O exercício da parentalidade materna em vítimas de violência doméstica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/9035 |
Resumo: | Embora a violência doméstica seja um problema social significativo, que continua a receber atenção do setor público e privado, os programas de intervenção e tratamento carecem ainda de maior investimento e abrangência . Além das consequências que a violênci a doméstica conjugal tem sobre a saúde física e mental da mulher, interfere também no exercício da sua parentalidade e na relação emocional com os seus filhos O presente estudo de caráter quantitativo, descritivo e correlacional tem como objetivo compreender de que forma a violência doméstica conjugal pode afetar o exercício da parentalidade pelas mães vítimas de violência doméstica. Para esse efeito, foi selecionada uma amostra de 60 mulheres mães 30 vítimas e 30 não vítimas de violência doméstica, numa região norte de Portugal a grande maioria casadas. Para a recolha de dados foram utilizados vários instrumentos: um questionário sociodemográfico, o Inventário de Violência Conjugal (IVC) e o EMBU para Pais (EMBU P). Os dados foram tratados utilizando a estatística descritiva, correlacional e diferencial. Os resultados indicaram que os dois grupos de mulheres se distinguem no que se refere à experiência de condutas de violência no relacionamento íntimo, sendo que o gru po de mulheres vítimas experiencia todo o tipo de atos violentos, salientando se os comportamentos emocionais abusivos Verificou se também que uma das dimensões do EMBU P, Rejeição, apresenta uma relação linear com a exp eriência de vitimação. Sobre as diferenças nos estilos parentais educativos do grupos de mães vítimas e não v í timas de violência , observaram se diferenças significativas no que se refere ao suporte emocional oferecido e aos níveis de rejeição, sendo que as mães que experienciar am violência doméstica são as que oferecem menores níveis de suporte aos filhos e apresentam maiores níveis de rejeição dos filhos No geral pode concluir se que a experiência de violência inter fere com o exercício da maternidade, mas verifica se também qu e as mulheres vítimas revelam capacidade na interação materna e vontade de fazer mudanças na relação de afeto com o seu filho , destacando se a importância de se interv ir junto destas famílias. |
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Para esse efeito, foi selecionada uma amostra de 60 mulheres mães 30 vítimas e 30 não vítimas de violência doméstica, numa região norte de Portugal a grande maioria casadas. Para a recolha de dados foram utilizados vários instrumentos: um questionário sociodemográfico, o Inventário de Violência Conjugal (IVC) e o EMBU para Pais (EMBU P). Os dados foram tratados utilizando a estatística descritiva, correlacional e diferencial. Os resultados indicaram que os dois grupos de mulheres se distinguem no que se refere à experiência de condutas de violência no relacionamento íntimo, sendo que o gru po de mulheres vítimas experiencia todo o tipo de atos violentos, salientando se os comportamentos emocionais abusivos Verificou se também que uma das dimensões do EMBU P, Rejeição, apresenta uma relação linear com a exp eriência de vitimação. Sobre as diferenças nos estilos parentais educativos do grupos de mães vítimas e não v í timas de violência , observaram se diferenças significativas no que se refere ao suporte emocional oferecido e aos níveis de rejeição, sendo que as mães que experienciar am violência doméstica são as que oferecem menores níveis de suporte aos filhos e apresentam maiores níveis de rejeição dos filhos No geral pode concluir se que a experiência de violência inter fere com o exercício da maternidade, mas verifica se também qu e as mulheres vítimas revelam capacidade na interação materna e vontade de fazer mudanças na relação de afeto com o seu filho , destacando se a importância de se interv ir junto destas famílias.Although domestic violence is a significant social problem, which continues to receive attention from the public and private sectors, intervention and treatment programs still require greater inve stment and scope. In addition to the consequences that domestic conjugal violence has on the woman's physical and mental health, it also interferes in the exercise of her parenting and in the emotional relationship with her children. The present study, quantitative, descriptive and correlational, aims to understand how domestic conjugal violence can affect the exercise of parenting by mothers who are victims of domestic violence. For this purpose, a sample of 60 women, mothers, 30 victims and 30 non-victims of domestic violence were selected in a northern region of Portugal. For data collection, several instruments were used: a sociodemographic questionnaire, the Conjugal Violence Inventory (IVC) and the EMBU for Parents (EMBU-P). The data were treated using descriptive, correlational and differential statistics. The results indicated that the two groups of women are distinguished with regard to the experience of violence actions in intimate relationships, with the group of women victims experiencing all kinds of violent acts, with emphasis on abusive emotional behaviors. It was also found that one of the dimensions of the EMBU-P, Rejection, has a linear relationship with the victimization experience. Regarding the differences in the educational parenting styles of the groups of victims and non-victims of violence, significant differences were observed in terms of the emotional support offered and the levels of rejection. Mothers who experienced domestic violence offer the lowest levels of support for children and have higher levels of rejection towards their children. In general, it can be concluded that the experience of violence interferes with the exercise of motherhood, but it is also verified that the victimized women reveal their capacity for maternal interaction and willingness to make changes in the relationship of affection with their child, highlighting the importance of intervening in these families.Sani, Ana IsabelRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaRocha, Raquel Sofia Ferreira2020-10-09T08:52:20Z2020-09-232020-09-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/9035TID:202724077pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-20T02:01:43Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/9035Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:45:54.600131Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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