A melancolia do poder: representações e imagens de D. Maria I, a Piedosa (1734-1799)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Necho, Ana Catarina Pinheiro dos Santos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/7934
Resumo: Tese de mestrado, História Moderna e Contemporânea, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012
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spelling A melancolia do poder: representações e imagens de D. Maria I, a Piedosa (1734-1799)Maria I, Rainha de Portugal, 1734-1816 - Saúde mentalPortugal - História - séc.18-19Teses de mestrado - 2012Tese de mestrado, História Moderna e Contemporânea, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012Esta dissertação incide no estudo da doença «melancólica» de D. Maria I. Para tal tivemos que expor todos os acontecimentos desde a infância, os traços de personalidade, que na altura já revelava como a «tristeza» e a «melancolia», que a diferenciava da restante Família Real. Quando se torna rainha, em Maio de 1777, duas situações começam a perturbá-la: a reabilitação dos presos pelo crime de lesa-majestade e o processo contra o Marquês de Pombal. A partir de 1781, dão-se sucessivas mortes no seio da família real: a rainha perde a sua mãe, D. Mariana Vitória. Em 1786, perde o seu tio e esposo, D. Pedro III e estas duas mortes vão deixá-la muito fragilizada. Mas, o ano de 1788, torna-se penoso, visto que a rainha perde o seu filho primogénito, D. José, herdeiro ao trono, a sua filha D. Mariana Victória, o seu genro, D. Gabriel, o seu neto, filho de ambos. Ainda nesse ano perde o seu grande auxílio, o seu confessor Frei Inácio de S. Caetano, e por último, a morte ainda levou o seu tio, Carlos III, com quem trocava regularmente correspondência. Todavia, em 1789 sucede ainda a Revolução Francesa, que deixa a rainha muito abalada, sobretudo com a morte da Família Bourbon, em 1792. Nesse mesmo ano, devido aos sintomas que a rainha apresentava, foi designada uma junta de notabilidades médicas, pela saúde de D. Maria I. Esta considerou que a rainha não se encontrava capaz de reinar. Em 1792, o príncipe D. João tomou o exercício da administração pública. E em 1799, sete anos depois, o príncipe torna-se regente do reino sem convocação de cortes. O facto é que segundo a análise médica actual, que foi realizada, confirma que D. Maria I não era Louca, como hipóteses sofria segundo a documentação da época, de um Síndrome Depressivo e de uma Depressão Histérica, não retirando a hipótese de crises epilépticas do tipo Grande Mal.Abstract: This thesis is about the study of the «melancholic» ailment of Queen Mary I. Therefore we were obliged to account for all important events in the life of the Queen, since her childhood, to her personality traits, which were already portrayed as «sad» and «melancholic» at very early age, and which set her apart from the rest of the Royal Family. Upon becoming Queen, in May 1777, two events started disturbing her: the rehabilitation of those imprisoned for the crimes of lèse-majesté and the proceedings against the Marquis of Pombal. As from 1781, there were several deaths admist the Royal Family: the Queen lost her mother, D. Mariana Victória. In 1786, she lost her uncle and spouse, King Peter III, and these two deaths debilitated her. However, the year 1788 became a burden, for the Queen lost her first-born son, D. José, heir to the throne, her daughter D. Mariana Victória, her son-in-law, D. Gabriel, and her grandson, son of both. Still that year, she lost her great mentor, her confessor Br. Inácio de S. Caetano, and finally, death took her uncle, King Charles III, with whom she regulary exchanged letters. However, in 1789, the French Revolution took place, deeply affecting her, especially with the death of the Bourbon Family, in 1792. In that same year, due to the symptoms the Queen already had, a committee of notable physicans was summoned to treat Queen Mary I. This committee considered the Queen incapable of reigning. In 1792, Prince John took over public administration. Seven years later, in 1799, the Prince became regent of the kingdom without need of summoning the court. The fact is that, according to the current medical analysis, which was carried out, it is confirmed that Queen Mary I was not Demented, instead she may have suffered, according to the documents at the time, of a Depressive Syndrome and of a Hysterical Depression, and maybe tonic-clonic epilepsy seizures.Lourenço, Maria Paula Marçal,1961-Repositório da Universidade de LisboaNecho, Ana Catarina Pinheiro dos Santos2013-03-08T16:02:59Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/7934porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:51:30Zoai:repositorio.ul.pt:10451/7934Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:32:37.222262Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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