O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/121451 |
Resumo: | Escrevo a partir da experiência do meu corpo partido. Encontro o seu significado através da escrita e é desta forma que tento compreender o corpo no seu todo. Viver num corpo fora da norma é viver num corpo político. Um corpo que se obriga a manifestar contra as convenções, um corpo que existe pela sua unicidade. Penso que a reinvenção do conceito de corpo está na reformulação dos estados do corpo e na possibilidade da articulação de diversas perspectivas do corpo. Corpo que defendo ser uma paisagem que se encontra no lugar híbrido do questionamento. Enquanto conceitos operativos fui buscar o híbrido, o monstro, o corpo paradoxal, o corpo sem órgãos, pois considero que auxiliam na reflexão do corpo que desafia a norma, que deixam o corpo num lugar vazio, um lugar sem definições e sem guidelines. É através da discussão destes conceitos que procuro compreender o processo pelo qual o meu corpo de bailarina e acrobata passou quando se tornou deficiente. Este conjunto de reflexões surge da análise da reformulação a que fui obrigada, através da reconstrução física e concreta do meu corpo. O corpo que chega a este lugar de indefinição, a um estado de revolução e de manifesto. Ainda assim, sei que nunca chegarei a compreendê-lo verdadeiramente. |
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