Entrevista a Walter Mignolo e Catherine E. Walsh

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martuscelli, Tania
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Guerra, Jonatan, Berjano Rodriguez, Daniel, Rodrigues, Blanca
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/15546
Resumo: Catherine E. Walsh (1964) tem suas primeiras experiências como ativista na Universidade de Massachussetts (Amherst), que influenciaram seus interesses acadêmicos em torno da pedagogia, da decolonialidade e do feminismo. Após obter seu doutorado em Educação em 1984, ela trabalhou na Universidade de Massachussetts em Amherst e em Boston até meados dos anos 90, quando passou a viver permanentemente no Equador. Entre suas muitas contribuições militantes, destaca-se seu trabalho ao lado de Paulo Freire e da rede de pedagogia crítica nos anos 90, os projetos de consultoria e educação bilíngue para comunidades indígenas do Equador, e a formação do Fondo Documental Afro-Andino, juntamente com o líder comunitário e intelectual afroequatoriano Juan García Salazar, em 2002, com quem escreveu Pensar sembrando/Sembrar pensando con el Abuelo Zenón (2017). Entre suas várias obras, vale ressaltar ainda a edição dos volumes coletivos Pedagogías decoloniales (2013), On Decoloniality (em parceria com Walter Mignolo, 2018) e seu mais recente trabalho, Rising Up, Living Up. Re-Existances, Sowings, and Decolonial Cracks (2023, Duke University Press). Recentemente, reformou-se como professora e diretora do programa de doutoramento em Estudos Culturais Latino-Americanos na Universidad Andina Simón Bolívar (Quito, Equador). Walter Mignolo (1941) especializou-se em Semiótica e Teoria Literária e vem contribuindo vastamente no campo da modernidade e colonialidade. Seu trabalho explora com primazia os conceitos de decolonialidade, colonialismo global, geopolítica do conhecimento, pensamento de fronteira e pluriversalidade. É uma das figuras centrais na escola de pensamento decolonial latino-americano, cujo impacto profundo se reflete no discurso acadêmico mundial. É autor de diversos livros traduzidos para outras línguas, dentre os quais se destacam, para além de On Decoloniality, em coautoria com Walsh, os livros The Darker Side of the Renaissance: Literacy, Territoriality, and Colonization (1996), ganhador do prémio Katherine Singer Kovaks, The Idea of Latin America (2006), ganhador do prémio Frantz Fanon e o mais recente, The Politics of Decolonial Investigations (2021). Trabalha na Duke University desde 1993, onde recebeu o título de distinção «William H. Wannamaker», como professor de Literatura e Estudos Românicos. Os trabalhos que Walsh e Mignolo desenvolvem são uma extensão do conceito de colonialidade iniciado pelo sociólogo peruano Aníbal Quijano, de quem se consideram discípulos.
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