Teoria de agência, governo das sociedades e opinião do auditor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Marília Medeiros
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/12162
Resumo: Os conflitos de agência surgiram com a separação entre a propriedade e o controlo das modernas empresas, tendo estes origem nas diferentes motivações e objetivos, na assimetria de informação e nas diferentes preferências de risco que existem entre principal e agente. O governo das sociedades é visto como um mecanismo que visa alinhar os interesses dos principais e dos agentes e além disso, espera-se que a auditoria também seja um meio de monitorização destas divergências. Com as mudanças ocorridas no cenário mundial, que advêm dos escândalos financeiros dos últimos anos, tem sido intenso o foco no governo das sociedades e na auditoria através da supervisão eficaz e dos controlos internos. Em Portugal, esta matéria também veio adquirindo importância, pois as recomendações emitidas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) relativas ao governo das sociedades têm evoluído ao longo do tempo, de modo a garantir uma maior transparência e confiabilidade da informação financeira disponibilizada no mercado de capitais. Este estudo tem por objetivo analisar o efeito da estrutura de propriedade e da direção das empresas nos pareceres de auditoria. Para perceber de que modo os pareceres de auditoria são influenciados por certas características relacionadas com governo das sociedades, analisamos as empresas portuguesas não financeiras cotadas na Euronext Lisbon, durante o período compreendido entre 2008 e 2011. Os nossos resultados mostram que a concentração de propriedade, a independência do conselho de administração, a presença de um comité de auditoria e um bom rácio de liquidez são indicadores positivos na opinião de auditoria e por conseguinte promovem uma informação financeira mais fiável. No entanto, no panorama português, os resultados obtidos não geram, na totalidade, o mesmo efeito que os referenciais teóricos de governo das sociedades anglo-saxónicos.
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