A utilização de Plasma Rico em Plaquetas na regeneração do tecido ósseo alveolar e cortical. Estudos experimentais num modelo de defeito ósseo periodontal em cão Beagle (Canis familiaris) e num modelo de defeito ósseo cortical na ovelha (Ovies aries)
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/2315 |
Resumo: | A primeira parte deste estudo teve como objectivo avaliar o potencial de regeneração do osso alveolar em resposta ao implante cirúrgico de plasma enriquecido em plaquetas (PRP). O interesse do PRP reside no facto deste conter uma grande concentração em factores de crescimento angiogénicos e mitogénicos presentes nos grânulos a das plaquetas, e envolvidos na indução e/ou aceleração da cicatrização/regeneração de lesões dos tecidos moles e duros. Criaram-se defeitos cirúrgicos com 7 mm na tábua vestibular de PM4 e M1, em ambos os quadrantes mandibulares em cães Beagle. Em todos eles aplicou-se uma esponja de colagénio de origem equina associado ao PRP nos defeitos do quadrante direito, tendo o quadrante esquerdo funcionado como controlo. Os animais foram eutanasiados quatro meses após a cirurgia e o material processado para análises histológicas e histomorfométricas. No quadrante mandibular em que se utilizou o PRP observou-se uma frente celular rica contígua e a delinear toda a crista óssea com células mesenquimatosas e células blásticas, o que pressupôe grande actividade de síntese. A regeneração no lado controlo foi muito semelhante mas mais atrasada no tempo. O comprimento da regeneração óssea foi de 3,1±0,7 mm no grupo em que se havia aplicado o PRP relativamente aos 2,4±0,7 mm do lado controlo (p<0,05) e a área óssea foi de 3,4±1,0 mm2 para o PRP relativamente aos 1,5±1,0 mm2 do controlo (p<0,05). Os resultados sugerem que nas condições desta experiência o tratamento de defeitos periodontais com PRP provou potencial na estimulação da regeneração óssea. A segunda parte deste trabalho visou o estudo da capacidade osteogénica, com recurso a análises histologicas e de histomorfometria ossea, de um enxerto de osso esponjoso autologo isolado e da sua associacao ao PRP num modelo de defeito osseo cortical circular ( ¨ 6 mm) em ovelhas. Verificou-se que o volume osseo foi significativamente afectado (p<0,0001) pelo tratamento e tempo. Concluiu-se que nao existiu um aumento significativo na formacao de tecido osseo as 3a e 6a semanas pos-operatorias em defeitos nao criticos a nivel de tecido osseo cortical preenchidos com a associacao do enxerto osseo ao PRP (50:50) relativamente ao uso isolado do primeiro (p>0,05). No entanto, verificou-se tambem que esta associacao possibilitou a obtencao de resultados identicos na formacao de tecido osseo aos dos defeitos osseos preenchidos apenas com enxerto, reduzindo para metade a quantidade de enxerto osseo requerido, o que implicaria menor morbilidade do local dador. |
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A utilização de Plasma Rico em Plaquetas na regeneração do tecido ósseo alveolar e cortical. Estudos experimentais num modelo de defeito ósseo periodontal em cão Beagle (Canis familiaris) e num modelo de defeito ósseo cortical na ovelha (Ovies aries)regeneração ósseatecido ósseo alveolartecido ósseo corticalmodelos experimentaisplasma rico em plaquetasA primeira parte deste estudo teve como objectivo avaliar o potencial de regeneração do osso alveolar em resposta ao implante cirúrgico de plasma enriquecido em plaquetas (PRP). O interesse do PRP reside no facto deste conter uma grande concentração em factores de crescimento angiogénicos e mitogénicos presentes nos grânulos a das plaquetas, e envolvidos na indução e/ou aceleração da cicatrização/regeneração de lesões dos tecidos moles e duros. Criaram-se defeitos cirúrgicos com 7 mm na tábua vestibular de PM4 e M1, em ambos os quadrantes mandibulares em cães Beagle. Em todos eles aplicou-se uma esponja de colagénio de origem equina associado ao PRP nos defeitos do quadrante direito, tendo o quadrante esquerdo funcionado como controlo. Os animais foram eutanasiados quatro meses após a cirurgia e o material processado para análises histológicas e histomorfométricas. No quadrante mandibular em que se utilizou o PRP observou-se uma frente celular rica contígua e a delinear toda a crista óssea com células mesenquimatosas e células blásticas, o que pressupôe grande actividade de síntese. A regeneração no lado controlo foi muito semelhante mas mais atrasada no tempo. O comprimento da regeneração óssea foi de 3,1±0,7 mm no grupo em que se havia aplicado o PRP relativamente aos 2,4±0,7 mm do lado controlo (p<0,05) e a área óssea foi de 3,4±1,0 mm2 para o PRP relativamente aos 1,5±1,0 mm2 do controlo (p<0,05). Os resultados sugerem que nas condições desta experiência o tratamento de defeitos periodontais com PRP provou potencial na estimulação da regeneração óssea. A segunda parte deste trabalho visou o estudo da capacidade osteogénica, com recurso a análises histologicas e de histomorfometria ossea, de um enxerto de osso esponjoso autologo isolado e da sua associacao ao PRP num modelo de defeito osseo cortical circular ( ¨ 6 mm) em ovelhas. Verificou-se que o volume osseo foi significativamente afectado (p<0,0001) pelo tratamento e tempo. Concluiu-se que nao existiu um aumento significativo na formacao de tecido osseo as 3a e 6a semanas pos-operatorias em defeitos nao criticos a nivel de tecido osseo cortical preenchidos com a associacao do enxerto osseo ao PRP (50:50) relativamente ao uso isolado do primeiro (p>0,05). No entanto, verificou-se tambem que esta associacao possibilitou a obtencao de resultados identicos na formacao de tecido osseo aos dos defeitos osseos preenchidos apenas com enxerto, reduzindo para metade a quantidade de enxerto osseo requerido, o que implicaria menor morbilidade do local dador.The purpose of the first study was to verify the effect of the platelet rich plasma (PRP) in the reconstruction and healing of hard periodontal tissue after periodontal reconstructive surgery. The interest in PRP hinges on the fact that it contains a large concentration of angiogenic and mitogenic growth factors present in the a granules of platelets involved in inducing and/or accelerating the healing of lesions of soft and hard tissues. The procedure was the following: approximately 7 mm large periodontal defects were created in the mandibular vestibular face at the 4th premolar and the 1st molar in Beagle dogs. All the defects were filled up with collagen, but on the experimental side the collagen was saturated with PRP. The dogs were sacrificed 16 weeks postsurgery. We evaluated the bone regeneration histologicaly and the histometric recordings included height and area of alveolar bone regeneration. In the PRP group we could observe a nearly continuous layer of osteoblasts lined the newly formed bone, and there was a dense cellular "front" with mesenchymal stem cells and blastic cells at the coronal extent of the new bone. In the PRP experimental control group we could find the same regeneration standard but slowly developed. The regeneration of bone was 3.1 }0.7 mm for the PRP against 2.4 }0.7 mm on the control site (p<0.05). The bone area values are 3.4 }1.0 mm2 for the PRP against 1.5 }1.0 mm2 on control (p<0.05). We couldn ft find collagenous vehicles in both the experimental and the control groups. Our data suggest that PRP has a great potential for bone regeneration. The second work aimed at studying osteogenic capacity with recourse to histological and bone histomorphometry analysis of an isolated autologous spongy bone graft and its association to PRP in a model of small sized ( ¨ 6 mm) circular cortical bone defect in sheep. The bone volume was significantly affected (p<0.0001) by the treatment and by time. The conclusion was reached that there was no significant increase in bone tissue f ormation on the 3rd and 6th post-operative weeks on non-critical defects at a level of cortical bone tissue filled with an association of autografting spongy bone with PRP (50:50) with respect to the isolated use of the first (p>0.05). Nevertheless, it was observed that this association enabled identical results to be achieved in bone tissue formation as in bone defects merely filled with grafting by decreasing the volume of autografting of required spongy bone down to half, which would imply lower morbidity at a local donor level.2013-02-25T15:17:21Z2006-01-01T00:00:00Z2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2315porViegas, CarlosDias, IsabelAzevedo, Jorge Manuel Teixeira deFerreira, A. J.Román, F. SanCabrita, A.M.S.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:39:00Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2315Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:02:11.783674Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A primeira parte deste estudo teve como objectivo avaliar o potencial de regeneração do osso alveolar em resposta ao implante cirúrgico de plasma enriquecido em plaquetas (PRP). O interesse do PRP reside no facto deste conter uma grande concentração em factores de crescimento angiogénicos e mitogénicos presentes nos grânulos a das plaquetas, e envolvidos na indução e/ou aceleração da cicatrização/regeneração de lesões dos tecidos moles e duros. Criaram-se defeitos cirúrgicos com 7 mm na tábua vestibular de PM4 e M1, em ambos os quadrantes mandibulares em cães Beagle. Em todos eles aplicou-se uma esponja de colagénio de origem equina associado ao PRP nos defeitos do quadrante direito, tendo o quadrante esquerdo funcionado como controlo. Os animais foram eutanasiados quatro meses após a cirurgia e o material processado para análises histológicas e histomorfométricas. No quadrante mandibular em que se utilizou o PRP observou-se uma frente celular rica contígua e a delinear toda a crista óssea com células mesenquimatosas e células blásticas, o que pressupôe grande actividade de síntese. A regeneração no lado controlo foi muito semelhante mas mais atrasada no tempo. O comprimento da regeneração óssea foi de 3,1±0,7 mm no grupo em que se havia aplicado o PRP relativamente aos 2,4±0,7 mm do lado controlo (p<0,05) e a área óssea foi de 3,4±1,0 mm2 para o PRP relativamente aos 1,5±1,0 mm2 do controlo (p<0,05). Os resultados sugerem que nas condições desta experiência o tratamento de defeitos periodontais com PRP provou potencial na estimulação da regeneração óssea. A segunda parte deste trabalho visou o estudo da capacidade osteogénica, com recurso a análises histologicas e de histomorfometria ossea, de um enxerto de osso esponjoso autologo isolado e da sua associacao ao PRP num modelo de defeito osseo cortical circular ( ¨ 6 mm) em ovelhas. Verificou-se que o volume osseo foi significativamente afectado (p<0,0001) pelo tratamento e tempo. Concluiu-se que nao existiu um aumento significativo na formacao de tecido osseo as 3a e 6a semanas pos-operatorias em defeitos nao criticos a nivel de tecido osseo cortical preenchidos com a associacao do enxerto osseo ao PRP (50:50) relativamente ao uso isolado do primeiro (p>0,05). No entanto, verificou-se tambem que esta associacao possibilitou a obtencao de resultados identicos na formacao de tecido osseo aos dos defeitos osseos preenchidos apenas com enxerto, reduzindo para metade a quantidade de enxerto osseo requerido, o que implicaria menor morbilidade do local dador. |
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