Cessação tabágica e saúde mental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5259 |
Resumo: | Introdução: O tabagismo é a segunda principal causa modificável de morbilidade e mortalidade, o que torna a cessação tabágica uma poderosa arma no campo de atuação da medicina preventiva. As alterações de saúde mental podem duplicar a probabilidade de desenvolver hábitos tabágicos. Doenças crónicas causadas pelo tabagismo, como a hipertensão arterial e DPOC, são mais comuns entre os fumadores com patologia psiquiátrica comparativamente com aqueles sem doença psiquiátrica. Desta forma torna-se crucial analizar e caracterizar o programa de cessação tabágica, com maior ênfase para esta população em particular, com o intuito de alertar os profissionais de saúde para este grupo mais vulnerável e desenvolver/adaptar os programas de tratamento e as políticas de controlo do tabagismo, dirigidos aos doentes com patologia psiquiátrica em Portugal. Objetivos: Caraterizar alterações da saúde mental numa população de utentes que recorreu à consulta de cessação tabágica do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) durante os anos de 2010-2014. Avaliar e comparar a dependência nicotínica e a motivação para deixar de fumar entre fumadores com alterações da saúde mental e aqueles sem distúrbios psiquiátricos. Relatar casos clínicos de cessação tabágica de utentes com alteração da saúde mental. Material e métodos: Estudo observacional descritivo transversal. Análise dos protocolos clínicos da consulta de cessação tabágica do CHCB respeitantes aos anos 2010-2014. Os questionários clínicos correspondem a um protocolo standard desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia com aplicação sistemática na primeira consulta. Foi realizada uma análise descritiva quantitativa analítica uni e bivariável usando o teste de Chi Quadrado e correlação de Spearman. O nível de significância estatística foi de 5% (p<0,05). Realizou-se a regressão logística binária para a análise multivariável. Resultados: Do estudo fizeram parte 503 fumadores, sendo a maioria (66,2%) do género masculino. Do total dos participantes, a média de idades observada foi de 47,26(±12,5) anos. 49,6% tinham no máximo o nono ano de escolaridade. Entre as comorbilidades, as alterações de saúde mental (depressão e/ou ansiedade) foram as mais frequentemente descritas (41,8%), seguindo-se as doenças de foro respiratório (36,6%) e as cardiovasculares (32,8%). A dependência de outras substâncias com poder aditivo foi descrita por 26,2% dos fumadores. Entre os indivíduos que reportaram alguma alteração da saúde mental, 51,3% são do género feminino e 48,7% do género masculino. Não foi observada uma correlação entre história prévia/atual positiva de pertubações mentais e o nível de dependência nicotínica (p=0,409). Para o consumo de outras substâncias aditivas foi observada uma correlação estatisticamente significativa com o nível de dependência nicotínica (p<0,001), tendo-se verificado um nível máximo de dependência em 37,3% destes. Para a dependência etílica em particular, esta relação revela-se bastante marcada, sendo que apenas 5,1% demonstrou uma dependência baixa. Relativamente à avaliação da motivação para deixar de fumar, na população que descreve alguma alteração psiquíatria, os resultados mostraram-se inconsistentes entre os testes utilizados para este fim. Conclusão: Este trabalho demonstra que o tabagismo e as alterações de SM frequentemente coexistem. A presença de alterações psiquiátricas não influenciou o grau de dependência nicotínica. Quanto à motivação para a CT nos doentes com patologia psiquiátrica associada ou prévia, os resultados tendem para um menor grau de motivação neste grupo de doentes. Foram relatados três casos clínicos de cessação tabágica de doentes com esquizofrenia, depressão major e bulimia nervosa. Estes constituem três exemplos de sucesso de uma abordagem para a cessação tabágica envolvendo o seguimento clínico, terapêutica farmacológia, aconselhamento comportamental e reforço da motivação e da confiança, sem olvidar a importância de um apoio sociofamiliar. Nestes doentes, os ganhos observados foram vastos, envolvendo vantagens a nível respiratório, psiquiátrico, com grande repercussão na autoestima e na auto-eficácia. A HADS corroborou a normalização dos sintomas de ansiedade e de depressão. Torna-se fulcral uma intervenção neste grupo, que se revela mais vulnerável, envolvendo atuações mais abrangentes a nível social, cultural, comunitário e individual. O clínico, de qualquer especialidade médica, encontra-se numa posição previlegiada para facultar estas providências na grande luta desleal que representa o tabagismo e as suas consequências para a saúde. |
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Cessação tabágica e saúde mentalCessação TabágicaDependência NicotínicaMotivaçãoSaúde MentalDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O tabagismo é a segunda principal causa modificável de morbilidade e mortalidade, o que torna a cessação tabágica uma poderosa arma no campo de atuação da medicina preventiva. As alterações de saúde mental podem duplicar a probabilidade de desenvolver hábitos tabágicos. Doenças crónicas causadas pelo tabagismo, como a hipertensão arterial e DPOC, são mais comuns entre os fumadores com patologia psiquiátrica comparativamente com aqueles sem doença psiquiátrica. Desta forma torna-se crucial analizar e caracterizar o programa de cessação tabágica, com maior ênfase para esta população em particular, com o intuito de alertar os profissionais de saúde para este grupo mais vulnerável e desenvolver/adaptar os programas de tratamento e as políticas de controlo do tabagismo, dirigidos aos doentes com patologia psiquiátrica em Portugal. Objetivos: Caraterizar alterações da saúde mental numa população de utentes que recorreu à consulta de cessação tabágica do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) durante os anos de 2010-2014. Avaliar e comparar a dependência nicotínica e a motivação para deixar de fumar entre fumadores com alterações da saúde mental e aqueles sem distúrbios psiquiátricos. Relatar casos clínicos de cessação tabágica de utentes com alteração da saúde mental. Material e métodos: Estudo observacional descritivo transversal. Análise dos protocolos clínicos da consulta de cessação tabágica do CHCB respeitantes aos anos 2010-2014. Os questionários clínicos correspondem a um protocolo standard desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia com aplicação sistemática na primeira consulta. Foi realizada uma análise descritiva quantitativa analítica uni e bivariável usando o teste de Chi Quadrado e correlação de Spearman. O nível de significância estatística foi de 5% (p<0,05). Realizou-se a regressão logística binária para a análise multivariável. Resultados: Do estudo fizeram parte 503 fumadores, sendo a maioria (66,2%) do género masculino. Do total dos participantes, a média de idades observada foi de 47,26(±12,5) anos. 49,6% tinham no máximo o nono ano de escolaridade. Entre as comorbilidades, as alterações de saúde mental (depressão e/ou ansiedade) foram as mais frequentemente descritas (41,8%), seguindo-se as doenças de foro respiratório (36,6%) e as cardiovasculares (32,8%). A dependência de outras substâncias com poder aditivo foi descrita por 26,2% dos fumadores. Entre os indivíduos que reportaram alguma alteração da saúde mental, 51,3% são do género feminino e 48,7% do género masculino. Não foi observada uma correlação entre história prévia/atual positiva de pertubações mentais e o nível de dependência nicotínica (p=0,409). Para o consumo de outras substâncias aditivas foi observada uma correlação estatisticamente significativa com o nível de dependência nicotínica (p<0,001), tendo-se verificado um nível máximo de dependência em 37,3% destes. Para a dependência etílica em particular, esta relação revela-se bastante marcada, sendo que apenas 5,1% demonstrou uma dependência baixa. Relativamente à avaliação da motivação para deixar de fumar, na população que descreve alguma alteração psiquíatria, os resultados mostraram-se inconsistentes entre os testes utilizados para este fim. Conclusão: Este trabalho demonstra que o tabagismo e as alterações de SM frequentemente coexistem. A presença de alterações psiquiátricas não influenciou o grau de dependência nicotínica. Quanto à motivação para a CT nos doentes com patologia psiquiátrica associada ou prévia, os resultados tendem para um menor grau de motivação neste grupo de doentes. Foram relatados três casos clínicos de cessação tabágica de doentes com esquizofrenia, depressão major e bulimia nervosa. Estes constituem três exemplos de sucesso de uma abordagem para a cessação tabágica envolvendo o seguimento clínico, terapêutica farmacológia, aconselhamento comportamental e reforço da motivação e da confiança, sem olvidar a importância de um apoio sociofamiliar. Nestes doentes, os ganhos observados foram vastos, envolvendo vantagens a nível respiratório, psiquiátrico, com grande repercussão na autoestima e na auto-eficácia. A HADS corroborou a normalização dos sintomas de ansiedade e de depressão. Torna-se fulcral uma intervenção neste grupo, que se revela mais vulnerável, envolvendo atuações mais abrangentes a nível social, cultural, comunitário e individual. O clínico, de qualquer especialidade médica, encontra-se numa posição previlegiada para facultar estas providências na grande luta desleal que representa o tabagismo e as suas consequências para a saúde.Introduction: Smoking is the second leading modifiable cause of morbidity and mortality, which makes smoking cessation a powerful weapon in the preventive medicine playing field. Mental health changes can double the likelihood of developing smoking habits. Chronic diseases caused by smoking, such as hypertension and COPD, are more common among smokers with psychiatric disorders compared to those with no psychiatric illness. Thus it is crucial to analyze and characterize the smoking cessation program, with a greater emphasis on this particular population, in order to alert health professionals for this most vulnerable group and to develop/adapt treatment programs and tobacco control policies, addressed to patients with psychiatric illness in Portugal. Objectives: To characterize changes in mental health in a population who attend smoking cessation care at CHCB Hospital during the years 2010-2014. To evaluate and compare the nicotine dependence and motivation to quit smoking among smokers with mental health disorders and those without psychiatric disorders. To report clinical cases of smoking cessation in smokers with impaired mental health. Methods: Cross-sectional descriptive study. Analysis of clinical protocols of CHCB Hospital smoking cessation program for the years 2010-2014. Clinical questionnaires correspond to a standard protocol developed by the Tobacco Working Group of the Portuguese Society of Pulmonology. These are systematically applied at first clinical visits. We conducted univariate and bivariate quantitative descriptive analysis using Chi Square and Spearman tests. For multivariate analysis binary logistic regression was performed. Results: Participants: 503 smokers; mostly men (66.2%). Of the total participants, the mean age was 47.26 (± 12.5) years. 49.6% had completed up to ninth grade. Among the comorbidities, mental health disorders (depression and/or anxiety) were the most frequently reported (41.8%), followed by the respiratory forum diseases (36.6%) and cardiovascular (32.8%). The dependence of other addictive substances was described by 26.2% of smokers. Among individuals who reported a mental health problem, 51.3% are female and 48.7% are men. There was no correlation between a previous/current history of mental disturbances and the level of nicotine dependence (p=0.409). For the use of other addictive substances was observed a statistically significant correlation with the level of nicotine dependence (p<0.001), with a maximum level of dependence observed on 37.3% of them. For ethanol dependence in particular, this ratio appears to be quite marked, with only 5.1% showing a low dependency. To the assessment of motivation to quit smoking in the population describing any psychiatry change, the results were inconsistent between tests used for this purpose. Conclusion: This study demonstrates that smoking and mental health disorders often coexist. The presence of psychiatric disorders did not influence the degree of nicotine dependence. Regarding the motivation for CT in patients with a history of psychiatric disorder, the results tend to a lesser degree of motivation in this patient group. Three cases of smoking cessation patients have been reported: schizophrenia, major depression and bulimia nervosa. These are three examples of a successful approach to smoking cessation involving clinical follow-up, pharmacologic therapy, behavioral counseling and reinforcement of motivation and confidence, without forgetting the importance of a social-family support. In these patients, the observed gains were broad, involving benefits in mental and respiratory levels, with great impact on self-esteem and self-efficacy. The HADS corroborated normalization of symptoms of anxiety and depression. It becomes crucial to develop an intervention in this group, which is more vulnerable, involving more comprehensive performances in a social, cultural, community and individual levels. The clinician, of any medical specialty, is in a privileged position to provide these measures in this great and unfair fight against smoking and its health consequences.Ravara, Sofia BelouBibliorumNeves, Dulcelena Pires dos Santos das2018-07-19T15:54:36Z2015-5-152015-06-252015-06-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5259TID:201643090porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:56Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5259Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:12.769095Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: O tabagismo é a segunda principal causa modificável de morbilidade e mortalidade, o que torna a cessação tabágica uma poderosa arma no campo de atuação da medicina preventiva. As alterações de saúde mental podem duplicar a probabilidade de desenvolver hábitos tabágicos. Doenças crónicas causadas pelo tabagismo, como a hipertensão arterial e DPOC, são mais comuns entre os fumadores com patologia psiquiátrica comparativamente com aqueles sem doença psiquiátrica. Desta forma torna-se crucial analizar e caracterizar o programa de cessação tabágica, com maior ênfase para esta população em particular, com o intuito de alertar os profissionais de saúde para este grupo mais vulnerável e desenvolver/adaptar os programas de tratamento e as políticas de controlo do tabagismo, dirigidos aos doentes com patologia psiquiátrica em Portugal. Objetivos: Caraterizar alterações da saúde mental numa população de utentes que recorreu à consulta de cessação tabágica do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) durante os anos de 2010-2014. Avaliar e comparar a dependência nicotínica e a motivação para deixar de fumar entre fumadores com alterações da saúde mental e aqueles sem distúrbios psiquiátricos. Relatar casos clínicos de cessação tabágica de utentes com alteração da saúde mental. Material e métodos: Estudo observacional descritivo transversal. Análise dos protocolos clínicos da consulta de cessação tabágica do CHCB respeitantes aos anos 2010-2014. Os questionários clínicos correspondem a um protocolo standard desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia com aplicação sistemática na primeira consulta. Foi realizada uma análise descritiva quantitativa analítica uni e bivariável usando o teste de Chi Quadrado e correlação de Spearman. O nível de significância estatística foi de 5% (p<0,05). Realizou-se a regressão logística binária para a análise multivariável. Resultados: Do estudo fizeram parte 503 fumadores, sendo a maioria (66,2%) do género masculino. Do total dos participantes, a média de idades observada foi de 47,26(±12,5) anos. 49,6% tinham no máximo o nono ano de escolaridade. Entre as comorbilidades, as alterações de saúde mental (depressão e/ou ansiedade) foram as mais frequentemente descritas (41,8%), seguindo-se as doenças de foro respiratório (36,6%) e as cardiovasculares (32,8%). A dependência de outras substâncias com poder aditivo foi descrita por 26,2% dos fumadores. Entre os indivíduos que reportaram alguma alteração da saúde mental, 51,3% são do género feminino e 48,7% do género masculino. Não foi observada uma correlação entre história prévia/atual positiva de pertubações mentais e o nível de dependência nicotínica (p=0,409). Para o consumo de outras substâncias aditivas foi observada uma correlação estatisticamente significativa com o nível de dependência nicotínica (p<0,001), tendo-se verificado um nível máximo de dependência em 37,3% destes. Para a dependência etílica em particular, esta relação revela-se bastante marcada, sendo que apenas 5,1% demonstrou uma dependência baixa. Relativamente à avaliação da motivação para deixar de fumar, na população que descreve alguma alteração psiquíatria, os resultados mostraram-se inconsistentes entre os testes utilizados para este fim. Conclusão: Este trabalho demonstra que o tabagismo e as alterações de SM frequentemente coexistem. A presença de alterações psiquiátricas não influenciou o grau de dependência nicotínica. Quanto à motivação para a CT nos doentes com patologia psiquiátrica associada ou prévia, os resultados tendem para um menor grau de motivação neste grupo de doentes. Foram relatados três casos clínicos de cessação tabágica de doentes com esquizofrenia, depressão major e bulimia nervosa. Estes constituem três exemplos de sucesso de uma abordagem para a cessação tabágica envolvendo o seguimento clínico, terapêutica farmacológia, aconselhamento comportamental e reforço da motivação e da confiança, sem olvidar a importância de um apoio sociofamiliar. Nestes doentes, os ganhos observados foram vastos, envolvendo vantagens a nível respiratório, psiquiátrico, com grande repercussão na autoestima e na auto-eficácia. A HADS corroborou a normalização dos sintomas de ansiedade e de depressão. Torna-se fulcral uma intervenção neste grupo, que se revela mais vulnerável, envolvendo atuações mais abrangentes a nível social, cultural, comunitário e individual. O clínico, de qualquer especialidade médica, encontra-se numa posição previlegiada para facultar estas providências na grande luta desleal que representa o tabagismo e as suas consequências para a saúde. |
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