A rede de roças de São Tomé e Príncipe: Análise e caracterização da rede de vias comunicação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abu-Raya, Rafael de Sousa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/27831
Resumo: Este trabalho visa analisar a rede rodoviária da ilha de São Tomé, de modo a compreender o impacto que a colonização trouxe na organização do território, nomeadamente através da construção de roças, e consequentemente no estilo de vida da população. As roças eram estruturas agrárias, construídas entre meados do século XIX e meados do século XX, nas quais se realizava a plantação de café e cacau para exportação. Estas formavam uma rede hierárquica de assentamentos de diferentes dimensões em que cada elemento tinha uma função específica num conjunto complexo e extenso cujo propósito era maximizar a produção e o lucro dos roceiros. As roças funcionavam como pequenos estados, em circuitos fechados ligados por estradas e caminhos de ferro que ligavam a sede de cada roça às suas dependências, de menor dimensão, facilitando o transporte de mercadorias e pessoas. Nas roças viviam e trabalhavam colonos portugueses e pessoas escravizadas ou em regime de trabalho forçado provenientes de países africanos. Com a tomada da independência em 1975 de São Tomé e Príncipe e a posterior reforma agrária várias das propriedades agrícolas foram abandonadas o que levou à gradual degradação da infraestrutura das roças. Procura-se com este trabalho identificar de que forma a implantação das roças na ilha influenciou a segregação de algumas comunidades e que ainda é sentida atualmente. Para tal utilizou-se quer a observação em situ quer o método de análise space syntax, que nos permite analisar de que modo o espaço construído influencia a vivência da sociedade.
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