“La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupações

Bibliographic Details
Main Author: Martins, Catarina
Publication Date: 2011
Format: Article
Language: por
Source: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Download full: http://hdl.handle.net/10316/36147
https://doi.org/10.4000/eces.711
Summary: O cânone da literatura africana é constituído maioritariamente por homens, o que significa que a representação dominante da mulher africana é uma construção masculina. Este cânone é marcado ainda pelas resistências anticoloniais do período das independências, no qual os projectos nacionalistas, de cunho patriarcal, construíram para as mulheres uma posição subalterna na idealização da Mãe África ou da Mulher como corporização simbólica da Nação. A estas acresce outra ocupação: a do feminismo ocidental, cuja universalização é denunciada como uma prática colonial exercida sobre as mulheres negras do Sul. A literatura de mulheres africanas é um dos lugares onde prossegue o debate sobre os feminismos e sobre o dilema fundamental entre a busca de solidariedades transnacionais e a expressão das experiências concretas de vida das mulheres nestes contextos. Através da análise de algumas das temáticas de narrativas de mulheres anglófonas e francófonas da África subsaariana, dos anos 60 à actualidade, este artigo pretende cartografar, mesmo que sumariamente, alguns destes debates.
id RCAP_34a979ee237fd541c029b098426be3c8
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/36147
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling “La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupaçõesNarrativa de mulheres africanasFeminismos africanosRepresentação da mulherNaçãoAfricanismoO cânone da literatura africana é constituído maioritariamente por homens, o que significa que a representação dominante da mulher africana é uma construção masculina. Este cânone é marcado ainda pelas resistências anticoloniais do período das independências, no qual os projectos nacionalistas, de cunho patriarcal, construíram para as mulheres uma posição subalterna na idealização da Mãe África ou da Mulher como corporização simbólica da Nação. A estas acresce outra ocupação: a do feminismo ocidental, cuja universalização é denunciada como uma prática colonial exercida sobre as mulheres negras do Sul. A literatura de mulheres africanas é um dos lugares onde prossegue o debate sobre os feminismos e sobre o dilema fundamental entre a busca de solidariedades transnacionais e a expressão das experiências concretas de vida das mulheres nestes contextos. Através da análise de algumas das temáticas de narrativas de mulheres anglófonas e francófonas da África subsaariana, dos anos 60 à actualidade, este artigo pretende cartografar, mesmo que sumariamente, alguns destes debates.Centro de Estudos Sociais2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/36147http://hdl.handle.net/10316/36147https://doi.org/10.4000/eces.711https://doi.org/10.4000/eces.711por1647-0737http://eces.revues.org/711Martins, Catarinainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2021-06-29T10:03:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/36147Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:50:48.485912Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv “La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupações
title “La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupações
spellingShingle “La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupações
Martins, Catarina
Narrativa de mulheres africanas
Feminismos africanos
Representação da mulher
Nação
Africanismo
title_short “La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupações
title_full “La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupações
title_fullStr “La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupações
title_full_unstemmed “La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupações
title_sort “La Noire de…” tem nome e tem voz. A narrativa de mulheres africanas anglófonas e francófonas para lá da Mãe África, dos nacionalismos anticoloniais e de outras ocupações
author Martins, Catarina
author_facet Martins, Catarina
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, Catarina
dc.subject.por.fl_str_mv Narrativa de mulheres africanas
Feminismos africanos
Representação da mulher
Nação
Africanismo
topic Narrativa de mulheres africanas
Feminismos africanos
Representação da mulher
Nação
Africanismo
description O cânone da literatura africana é constituído maioritariamente por homens, o que significa que a representação dominante da mulher africana é uma construção masculina. Este cânone é marcado ainda pelas resistências anticoloniais do período das independências, no qual os projectos nacionalistas, de cunho patriarcal, construíram para as mulheres uma posição subalterna na idealização da Mãe África ou da Mulher como corporização simbólica da Nação. A estas acresce outra ocupação: a do feminismo ocidental, cuja universalização é denunciada como uma prática colonial exercida sobre as mulheres negras do Sul. A literatura de mulheres africanas é um dos lugares onde prossegue o debate sobre os feminismos e sobre o dilema fundamental entre a busca de solidariedades transnacionais e a expressão das experiências concretas de vida das mulheres nestes contextos. Através da análise de algumas das temáticas de narrativas de mulheres anglófonas e francófonas da África subsaariana, dos anos 60 à actualidade, este artigo pretende cartografar, mesmo que sumariamente, alguns destes debates.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/36147
http://hdl.handle.net/10316/36147
https://doi.org/10.4000/eces.711
https://doi.org/10.4000/eces.711
url http://hdl.handle.net/10316/36147
https://doi.org/10.4000/eces.711
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1647-0737
http://eces.revues.org/711
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos Sociais
publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos Sociais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133788900425728