O impacte da poluição dos recursos hídricos da bacia hidrográfica do Rio Ave, na qualidade ambiental da região

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neves, Francisco José de Magalhães
Data de Publicação: 1994
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/12010
Resumo: Introdução - O Meio Ambiente como Fonte de Recursos - É ao meio ambiente, que o Homem vai buscar os recursos de que necessita no seu dia a dia, ou seja: o ar puro, a água, os alimentos e ainda as matérias primas e a energia indispensáveis ao seu desenvolvimento. Não pode, no entanto, esquecer que apenas uma pequena parte destes recursos é renovável, sendo cada vez mais pertinente uma questão que envolve o globo terrestre, como ecossistema global: Como atingir, caso isso seja possível, um equilíbrio dinâmico entre o Homem e o Meio Ambiente em que aquele se insere, de modo a evitar a progressiva escassez e exaustão, dos recursos naturais não renováveis? A Interacção Homem - Recursos Naturais. Ao longo dos séculos, enquanto o número de seres humanos foi reduzido e baixa a densidade populacional, o homem sempre se adaptou aos ecossistemas existentes e conservou a Natureza, utilizando-a sem a destruir. O seu impacto nas comunidades biológicas em que vivia, não era muito diferente do de outras espécies de camívoros ou de omnívoros. Todavia, à medida que se acelererava o crescimento industrial e urbano, na sua relação com o meio, passou a preocupar-se cada vez menos com o equilíbrio natural. O homem ocidental e as populações dos outros continentes que com ele contactaram, na sua feroz conquista de espaço e de recursos, foram esquecendo as suas ancestrais dependências em relação ao ambiente natural onde se desenvolveram. O crescimento económico, que devia assegurara abundância e o bem-estar de todos, não consegue satisfazer as necessidades que entretanto foram criadas. Só depois de ocorrerem alguns desastres ecológicos, resultantes da rotura do equilíbrio natural, as sociedades mais progressivas, que entretanto haviam obtido grandes triunfos tecnológicos, sentem os primeiros sintomas de mal-estar, físico e psíquico. Foi então que o homem voltou a recordar-se de que é apenas um elemento das cadeias ecológicas da Biosfera e que o ar, a água, o solo, a flora e a fauna saudáveis, constituem um património natural que é essencial para a sobrevivência e bem-estar da nossa geração e das gerações futuras. A manutenção do equilíbrio do quadro natural e a sua transmissão integral devem constitui tarefas políticas prioritárias em todo o planeta, sob pena de surgirem problemas de destruição do legado histórico-cultural, extinção de espécies, desertificação, etc. O ambiente global, à escala do planeta, é um bem colectivo e inalienável, que não pode estar à mercê dos arautos do progresso por qualquer preço, que só poderá conduzir ao esgotamento dos recursos naturais, necessariamente escassos.
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