A influência da gestão operacional na performance financeira das PME Portuguesas

• Autor(a) principal: Nunes, Rúben Nascimento
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/11111
• topic: PME portuguesas; Performance financeira

As equipas de gestão têm como principal objetivo obter os melhores resultados possíveis, procurando utilizar os recursos que têm disponíveis da forma mais eficiente possível, conduzindo a melhorias continuas dos seus processos. Desta forma, é essencial que as empresas se foquem em fazer um bom planeamento da sua atividade, se organizem internamente para garantir o melhor serviço/produto, procurando, como referido, a maximização dos resultados e a garantia da sustentabilidade da empresa a curto, médio e a longo prazo. Atualmente, as empresas enfrentam inúmeras dificuldades para entrar no mercado, manter quota e conquistar novos clientes, e a concorrência tem-se tornando cada vez mais forte e diversificada, fruto de diversos fatores como, por exemplo, a globalização e a massificação da tecnologia como parte importante do mundo transacional. A gestão operacional, e todas as restantes atividades que com ela interagem no interior na empresa, bem como na sua imagem para o exterior, assumem-se como um fator muito importante na gestão das organizações. Assim, as empresas são forçadas a adotar políticas de gestão financeira de curto prazo que garantam bons rácios de rendibilidade e ainda rácios de liquidez que lhes permita honrar, em tempo útil, os seus compromissos. As empresas têm vindo a procurar diversas alternativas para atingir a rendibilidade de forma sustentada, sobretudo no que diz respeito ao seu quotidiano, visto que, a qualquer momento, uma externalidade poderá alterar o funcionamento da empresa e a sua rendibilidade, sendo essencial perceber de imediato onde se pode e deve ajustar. Mesmo retirando as externalidades inerentes a qualquer empresa, não nos é possível afirmar que alguma empresa esteja, em qualquer momento, no expoente máximo da sua eficiência e rendibilidade. A presente investigação tem como principal objetivo compreender a influência que a gestão operacional tem no desempenho financeiro, expresso pelo EBIDTA. Para o efeito, a metodologia utilizada foi a de dados em painel de séries temporais pelo modelo dos efeitos fixos, para uma amostra de 80 pequenas e médias empresas portuguesas no período compreendido entre 2009 e 2018. Assim, foram analisadas, através da estimação de dois modelos, as relações entre o EBITDA e o prazo médio de pagamentos (PMP), prazo médio de recebimentos (PMR), prazo médio de stocks (PMS), ciclo de conversão de caixa (CCC), liquidez geral (LG), estrutura de endividamento (Endiv) e Debt-to-Equity (Debt). Através do estudo destas variáveis, os objetivos deste estudo passam por compreender se as variáveis independentes elencadas acima revelam uma relação significativa com o EBITDA. Os resultados obtidos nesta investigação permitiram concluir que o EBITDA das PME Portuguesas é fortemente influenciado por alguns dos rácios de curto prazo, tendo sido possível compreender que existe uma relação negativa entre o Prazo Médio de Pagamentos e o EBITDA, bem como uma relação positiva entre a dimensão da empresa, a liquidez geral e a estrutura de endividamento. Contudo, não se verificou a existência de relação significativa entre o prazo médio de recebimentos, prazo médio de stocks, Ciclo de conversão de caixa ou debt-to-equity com a performance financeira destas empresas.