Conhecimentos e atitudes face ao cancro do colo do útero e o rastreio em mulheres migrantes em Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/162888 |
Resumo: | RESUMO - Introdução: O Cancro do Colo do Útero (CCU) continua a ser um dos cancros mais comuns entre as mulheres, a nível mundial. Embora o rastreio do CCU tenha demonstrado ser eficaz na redução da carga de mortalidade da doença, têm-se registado baixas taxas de adesão, especialmente entre populações socialmente desfavorecidas, incluindo migrantes. A falta de conhecimento e as atitudes em relação ao CCU e ao rastreio estão entre as razões documentadas para uma menor adesão ao rastreio. Este estudo tem como objetivo explorar o conhecimento e as atitudes das mulheres migrantes em relação ao CCU e ao rastreio em Portugal. Métodos: Este estudo qualitativo foi conduzido por meio de grupos focais (GF) com mulheres migrantes (n=23), profissionais de saúde (n=12) e técnicos comunitários (n=10), entre julho de 2020 e novembro de 2021. Os dados foram analisados por meio de uma abordagem de análise de conteúdo dedutiva. Resultados: As migrantes revelaram estar pouco informadas sobre a origem do CCU e o procedimento levado a cabo no rastreio, apesar de estarem conscientes da sua existência. Os profissionais de saúde e os técnicos comunitários consideraram que esta adesão diferencial está, em parte, relacionada com o conhecimento limitado sobre o CCU e o rastreio. Os profissionais de saúde e a rede de suporte social foram referidos como as principais fontes de informação utilizadas pelas migrantes em Portugal. Conclusão: A criação de campanhas de sensibilização adequadas sobre o CCU e rastreio, assim como de iniciativas fora do setor da saúde que visem a divulgação de informação adaptada a cada cultura, pode contribuir para colmatar essa barreira. As formações dirigidas aos profissionais de saúde podem ser benéficas para garantir que a informação sobre o CCU e o rastreio é eficazmente transmitida e reconhecida por parte das migrantes, de modo a promover e incentivar a adesão ao rastreio. |
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Conhecimentos e atitudes face ao cancro do colo do útero e o rastreio em mulheres migrantes em PortugalRastreio do cancro do colo do úteromulheres migrantessaúde sexual e reprodutivaprofissionais de saúdetécnicos comunitáriosconhecimentoatitudescervical cancer screeningmigrant womensexual and reproductive healthhealthcare professionalscommunity workersknowledgeattitudesDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisRESUMO - Introdução: O Cancro do Colo do Útero (CCU) continua a ser um dos cancros mais comuns entre as mulheres, a nível mundial. Embora o rastreio do CCU tenha demonstrado ser eficaz na redução da carga de mortalidade da doença, têm-se registado baixas taxas de adesão, especialmente entre populações socialmente desfavorecidas, incluindo migrantes. A falta de conhecimento e as atitudes em relação ao CCU e ao rastreio estão entre as razões documentadas para uma menor adesão ao rastreio. Este estudo tem como objetivo explorar o conhecimento e as atitudes das mulheres migrantes em relação ao CCU e ao rastreio em Portugal. Métodos: Este estudo qualitativo foi conduzido por meio de grupos focais (GF) com mulheres migrantes (n=23), profissionais de saúde (n=12) e técnicos comunitários (n=10), entre julho de 2020 e novembro de 2021. Os dados foram analisados por meio de uma abordagem de análise de conteúdo dedutiva. Resultados: As migrantes revelaram estar pouco informadas sobre a origem do CCU e o procedimento levado a cabo no rastreio, apesar de estarem conscientes da sua existência. Os profissionais de saúde e os técnicos comunitários consideraram que esta adesão diferencial está, em parte, relacionada com o conhecimento limitado sobre o CCU e o rastreio. Os profissionais de saúde e a rede de suporte social foram referidos como as principais fontes de informação utilizadas pelas migrantes em Portugal. Conclusão: A criação de campanhas de sensibilização adequadas sobre o CCU e rastreio, assim como de iniciativas fora do setor da saúde que visem a divulgação de informação adaptada a cada cultura, pode contribuir para colmatar essa barreira. As formações dirigidas aos profissionais de saúde podem ser benéficas para garantir que a informação sobre o CCU e o rastreio é eficazmente transmitida e reconhecida por parte das migrantes, de modo a promover e incentivar a adesão ao rastreio.ABSTRACT - Background: Cervical Cancer (CC) remains one of the most common cancers among women worldwide. Although cervical cancer screening (CCS) has proven to be effective in reducing mortality burden of CC, low screening rates have been registered, especially among socially disadvantaged populations, including migrants. Lack of knowledge and attitudinal factors towards CC and CCS are among the reasons documented for lower CCS uptake. This study aims to explore knowledge and attitudes of migrant women regarding CC and screening in Portugal. Methods: A qualitative study was conducted through focus groups (FG) with migrant women (MW) (n=23), healthcare professionals (HCP) (n=12) and community workers (CW) (n=10), between July 2020 and November 2021. Data were analysed through a deductive content analysis approach. Results: MW revealed being underinformed about the origin of CC and screening procedure yet were aware of its existence. HCP and CW considered that limited knowledge on CC and screening partially explains lower CCS uptake among MW. HCP and social networks were referred as key actors in delivering accurate information about CC and screening to MW in Portugal. Conclusion: Creating tailored awareness campaigns and culturally adapted information initiatives outside healthcare settings may contribute to overcome this challenge. To meet this need, trainings for HCP may be beneficial to ensure that information about CC and screening is adequately provided and acknowledged by MW and to promote CCS uptake.Dias, SóniaGama, AnaRUNSilva, Joana Frade2024-01-30T15:09:48Z20232023-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/162888TID:203435222porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:45:56Zoai:run.unl.pt:10362/162888Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:59:08.721307Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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