A Ciência Política e a Crise da Democracia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-20782020000100069 |
Resumo: | Resumo O artigo explora as conexões entre a Ciência Política e a democracia diante da atual crise da democracia a nível global. Num momento em que se exige à Ciência Política que lidere a investigação sobre a referida crise, sobre as suas causas e consequências, o artigo desenvolve três argumentos principais e interrelacionados. Em primeiro lugar, defende que, na medida em que a democracia se revelou determinante para o nascimento, autonomização e evolução da Ciência Política nos países ocidentais, tal facto favoreceu o desenvolvimento de uma agenda de investigação claramente comprometida normativamente com a democracia e com a sua promoção. Em segundo lugar, argumenta que tal agenda de investigação desvalorizou largamente a possibilidade de ocorrer uma fragilização da democracia ou mesmo um recuo democrático nas democracias ocidentais. Em terceiro lugar, o artigo advoga que o avanço da crise da democracia em diversos países ocidentais, até recentemente classificados como democracias consolidadas, pode ameaçar o perfil que a Ciência Política enquanto disciplina desenvolveu ao longo de várias décadas no Ocidente. Este aspeto ajuda a compreender a dificuldade em conceber uma Ciência Política neutral e descomprometida normativamente face à democracia. |
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A Ciência Política e a Crise da Democraciaabordagem normativaCiência Políticacrise da democraciademocraciaResumo O artigo explora as conexões entre a Ciência Política e a democracia diante da atual crise da democracia a nível global. Num momento em que se exige à Ciência Política que lidere a investigação sobre a referida crise, sobre as suas causas e consequências, o artigo desenvolve três argumentos principais e interrelacionados. Em primeiro lugar, defende que, na medida em que a democracia se revelou determinante para o nascimento, autonomização e evolução da Ciência Política nos países ocidentais, tal facto favoreceu o desenvolvimento de uma agenda de investigação claramente comprometida normativamente com a democracia e com a sua promoção. Em segundo lugar, argumenta que tal agenda de investigação desvalorizou largamente a possibilidade de ocorrer uma fragilização da democracia ou mesmo um recuo democrático nas democracias ocidentais. Em terceiro lugar, o artigo advoga que o avanço da crise da democracia em diversos países ocidentais, até recentemente classificados como democracias consolidadas, pode ameaçar o perfil que a Ciência Política enquanto disciplina desenvolveu ao longo de várias décadas no Ocidente. Este aspeto ajuda a compreender a dificuldade em conceber uma Ciência Política neutral e descomprometida normativamente face à democracia.OBSERVATÓRIO POLÍTICO2020-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-20782020000100069Political Observer - Revista Portuguesa de Ciência Política v.13 2020reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-20782020000100069Fonseca,Pedroinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:32:38Zoai:scielo:S2184-20782020000100069Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:35:17.512222Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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