Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo Vouga
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/7935 |
Resumo: | Dirofilaria immitis é o nematode responsável pela dirofilariose cardiopulmonar canina. Além dos cães, este parasita pode infetar outros mamíferos, como são exemplos o gato e o homem. A dirofilariose cardiopulmonar canina é uma doença de distribuição mundial, sendo considerada endémica em Portugal continental e no arquipélago da Madeira. Este nematode possui um ciclo de vida complexo, necessitando de um hospedeiro intermediário (culicídeos dos géneros Aedes, Anopheles e Culex) e de um hospedeiro definitivo (cão e algumas outras espécies) para completar todas as fases do ciclo. É no hospedeiro intermediário que as microfilárias (L1) se desenvolvem até à forma infetante (L3), mas apenas no hospedeiro definitivo ocorre o desenvolvimento até vermes adultos (L5). A forma adulta aloja-se, particularmente, no ventrículo direito e na artéria pulmonar, causando a dirofilariose cardiopulmonar. A dirofilariose cardiopulmonar não tem manifestações clínicas específicas, mas os sinais clínicos, quando presentes, devem conduzir a uma suspeita e consecutiva realização dos testes de diagnóstico em regiões endémicas. Contudo, constitui uma manifestação subclínica na maioria dos casos. O diagnóstico pode ser feito pela pesquisa de antigénios de Dirofilaria, pesquisa de microfilárias e por alterações observadas a nível radiográfico ou ecocardiográfico. O tratamento desta doença é complexo, dado o ciclo de vida deste parasita. Consoante o estado larvar da carga parasitária do animal, é escolhido um tratamento microfilaricida ou adulticida. Apesar da segurança destes tratamentos, a terapia adulticida pode causar reações adversas como é o caso do tromboembolismo pulmonar. A severidade da doença atribui especial importância à quimioprofilaxia, a qual está indicada para todos os cães residentes em áreas endémicas e é considerada o melhor método para prevenção da dirofilariose. Neste trabalho foi realizado um estudo de dirofilariose cardiopulmonar canina na sub-região do Baixo Vouga, no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015. Para isso foram recolhidas todas as fichas clínicas dos cães submetidos aos testes de diagnóstico de dirofilariose no Hospital Veterinário do Baixo Vouga, no período de tempo citado. Foi elaborado um estudo percentual do número de casos positivos (6%) e estudados os sinais clínicos apresentados, assim como os meios de diagnóstico e protocolo de tratamento escolhido para cada caso. Apenas um dos casos positivos não foi submetido ao protocolo de tratamento elaborado pela “American Heartworm Society”. Não foram observadas reações adversas em nenhum dos casos clínicos, no entanto existiu falta de informação em três dos cinco casos. Com este estudo foi possível realçar a endemicidade de dirofilariose na sub-região do Baixo Vouga, o que requer uma crescente sensibilização da população humana para a importância da quimioprofilaxia, de forma a diminuir a transmissão do agente causador desta doença. |
id |
RCAP_32fa6468a53b2e8f9aaade5fc80bdd9d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.utad.pt:10348/7935 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo VougaCãesDoença cardiopulmonarDirofilarioseSub-Região do Baixo Vouga (Distrito de Aveiro, Portugal)Infeção por nemátodosDirofilaria immitisMicrofiláriasDirofilaria immitis é o nematode responsável pela dirofilariose cardiopulmonar canina. Além dos cães, este parasita pode infetar outros mamíferos, como são exemplos o gato e o homem. A dirofilariose cardiopulmonar canina é uma doença de distribuição mundial, sendo considerada endémica em Portugal continental e no arquipélago da Madeira. Este nematode possui um ciclo de vida complexo, necessitando de um hospedeiro intermediário (culicídeos dos géneros Aedes, Anopheles e Culex) e de um hospedeiro definitivo (cão e algumas outras espécies) para completar todas as fases do ciclo. É no hospedeiro intermediário que as microfilárias (L1) se desenvolvem até à forma infetante (L3), mas apenas no hospedeiro definitivo ocorre o desenvolvimento até vermes adultos (L5). A forma adulta aloja-se, particularmente, no ventrículo direito e na artéria pulmonar, causando a dirofilariose cardiopulmonar. A dirofilariose cardiopulmonar não tem manifestações clínicas específicas, mas os sinais clínicos, quando presentes, devem conduzir a uma suspeita e consecutiva realização dos testes de diagnóstico em regiões endémicas. Contudo, constitui uma manifestação subclínica na maioria dos casos. O diagnóstico pode ser feito pela pesquisa de antigénios de Dirofilaria, pesquisa de microfilárias e por alterações observadas a nível radiográfico ou ecocardiográfico. O tratamento desta doença é complexo, dado o ciclo de vida deste parasita. Consoante o estado larvar da carga parasitária do animal, é escolhido um tratamento microfilaricida ou adulticida. Apesar da segurança destes tratamentos, a terapia adulticida pode causar reações adversas como é o caso do tromboembolismo pulmonar. A severidade da doença atribui especial importância à quimioprofilaxia, a qual está indicada para todos os cães residentes em áreas endémicas e é considerada o melhor método para prevenção da dirofilariose. Neste trabalho foi realizado um estudo de dirofilariose cardiopulmonar canina na sub-região do Baixo Vouga, no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015. Para isso foram recolhidas todas as fichas clínicas dos cães submetidos aos testes de diagnóstico de dirofilariose no Hospital Veterinário do Baixo Vouga, no período de tempo citado. Foi elaborado um estudo percentual do número de casos positivos (6%) e estudados os sinais clínicos apresentados, assim como os meios de diagnóstico e protocolo de tratamento escolhido para cada caso. Apenas um dos casos positivos não foi submetido ao protocolo de tratamento elaborado pela “American Heartworm Society”. Não foram observadas reações adversas em nenhum dos casos clínicos, no entanto existiu falta de informação em três dos cinco casos. Com este estudo foi possível realçar a endemicidade de dirofilariose na sub-região do Baixo Vouga, o que requer uma crescente sensibilização da população humana para a importância da quimioprofilaxia, de forma a diminuir a transmissão do agente causador desta doença.Dirofilaria immitis is the nematode responsible for heartworm disease. In addition to dogs, this parasite may affect other mammals, such as the cat and human. Heartworm disease has a worldwide distribution and is considered endemic in mainland Portugal and Madeira Island. This nematode has a complex life cycle, requiring an intermediate host (Culicidae of the genus Aedes, Anopheles and Culex) and a definitive host (dog and other species) to complete all phases of the cycle. It is in the intermediate host that the microfilariae (L1) develop until the infecting form (L3), but only in the definitive host occurs the development until adult worms (L5). The adult form is housed, particularly in the right ventricle and pulmonary artery, causing cardiopulmonary disease. The heartworm disease does not have specific clinical manifestations, but clinical signs, when present, should lead to its suspicion and consecutive execution of diagnostic tests in endemic areas. However, it is a subclinical infection in most cases. The diagnosis should be made by the detection of Dirofilaria antigens, search for microfilariae and alterations observed at the radiographic or echocardiographic level. The treatment of this disease is complex due the life cycle of this parasite. Depending on the larval state of the worm burden of the animal, a microfilaricidal treatment or adulticidal is chosen. Despite the safety of these treatments, adulticide therapy can cause adverse reactions such as pulmonary thromboembolism. The severity of the disease attaches particular importance to chemoprophylaxis, which is indicated for all dogs resident in endemic areas and is considered the best method to prevent heartworm disease. In this dissertation, a study of canine heartworm disease was carried out in the Baixo Vouga sub region, from January 1, 2014 to December 31, 2015. All the clinical records of the dogs submitted to the heartworm diagnostic tests were collected at the Hospital Veterinário do Baixo Vouga, in the cited period of time. A percentual study with the number of positive cases (6%) and the clinical signs presented, as well as the means of diagnosis and protocol of treatment chosen for each case were elaborated. Only one of the positive cases was not submitted to the treatment protocol developed by the American Heartworm Society. No adverse reactions have been observed in any of the clinical cases, however there was a lack of information in three of the five cases. With this study, it was possible to highlight the endemicity of heartworm disease in the sub-region of Baixo Vouga, which requires an increasing awareness of the human population to the importance of chemoprophylaxis, in order to reduce the transmission of the agent responsible for this disease.2017-08-18T09:32:16Z2017-08-18T00:00:00Z2017-08-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/7935TID:202030725porCosta, Ana Filipa Couto Faria dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:39:24Zoai:repositorio.utad.pt:10348/7935Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:02:19.514074Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo Vouga |
title |
Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo Vouga |
spellingShingle |
Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo Vouga Costa, Ana Filipa Couto Faria da Cães Doença cardiopulmonar Dirofilariose Sub-Região do Baixo Vouga (Distrito de Aveiro, Portugal) Infeção por nemátodos Dirofilaria immitis Microfilárias |
title_short |
Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo Vouga |
title_full |
Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo Vouga |
title_fullStr |
Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo Vouga |
title_full_unstemmed |
Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo Vouga |
title_sort |
Estudo da prevalência de dirofilariose canina na região do Baixo Vouga |
author |
Costa, Ana Filipa Couto Faria da |
author_facet |
Costa, Ana Filipa Couto Faria da |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa, Ana Filipa Couto Faria da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cães Doença cardiopulmonar Dirofilariose Sub-Região do Baixo Vouga (Distrito de Aveiro, Portugal) Infeção por nemátodos Dirofilaria immitis Microfilárias |
topic |
Cães Doença cardiopulmonar Dirofilariose Sub-Região do Baixo Vouga (Distrito de Aveiro, Portugal) Infeção por nemátodos Dirofilaria immitis Microfilárias |
description |
Dirofilaria immitis é o nematode responsável pela dirofilariose cardiopulmonar canina. Além dos cães, este parasita pode infetar outros mamíferos, como são exemplos o gato e o homem. A dirofilariose cardiopulmonar canina é uma doença de distribuição mundial, sendo considerada endémica em Portugal continental e no arquipélago da Madeira. Este nematode possui um ciclo de vida complexo, necessitando de um hospedeiro intermediário (culicídeos dos géneros Aedes, Anopheles e Culex) e de um hospedeiro definitivo (cão e algumas outras espécies) para completar todas as fases do ciclo. É no hospedeiro intermediário que as microfilárias (L1) se desenvolvem até à forma infetante (L3), mas apenas no hospedeiro definitivo ocorre o desenvolvimento até vermes adultos (L5). A forma adulta aloja-se, particularmente, no ventrículo direito e na artéria pulmonar, causando a dirofilariose cardiopulmonar. A dirofilariose cardiopulmonar não tem manifestações clínicas específicas, mas os sinais clínicos, quando presentes, devem conduzir a uma suspeita e consecutiva realização dos testes de diagnóstico em regiões endémicas. Contudo, constitui uma manifestação subclínica na maioria dos casos. O diagnóstico pode ser feito pela pesquisa de antigénios de Dirofilaria, pesquisa de microfilárias e por alterações observadas a nível radiográfico ou ecocardiográfico. O tratamento desta doença é complexo, dado o ciclo de vida deste parasita. Consoante o estado larvar da carga parasitária do animal, é escolhido um tratamento microfilaricida ou adulticida. Apesar da segurança destes tratamentos, a terapia adulticida pode causar reações adversas como é o caso do tromboembolismo pulmonar. A severidade da doença atribui especial importância à quimioprofilaxia, a qual está indicada para todos os cães residentes em áreas endémicas e é considerada o melhor método para prevenção da dirofilariose. Neste trabalho foi realizado um estudo de dirofilariose cardiopulmonar canina na sub-região do Baixo Vouga, no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2014 e 31 de Dezembro de 2015. Para isso foram recolhidas todas as fichas clínicas dos cães submetidos aos testes de diagnóstico de dirofilariose no Hospital Veterinário do Baixo Vouga, no período de tempo citado. Foi elaborado um estudo percentual do número de casos positivos (6%) e estudados os sinais clínicos apresentados, assim como os meios de diagnóstico e protocolo de tratamento escolhido para cada caso. Apenas um dos casos positivos não foi submetido ao protocolo de tratamento elaborado pela “American Heartworm Society”. Não foram observadas reações adversas em nenhum dos casos clínicos, no entanto existiu falta de informação em três dos cinco casos. Com este estudo foi possível realçar a endemicidade de dirofilariose na sub-região do Baixo Vouga, o que requer uma crescente sensibilização da população humana para a importância da quimioprofilaxia, de forma a diminuir a transmissão do agente causador desta doença. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-08-18T09:32:16Z 2017-08-18T00:00:00Z 2017-08-18 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10348/7935 TID:202030725 |
url |
http://hdl.handle.net/10348/7935 |
identifier_str_mv |
TID:202030725 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137108096450560 |