Hepatite C em pessoas com hemofilia: follow-up de longa data de uma coorte unicêntrica portuguesa
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Data de Publicação: | 2021 |
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Resumo: | Resumo: Introdução: A população de doentes com hemofilia (DCH) representa uma população com alta prevalência de infeção pelo vírus da hepatite C (VHC), atendendo à utilização passada de derivados sanguíneos contaminados. Apesar de os objetivos terapêuticos nesta população serem semelhantes aos da população geral, estudos de vida real com follow-up de longa data são ainda escassos. O nosso objetivo consistiu em avaliar os outcomes infeção VHC, bem como, os resultados da terapêutica antivírica nos DCH. Métodos: Foi avaliada retrospetivamente uma coorte unicêntrica de DCH com positividade para anti-VHC. Os outcomes registados foram a ocorrência de clearance espontâneo, resposta virológica sustentada (RVS), desenvolvimento de doença hepática terminal e mortalidade. Resultados: De 131 DCH, 73 (55.7%) apresentavam positividade para o anticorpo VHC. Durante um follow-up médio de 22 anos, 46 doentes (63.9%) desenvolveram hepatite crónica C, 16 (34.8%) dos quais com desenvolvimento de cirrose. Trinta e quatro DCH foram tratados, a maioria (n = 32) exposta previamente a regimes baseados no interferão (IFN) com RVS de 40.6%. Antivíricos de ação direta foram utilizados em 14 doentes experimentados a IFN e 2 naïves com uma taxa de RVS geral de 100%. Morte foi observada em 17 doentes (23.3%), apenas 4 relacionadas à doença hepática. Destes nenhum tinha atingido RVS. Conclusões: Descrevemos os outcomes de uma coorte portuguesa de DCH e VHC após duas décadas de follow-up, mostrando uma mortalidade inferior à previamente descrita. As taxas de RVS mostradas foram comparáveis com as da população geral salientando a importância do tratamento precoce. |
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Hepatite C em pessoas com hemofilia: follow-up de longa data de uma coorte unicêntrica portuguesaHepatite C crónicaAntivíricos de ação diretaDoença hepática terminalHemofilia AHemofilia BResumo: Introdução: A população de doentes com hemofilia (DCH) representa uma população com alta prevalência de infeção pelo vírus da hepatite C (VHC), atendendo à utilização passada de derivados sanguíneos contaminados. Apesar de os objetivos terapêuticos nesta população serem semelhantes aos da população geral, estudos de vida real com follow-up de longa data são ainda escassos. O nosso objetivo consistiu em avaliar os outcomes infeção VHC, bem como, os resultados da terapêutica antivírica nos DCH. Métodos: Foi avaliada retrospetivamente uma coorte unicêntrica de DCH com positividade para anti-VHC. Os outcomes registados foram a ocorrência de clearance espontâneo, resposta virológica sustentada (RVS), desenvolvimento de doença hepática terminal e mortalidade. Resultados: De 131 DCH, 73 (55.7%) apresentavam positividade para o anticorpo VHC. Durante um follow-up médio de 22 anos, 46 doentes (63.9%) desenvolveram hepatite crónica C, 16 (34.8%) dos quais com desenvolvimento de cirrose. Trinta e quatro DCH foram tratados, a maioria (n = 32) exposta previamente a regimes baseados no interferão (IFN) com RVS de 40.6%. Antivíricos de ação direta foram utilizados em 14 doentes experimentados a IFN e 2 naïves com uma taxa de RVS geral de 100%. Morte foi observada em 17 doentes (23.3%), apenas 4 relacionadas à doença hepática. Destes nenhum tinha atingido RVS. Conclusões: Descrevemos os outcomes de uma coorte portuguesa de DCH e VHC após duas décadas de follow-up, mostrando uma mortalidade inferior à previamente descrita. As taxas de RVS mostradas foram comparáveis com as da população geral salientando a importância do tratamento precoce.Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia2021-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000200079GE-Portuguese Journal of Gastroenterology v.28 n.2 2021reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2341-45452021000200079Guedes,Tiago PereiraGarrido,MónicaMagalhães,Ricardo KuttnerMoreira,TeresaRocha,MartaMaia,LuísFerreira,José ManuelMorais,SaraPedroto,Isabelinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:34:09Zoai:scielo:S2341-45452021000200079Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:36:14.150126Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Resumo: Introdução: A população de doentes com hemofilia (DCH) representa uma população com alta prevalência de infeção pelo vírus da hepatite C (VHC), atendendo à utilização passada de derivados sanguíneos contaminados. Apesar de os objetivos terapêuticos nesta população serem semelhantes aos da população geral, estudos de vida real com follow-up de longa data são ainda escassos. O nosso objetivo consistiu em avaliar os outcomes infeção VHC, bem como, os resultados da terapêutica antivírica nos DCH. Métodos: Foi avaliada retrospetivamente uma coorte unicêntrica de DCH com positividade para anti-VHC. Os outcomes registados foram a ocorrência de clearance espontâneo, resposta virológica sustentada (RVS), desenvolvimento de doença hepática terminal e mortalidade. Resultados: De 131 DCH, 73 (55.7%) apresentavam positividade para o anticorpo VHC. Durante um follow-up médio de 22 anos, 46 doentes (63.9%) desenvolveram hepatite crónica C, 16 (34.8%) dos quais com desenvolvimento de cirrose. Trinta e quatro DCH foram tratados, a maioria (n = 32) exposta previamente a regimes baseados no interferão (IFN) com RVS de 40.6%. Antivíricos de ação direta foram utilizados em 14 doentes experimentados a IFN e 2 naïves com uma taxa de RVS geral de 100%. Morte foi observada em 17 doentes (23.3%), apenas 4 relacionadas à doença hepática. Destes nenhum tinha atingido RVS. Conclusões: Descrevemos os outcomes de uma coorte portuguesa de DCH e VHC após duas décadas de follow-up, mostrando uma mortalidade inferior à previamente descrita. As taxas de RVS mostradas foram comparáveis com as da população geral salientando a importância do tratamento precoce. |
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