Validação concorrente de um questionário de atividade física com acelerometria e pedometria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, Carla
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/11547
Resumo: Introdução: O número de instrumentos utilizados para a avaliação da atividade física (AF) é vasto na literatura, o que pode resultar em algumas dificuldades para o investigador escolher o método mais apropriado. Os métodos de avaliação podem ser categorizados como diretos (como o acelerómetro e pedómetro) ou indiretos (como é o caso dos questionários), e a validade dos instrumentos é considerado o atributo mais importante para a sua aplicação. Objetivo: Testar a validade concorrente de um questionário de avaliação da AF com acelerometria e pedometria. Métodos: A amostra foi constituída por 50 sujeitos, avaliados em 2011 (avaliação basal – 1º momento), aos quais foi aplicado um questionário para avaliação da atividade física e à utilização de um acelerómetro no decorrer de 4 dias consecutivos, por forma a avaliar o seu dispêndio energético habitual. No ano de 2013 (2º momento de avaliação) 30 dos sujeitos foram reavaliados, segundo os mesmos procedimentos, substituindo-se a utilização do acelerómetro pelo pedómetro no decorrer de 7 dias consecutivos. Com o dispêndio energético obtido através dos dois métodos objetivos (acelerómetro e pedómetro) e do questionário (como método indireto), correlacionaram-se os seus valores e testou-se a validade do questionário em questão. Para comparação das médias entre os métodos foi utilizado o teste t student e para testar as correlações aplicou-se a correlação de Sperman. Resultados: O gasto energético (kcal) estimado por acelerómetro foi ligeiramente superior ao estimado pelo auto relato (2505,0 kcal vs. 2320,9 kcal, respetivamente), não havendo diferenças estatisticamente significativas. Entre os dois métodos aplicados na avaliação basal (acelerómetro vs. questionário), observou-se uma correlação elevada (0,8). A energia estimada pelo pedómetro foi também ligeiramente superior à estimada pelo questionário (2495,1 kcal vs. 2478,5kcal respetivamente), não se verificando diferenças estatisticamente significativas entre ambos os métodos (p=0,504). No entanto, o valor de correlação (pedómetro vs. questionário) revelou-se mais baixo (0,4) do que entre os métodos anteriormente referidos. Conclusão: O auto relato é um bom indicador do dispêndio energético habitual, quando comparado com métodos de avaliação direta, como o acelerómetro e o pedómetro. As correlações elevadas encontradas são um bom indicador para utilização do questionário de AF a nível populacional.
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Métodos: A amostra foi constituída por 50 sujeitos, avaliados em 2011 (avaliação basal – 1º momento), aos quais foi aplicado um questionário para avaliação da atividade física e à utilização de um acelerómetro no decorrer de 4 dias consecutivos, por forma a avaliar o seu dispêndio energético habitual. No ano de 2013 (2º momento de avaliação) 30 dos sujeitos foram reavaliados, segundo os mesmos procedimentos, substituindo-se a utilização do acelerómetro pelo pedómetro no decorrer de 7 dias consecutivos. Com o dispêndio energético obtido através dos dois métodos objetivos (acelerómetro e pedómetro) e do questionário (como método indireto), correlacionaram-se os seus valores e testou-se a validade do questionário em questão. Para comparação das médias entre os métodos foi utilizado o teste t student e para testar as correlações aplicou-se a correlação de Sperman. Resultados: O gasto energético (kcal) estimado por acelerómetro foi ligeiramente superior ao estimado pelo auto relato (2505,0 kcal vs. 2320,9 kcal, respetivamente), não havendo diferenças estatisticamente significativas. Entre os dois métodos aplicados na avaliação basal (acelerómetro vs. questionário), observou-se uma correlação elevada (0,8). A energia estimada pelo pedómetro foi também ligeiramente superior à estimada pelo questionário (2495,1 kcal vs. 2478,5kcal respetivamente), não se verificando diferenças estatisticamente significativas entre ambos os métodos (p=0,504). No entanto, o valor de correlação (pedómetro vs. questionário) revelou-se mais baixo (0,4) do que entre os métodos anteriormente referidos. Conclusão: O auto relato é um bom indicador do dispêndio energético habitual, quando comparado com métodos de avaliação direta, como o acelerómetro e o pedómetro. As correlações elevadas encontradas são um bom indicador para utilização do questionário de AF a nível populacional.Introduction: The number of Physical Activity (PA) measurements at literature is wide, which can be difficult for the investigator to choose the most appropriate method. The evaluation methods can be categorized as direct (like the accelerometer and pedometer) or indirect (such as questionnaires) and the validity of the instruments is considered the most important attribute for its application. Objective: Testing the concurrent validity of a Physical Activity questionnaire based on accelerometry and pedometrics. Methods: In 2011 a sample of 50 persons was evaluated (1st moment). This sample was submitted to a PA questionnaire and to the use of accelerometer during 4 consecutive days in order to evaluate their habitual energy spending. In 2013 (2nd moment) 30 persons were revalued following the same procedures replacing the use of the accelerometer by the pedometer during 7 consecutive days. With the energy spending obtained through the two objective methods (accelerometer and pedometer) and through the questionnaire (as indirect method) its values were correlated and the validity of the questionnaire was tested. To compare the average between the methods it was used the T student test and to test the correlations it was used the sperman correlation. Results: The energy spent (Kcal) estimated by the accelerometer is slightly higher than the estimated by the self-report (2505,0 kcal vs 2320,9 kcal, respectively). The difference is not statistically significant. Between the two applied methods at baseline assessment (accelerometer vs questionnaire) it was observed a high correlation (0,8). The energy estimated by the pedometer is also slightly higher than the estimated by the questionnaire (2495,1 kcal vs. 2478,5kcal respectively) and there were no differences significant statistic differences between both methods (p=0,504). However, the correlation value (pedometer vs questionnaire) proved to be lower (0,4) than the above mentioned methods. Conclusion: The self report is a good indicator of the usual energy expenditure, when compared with direct evaluation methods such as the accelerometer and pedometer. The found high correlations are a good indicator to use the PA questionnaire at a population level.Camões, MiguelMagalhães, Pedro M.Biblioteca Digital do IPBMendes, Carla2015-01-13T17:32:58Z201420142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/11547TID:201026279porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:27:19Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/11547Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:02:07.486969Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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