Crédito hipotecário: Impacto do indexante variável no rendimento disponível das famílias Portuguesas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferrão, Ana Margarida de Carvalho
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/30381
Resumo: Estamos atualmente numa conjuntura macroeconómica inflacionária, após um longo período de taxas de juro diretoras nulas e, até mesmo negativas. Conforme o Boletim Económico do Banco de Portugal de outubro 2022, o rendimento disponível real estagnou em 2022, situando-se em 0,2%, após 2,2% em 2021 (Banco de Portugal, 2022b). O aumento abrupto da taxa de inflação, que arrastou a um aumento sucessivo do preço do dinheiro, por parte do Banco Central Europeu (BCE), conduziu inevitavelmente a um menor rendimento disponível das famílias, mesmo na classe média, agravando a taxa de esforço e fazendo aumentar o número de famílias no limiar da pobreza. Cultural e historicamente, Portugal possui dos níveis mais elevados de crédito hipotecário com indexante variável, pelo que, os particulares são diretamente afetados pelos aumentos sucessivos nas taxas de juro. Neste estudo procurou-se compreender de que modo o indexante variável influência o rendimento disponível dos particulares. A partir de um conjunto de séries temporais registadas no período de 2012 a 2022, e utilizando um modelo VAR(4) e causalidade à Granger, concluiu-se que o rendimento disponível apresenta uma relação causa-efeito com a taxa de inflação e com a taxas de juro ao crédito hipotecário, decrescendo automaticamente no trimestre subsequente ao acréscimo das taxas. Por outro lado, as taxas de juro praticadas pelas instituições de crédito estão profundamente relacionadas com o preço do dinheiro e com o rendimento dos particulares, entrando-se assim num círculo vicioso de perda de poder de compra das famílias.
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