O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bastos, Diana Regueira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/121451
Resumo: Escrevo a partir da experiência do meu corpo partido. Encontro o seu significado através da escrita e é desta forma que tento compreender o corpo no seu todo. Viver num corpo fora da norma é viver num corpo político. Um corpo que se obriga a manifestar contra as convenções, um corpo que existe pela sua unicidade. Penso que a reinvenção do conceito de corpo está na reformulação dos estados do corpo e na possibilidade da articulação de diversas perspectivas do corpo. Corpo que defendo ser uma paisagem que se encontra no lugar híbrido do questionamento. Enquanto conceitos operativos fui buscar o híbrido, o monstro, o corpo paradoxal, o corpo sem órgãos, pois considero que auxiliam na reflexão do corpo que desafia a norma, que deixam o corpo num lugar vazio, um lugar sem definições e sem guidelines. É através da discussão destes conceitos que procuro compreender o processo pelo qual o meu corpo de bailarina e acrobata passou quando se tornou deficiente. Este conjunto de reflexões surge da análise da reformulação a que fui obrigada, através da reconstrução física e concreta do meu corpo. O corpo que chega a este lugar de indefinição, a um estado de revolução e de manifesto. Ainda assim, sei que nunca chegarei a compreendê-lo verdadeiramente.
id RCAP_317c0d45ba7087a478f4e67270801e53
oai_identifier_str oai:run.unl.pt:10362/121451
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O Monstro Humano, O Hibridismo do CorpoCorpo HumanoArteEstéticaCorpoLinguagemCorpo paradoxalCorpo-sem-órgãosHíbridoMonstroBodyLanguageParadoxical bodyBody-without-organsHybridMonsterDomínio/Área Científica::Humanidades::ArtesDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da ComunicaçãoEscrevo a partir da experiência do meu corpo partido. Encontro o seu significado através da escrita e é desta forma que tento compreender o corpo no seu todo. Viver num corpo fora da norma é viver num corpo político. Um corpo que se obriga a manifestar contra as convenções, um corpo que existe pela sua unicidade. Penso que a reinvenção do conceito de corpo está na reformulação dos estados do corpo e na possibilidade da articulação de diversas perspectivas do corpo. Corpo que defendo ser uma paisagem que se encontra no lugar híbrido do questionamento. Enquanto conceitos operativos fui buscar o híbrido, o monstro, o corpo paradoxal, o corpo sem órgãos, pois considero que auxiliam na reflexão do corpo que desafia a norma, que deixam o corpo num lugar vazio, um lugar sem definições e sem guidelines. É através da discussão destes conceitos que procuro compreender o processo pelo qual o meu corpo de bailarina e acrobata passou quando se tornou deficiente. Este conjunto de reflexões surge da análise da reformulação a que fui obrigada, através da reconstrução física e concreta do meu corpo. O corpo que chega a este lugar de indefinição, a um estado de revolução e de manifesto. Ainda assim, sei que nunca chegarei a compreendê-lo verdadeiramente.I write from the experience of my broken body. I find its meaning through writing and this is how I try to understand the body as a whole. Living in a body outside the norm is to live in a political body. A body that forced itself to manifest against conventions, a body that exists by its uniqueness. I think that the reinvention of the concept of body lies in the reformulation of the states of the body and in the possibility of articulating different perspectives of the body. A body that I argue to be a landscape that is in the hybrid place of questioning. As operational concepts I have taken the hybrid, the monster, the paradoxical body, the body without organs, for consider that they help in the reflection of the body that defies the norm, that leave the body in an empty place, a place without definitions and without guidelines. It is through the discussion of these concepts that I try to understand the process that my body as a dancer and acrobat went through when it became disabled. This set of reflections arises from the analysis of the reformulation that I was forced to do, through the physical and concrete reconstruction of my body. The body that reaches this place of uncertainty, at a state of revolution and manifest. Still, I know that I will never really understand it.Coelho, Sílvia PintoRUNBastos, Diana Regueira2021-07-22T15:34:31Z2021-04-062020-11-302021-04-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/121451TID:202721043porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:03:46Zoai:run.unl.pt:10362/121451Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:44:39.423921Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo
title O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo
spellingShingle O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo
Bastos, Diana Regueira
Corpo Humano
Arte
Estética
Corpo
Linguagem
Corpo paradoxal
Corpo-sem-órgãos
Híbrido
Monstro
Body
Language
Paradoxical body
Body-without-organs
Hybrid
Monster
Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Comunicação
title_short O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo
title_full O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo
title_fullStr O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo
title_full_unstemmed O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo
title_sort O Monstro Humano, O Hibridismo do Corpo
author Bastos, Diana Regueira
author_facet Bastos, Diana Regueira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Coelho, Sílvia Pinto
RUN
dc.contributor.author.fl_str_mv Bastos, Diana Regueira
dc.subject.por.fl_str_mv Corpo Humano
Arte
Estética
Corpo
Linguagem
Corpo paradoxal
Corpo-sem-órgãos
Híbrido
Monstro
Body
Language
Paradoxical body
Body-without-organs
Hybrid
Monster
Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Comunicação
topic Corpo Humano
Arte
Estética
Corpo
Linguagem
Corpo paradoxal
Corpo-sem-órgãos
Híbrido
Monstro
Body
Language
Paradoxical body
Body-without-organs
Hybrid
Monster
Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Comunicação
description Escrevo a partir da experiência do meu corpo partido. Encontro o seu significado através da escrita e é desta forma que tento compreender o corpo no seu todo. Viver num corpo fora da norma é viver num corpo político. Um corpo que se obriga a manifestar contra as convenções, um corpo que existe pela sua unicidade. Penso que a reinvenção do conceito de corpo está na reformulação dos estados do corpo e na possibilidade da articulação de diversas perspectivas do corpo. Corpo que defendo ser uma paisagem que se encontra no lugar híbrido do questionamento. Enquanto conceitos operativos fui buscar o híbrido, o monstro, o corpo paradoxal, o corpo sem órgãos, pois considero que auxiliam na reflexão do corpo que desafia a norma, que deixam o corpo num lugar vazio, um lugar sem definições e sem guidelines. É através da discussão destes conceitos que procuro compreender o processo pelo qual o meu corpo de bailarina e acrobata passou quando se tornou deficiente. Este conjunto de reflexões surge da análise da reformulação a que fui obrigada, através da reconstrução física e concreta do meu corpo. O corpo que chega a este lugar de indefinição, a um estado de revolução e de manifesto. Ainda assim, sei que nunca chegarei a compreendê-lo verdadeiramente.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-11-30
2021-07-22T15:34:31Z
2021-04-06
2021-04-06T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10362/121451
TID:202721043
url http://hdl.handle.net/10362/121451
identifier_str_mv TID:202721043
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799138053951848448