A informação na consulta presencial de medicina geral e familiar : o que é julgado necessário e o que é feito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Rafaela Ponte
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/29141
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Medicina Geral e Familiar), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling A informação na consulta presencial de medicina geral e familiar : o que é julgado necessário e o que é feitoMedicina familiarTrabalho final de mestrado integrado em Medicina (Medicina Geral e Familiar), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraObjetivos: Conhecer a opinião de médicos especialistas e internos de Medicina Geral e Familiar (MGF) quanto à informação que julgam ser mais importante registar na consulta presencial, e quanto aos registos realizados em consulta presencial e não presencial. Secundariamente perceber diferenças nas respostas em função de ser especialista ou interno de especialidade. Tipo de estudo: Estudo observacional, transversal, analítico, por meio de questionário validado e de pergunta aberta em população aleatorizada. Locais do estudo: Unidade de Cuidados de Saúde Primários: Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e Unidades de Saúde Familiar (USF) da região geográfica de acuação da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro. População: Médicos de 25% dos Centros de Saúde dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da área de influência da ARS do Centro escolhidos aleatoriamente por meio de sorteio, após ordenação nominal de A a Z. Métodos: Aplicação de questionário validado com resposta múltipla e pergunta aberta às UCSP e USF selecionadas aleatoriamente, após autorização da Comissão de Ética para a Saúde (CES) da ARS do Centro, enviados via postal com pacote verde para envio das respetivas respostas. Análise estatística descritiva e inferencial em SPSS versão 20.0. Resultados: Foram obtidas 104 respostas do total de 210 questionários enviados (77 dos especialistas e 26 dos internos), o que perfez uma taxa de resposta de 49,5%. Foi baixa a proporção dos que revelaram ter tido formação sobre ICPC-2 (31,7%). A anotação em O e a codificação em A foram considerados os mais importantes a realizar (94,2% e 91,3%, respetivamente) e são também os que são mais realizados pelos médicos (93,3% e 91,3 %, respetivamente). Como diferenças entre “O que deve ser feito” e “O que é feito” verifica-se a Codificação em S, Anotação em A e Codificação em P, que os médicos realizam mais na consulta do que julgam necessário. Os internos da especialidade dão maior importância à codificação, especialmente em S, e realizam-na mais tanto em consulta presencial como não presencial, ao contrário dos especialistas que dão mais importância à Anotação em S em ambas. Os internos codificam também mais em P na consulta não presencial. Discussão: Não existindo outros resultados com os quais comparar os do presente estudo, percebe-se que os médicos têm maior perceção da necessidade de anotar do que de codificar. Parece assim que o desiderato de ter um sistema de codificação para ser percebido o motivo da consulta não é cumprido, estando tal em linha com a reduzida proporção de médicos com frequência de formação em ICPC-2. Conclusões: Os médicos realizam mais na sua consulta do que o que julgam necessário para obter um bom registo de informação. Anotar em O, em S e Codificar em A, são considerados os mais importantes e são também os mais realizados por todos os médicos. Os internos dão mais importância à codificação e realizam-na mais, principalmente em S, do que especialistas. Deveria ser promovida uma maior formação para a utilização da ICPC-2.Objectives: To survey attending and resident Family Physicians about their opinion on what type of information is most important to record during a patient appointment, and on what information is recorded on an attending-patient appointment and on a non-attending-patient appointment. Also, to note possible variations in response between attending and resident physicians. Type of study: Analytical cross-sectional observational study, based on a validated survey, including an open-ended question, in a random population. Study locations: Primary Health Care Centers of the geographical area of influence of the Center Region Health Care Regional Administration (ARS Centro). Population: 25% of an attending and resident family physicians working in the Health Care Center Groups (ACES) of the ARS Centro area of influence, selected randomly by lot, after alphabetical ordering. Methods: Distribution of a validated survey and open-ended question to the randomly selected UCSP and USF, after approval by the ARS Centro Ethics Committee on Health (CES), by postal service with an RSF package to return to the author. Descriptive and inferential statistical analysis on SPSS version 20.0. Results: The response rate was 49.5%, with 104 of 210 surveys sent (77 from attending and 26 from residents). Relatively few admit to have attended an ICPC-2 course (31.7%). O annotation and A encoding were considered most important (94.2% and 91.3%, respectively), and were found to be the most used (93.3% and 91.3%, respectively). When contrasting "what should be done" with "what is done", physicians admit to using S encoding, A annotation, and P encoding more than they believe necessary. Residents attribute a greater importance to encoding, especially S encoding, and do it more often either in attending-patient appointments, or in non-attending-patient appointments, than attending physicians, who emphasize S annotation in both. Residents also encode in P more often in non-attending-patient appointments. Discussion: In the absence of similar studies with which to compare our results, it would appear physicians have a greater perception of the need to write rather than to encode. Consequently, the desideratum of having a system to successfully encode the appointment reasons is not fulfilled, which is consistent with the low proportion of physicians who attended an ICPC-2 course. Conclusions: Physicians record more information during appointments than they believe necessary to obtain good patient records. O and S annotations are considered the most important, and are also the most used by the physicians. Residents deem encoding more important than attending physicians, and encode more often, especially in S. Attendance in ICPC-2 courses should be encouraged.2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/29141http://hdl.handle.net/10316/29141TID:201627302porSousa, Rafaela Ponteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:45Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/29141Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:56.655518Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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