Humbaba (Huwawa), o terrível : o mito e o simbolismo por trás da figura mitológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Claro, Ana Sofia Lopes de Sousa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/13362
Resumo: Desafiámo-nos a trabalhar Humbaba (Huwawa), um terrível monstro mitológico, presente na Epopeia de Gilgameš (Tabuinhas II-V). O que se pretende com esta dissertação é analisar e compreender, a densidade simbólica em torno da importante figura mítica de Humbaba (Huwawa) da mitologia suméria. Os académicos conhecem no melhor pela sua presença na Epopeia de Gilgameš. Humbaba (Huwawa) um monstro terrível, um gigante, mas com o estatuto de guardião de um espaço sagrado. Quem é Humbaba, quem o criou, qual a sua função, qual a sua intenção e qual a sua representação. Pretendemos compreender, o porquê da necessidade de desafiar este monstro, resultando na sua morte, e perceber o respetivo resultado dessa morte, ou seja, o que ela realmente pode significar. Pretendemos compreender a relação, entre a morte de Humbaba, com a Revolução Neolítica (ou com o homo faber e a necessidade do domínio da natureza e da agricultura, como pano de fundo). Abordaremos a importância deste trio: Humbaba, Gilgameš e Enkidu, de forma a perceber, todo o enredo desde a relação Gilgameš e Enkidu, passando pelo desejo de se deslocarem à Floresta dos Cedros, o plano arriscado de aniquilação do guardião desse espaço sagrado, e o resultado desse encontro, assim como as suas consequências. Isto porque não falamos de uma floresta qualquer, e não falamos de um gigante, um monstro guardião qualquer. Humbaba (Huwawa) seria muito mais que isso, foi criado por um deus supremo, Enlil, tornando-o absolutamente legítimo de existir, e com um propósito. O que realmente morre, após esta ação dramática cometida pelo “Pastor de Uruk” e o seu companheiro Enkidu? Qual a dimensão dessa luta entre o herói (semi-deus), o homem selvagem (entretanto civilizado por Šamhat) e o gigante guardião, legítimo e crucial no espaço sagrado que protegia?
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