tal como esperado, encontrou-se associação entre as três dimensões de burnout. De salientar que a nossa amostra apresenta um tempo médio de profissão de 21,64±9,73 anos e um tempo médio de funções no centro de saúde de 18,08±9,86 anos. A maioria trabalha 40 horas semanais e cerca de um terço dos profissionais revela ter desejado mudar de profissão ou local de trabalho no último mês. Embora no geral os resultados não sejam alarmantes, são ainda assim preocupantes dada a natureza insidiosa da síndrome, pois dificulta a sua identificação quer pelo próprio quer pelos pares. Urge que as instituições de saúde tomem medidas de prevenção e proteção dos seus profissionais e que, enquanto sociedade e profissionais de saúde, saibamos reconhecer e tratar os indivíduos que da síndrome sofrem. Apenas assim poderemos garantir o bem-estar do sujeito naquele que é o ambiente onde passa grande parte do seu tempo. Exige-se cuidar de quem cuida.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-6-6
2016-07-13
2016-07-13T00:00:00Z
2018-09-05T13:31:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/6173
TID:201774275
url http://hdl.handle.net/10400.6/6173
identifier_str_mv TID:201774275
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136365268434944