Caracterização do papel da adrenalina na maturação dos adrenorreceptores B2
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/700 |
Resumo: | As respostas pós-juncionais mediadas por adrenorreceptores β2 (ARβ2), responsáveis pelo relaxamento do músculo liso, na veia safena do cão, estão ausentes à nascença. Pelo contrário, no rato recém-nascido já se verifica a estimulação da adenilil ciclase pela activação dos ARβ2. Não existem ainda estudos no coelho recém-nascido. O principal objectivo deste trabalho é avaliar as respostas pós-juncionais mediadas pelos ARβ2 em coelhos recém-nascidos e jovens e relacionar essas respostas com a adrenalina produzida nas glândulas supra-renais. Traçaram-se curvas de dose-resposta à isoprenalina (agonista β) utilizando-se anéis de aorta montados em banho de órgãos isolados ligado a um transdutor de força isométrica. As catecolaminas das supra-renais foram quantificadas por RP-HPLC-ED. Em aortas pré-contraídas com fenilefrina (agonista α1), a isoprenalina causou relaxamento total apenas em coelhos recém-nascidos (n=10). O relaxamento máximo nos coelhos jovens foi de 21±4% (n=23). A potência da isoprenalina foi maior nos recém-nascidos (EC50=1.15×10-8±7.2×10-10 M, n=10) do que nos coelhos jovens (EC50=1.29×10-7 ±4.7×10-9 M, n=23). O relaxamento máximo com isoprenalina, em aortas pré-contraídas com prostaglandina F2α (PGF2α), no grupo de coelhos recém-nascidos foi de 95±3.6% (n=16). O relaxamento máximo nos coelhos jovens foi de 43.7±8.6% (n=9). Na pré-contracção com PGF2α a potência da isoprenalina registou-se maior nos recémnascidos (EC50=9.59×10-9±4.0×10-10 M, n=16) do que nos coelhos jovens (EC50=2.13×10- 8±3.8×10-9 M, n=9), estando concordante com os resultados da pré-contracção com fenilefrina. Nas supra-renais dos recém-nascidos, o conteúdo de noradrenalina foi de 586±128 nmol/mg e da adrenalina foi de 1915±356 nmol/mg (n=4) e nos coelhos jovens foi de 112±12 nmol/mg e de 3644±403 nmol/mg (n=6), respectivamente. As respostas mediadas por ARβ2 no coelho desenvolvem-se mais cedo do que no cão, pois já estão presentes no nascimento. Tal como no rato, no coelho a adrenalina é já a catecolamina em maior quantidade à nascença, enquanto no cão é vestigial. Há uma relação temporal entre a síntese da adrenalina, a única catecolamina biogénica com alta afinidade para os ARβ2 e a maturação das respostas pós-juncionais mediadas por esses receptores. Um protocolo para experiências futuras destinadas a testar esta hipótese, com base no knockdown da Feniletanolamina-N-metiltransferase por RNAi foi elaborado e incluído neste documento. |
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Caracterização do papel da adrenalina na maturação dos adrenorreceptores B2AdrenalinaAdrenorreceptor β2RelaxamentoRNA interferênciaFeniletanolamina-N-metiltransferaseAdrenalineβ2-AdrenoceptorInterference RNAPhenylethanolamine-N-methyltransferaseAs respostas pós-juncionais mediadas por adrenorreceptores β2 (ARβ2), responsáveis pelo relaxamento do músculo liso, na veia safena do cão, estão ausentes à nascença. Pelo contrário, no rato recém-nascido já se verifica a estimulação da adenilil ciclase pela activação dos ARβ2. Não existem ainda estudos no coelho recém-nascido. O principal objectivo deste trabalho é avaliar as respostas pós-juncionais mediadas pelos ARβ2 em coelhos recém-nascidos e jovens e relacionar essas respostas com a adrenalina produzida nas glândulas supra-renais. Traçaram-se curvas de dose-resposta à isoprenalina (agonista β) utilizando-se anéis de aorta montados em banho de órgãos isolados ligado a um transdutor de força isométrica. As catecolaminas das supra-renais foram quantificadas por RP-HPLC-ED. Em aortas pré-contraídas com fenilefrina (agonista α1), a isoprenalina causou relaxamento total apenas em coelhos recém-nascidos (n=10). O relaxamento máximo nos coelhos jovens foi de 21±4% (n=23). A potência da isoprenalina foi maior nos recém-nascidos (EC50=1.15×10-8±7.2×10-10 M, n=10) do que nos coelhos jovens (EC50=1.29×10-7 ±4.7×10-9 M, n=23). O relaxamento máximo com isoprenalina, em aortas pré-contraídas com prostaglandina F2α (PGF2α), no grupo de coelhos recém-nascidos foi de 95±3.6% (n=16). O relaxamento máximo nos coelhos jovens foi de 43.7±8.6% (n=9). Na pré-contracção com PGF2α a potência da isoprenalina registou-se maior nos recémnascidos (EC50=9.59×10-9±4.0×10-10 M, n=16) do que nos coelhos jovens (EC50=2.13×10- 8±3.8×10-9 M, n=9), estando concordante com os resultados da pré-contracção com fenilefrina. Nas supra-renais dos recém-nascidos, o conteúdo de noradrenalina foi de 586±128 nmol/mg e da adrenalina foi de 1915±356 nmol/mg (n=4) e nos coelhos jovens foi de 112±12 nmol/mg e de 3644±403 nmol/mg (n=6), respectivamente. As respostas mediadas por ARβ2 no coelho desenvolvem-se mais cedo do que no cão, pois já estão presentes no nascimento. Tal como no rato, no coelho a adrenalina é já a catecolamina em maior quantidade à nascença, enquanto no cão é vestigial. Há uma relação temporal entre a síntese da adrenalina, a única catecolamina biogénica com alta afinidade para os ARβ2 e a maturação das respostas pós-juncionais mediadas por esses receptores. Um protocolo para experiências futuras destinadas a testar esta hipótese, com base no knockdown da Feniletanolamina-N-metiltransferase por RNAi foi elaborado e incluído neste documento.The postjunctional β2-adrenoceptor (β2AR) mediated responses, responsible for smooth muscle relaxation, of the canine saphenous vein are absent at birth. On the contrary, in newborn rats, adenilil ciclase stimulation by β2AR activation is already present. The aim of this work is to evaluate postjunctional β2AR mediated responses in newborn and young rabbits and to relate those responses with catecolamine content in the adrenal gland. Doseresponse curves to isoprenaline (β agonist) were determined in aorta rings mounted in isolated-organ baths connected to isometric force transducers. Adrenaline and noradrenaline were extracted by adsorption on alumina (Al2O3) process. Catecholamines from the adrenal gland were analysed by RP-HPLC-ED. In phenylephrine (α1 agonist) precontracted aortas, isoprenaline caused complete relaxation in newborns, only (n=10). The maximal relaxation in young rabbits was 21±4% (n=23). The isoprenaline potency was higher in newborn (EC50=1.15×10-8±7.2×10-10 M, n=10) than in young rabbits (EC50=1.29×10-7 ±4.7×10-9 M, n=23). Total relaxation with isoprenaline, in prostaglandin F2α pre-contracted aortas, was 95±3.6% (n=16) in newborn and 43.7±8.6% (n=9) in young rabbits. In PGF2α pre-contracted aortas, isoprenaline potency was also higher in newborn (EC50=9.59×10-9±4.0×10-10 M, n=16) than in young rabbits (EC50=2.13×10-8±3.8×10-9 M, n=9) being in agreement with the results obtained using phenylephrine as a pre-contractor. In the adrenal gland of newborns, noradrenaline content was 586±128 nmol/mg and adrenaline was 1915±356 nmol/mg (n=4). In young rabbits noradrenaline was 112±12 nmol/mg, and adrenaline was 3644±403 nmol/mg (n=6). It was concluded that postjunctional β2AR mediated responses in rabbits develop earlier than in dogs, and are already present at birth. As in rats, adrenaline is already the major catecholamine in the adrenal glands of rabbits at birth, whereas in dogs adrenaline is absent. There is a parallel time-course between postnatal synthesis of adrenaline, the only biogenic catecholamine with high affinity to β2AR, and the development of postjunctional responses mediated by those receptors. A plan for future experiments to test this hypothesis by the knockdown of Phenylethanolamine-N-methyltransferase (PNMT) using iRNA has been developed and included in this document.Instituto Politécnico do Porto. Escola Superior de Tecnologia da Saúde do PortoRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoMendes, Priscila2012-09-26T14:00:31Z20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/700porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:40:16Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/700Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:22:08.958543Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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